quinta-feira, 1 de setembro de 2022

O Caminho da Beleza 41 - XXIII Domingo do Tempo Comum

A palavra de Deus é viva e eficaz e mais cortante que espada de dois gumes (Hb 4, 12).

XXIII Domingo do Tempo Comum           

Sb 9, 13-19              Fm 9-10.12-17                   Lc 14, 25-33

 

ESCUTAR

“Qual é o homem que pode conhecer os desígnios de Deus? Ou quem pode imaginar o desígnio do Senhor” (Sb 9, 13).

“Assim, se estás em comunhão de fé comigo, recebe-o como se fosse a mim mesmo” (Fm 9,17).

“Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim não pode ser meu discípulo” (Lc 14, 27).

 

MEDITAR

“Deixamos pouco espaço para que esse poema que é Jesus Cristo se organize em nós e se torne verdadeiramente o canto de nossa vida”.

(Maurice Zundel)

 

ORAR

    As igrejas se exaurem cada vez mais pela quantidade de pessoas que alardeiam, com uma segurança assombrosa, conhecer a “vontade de Deus”. E a “vontade de Deus” sempre está de acordo com seus interesses, caprichos e atos duvidosos. Os dogmatismos mais vergonhosos celebram triunfos inenarráveis pelas suas intolerâncias e discriminações. O Papa Francisco denuncia que “a incoerência dos fiéis e dos pastores entre aquilo que dizem e o que fazem, entre a palavra e a maneira de viver mina a credibilidade da Igreja” (A Igreja da Misericórdia). Urge suplicar ao Senhor que nos envie sabedoria. Jesus ensina no seu evangelho uma sabedoria que vai contra a corrente. Nenhuma decisão pode ser tomada às pressas e, num momento de euforia, é preciso ter uma disposição para enfrentar o cansaço, uma aceitação da cruz e uma determinação de ir até as últimas consequências. Jesus não legitima nenhuma comodidade. Ele propõe uma reviravolta na escala de valores: a renúncia de todos os bens, a disponibilidade para entrar na lógica louca do amor, da doação, no abandono dos cálculos egoístas e das reservas ditadas pelo desejo de “administrar” prudentemente a própria vida. A decisão fundamental de seguir a Cristo exclui as meias medidas, as cômodas desculpas e os caprichos pessoais. Jesus testemunha que a única eleição equivocada é a neutralidade, o único compromisso imperdoável é não se comprometer e a única posição intolerável é a indiferença.

(Manos da Terna Solidão/Pe. Paulo Botas, mts e Pe. Eduardo Spiller, mts)

 

CONTEMPLAR

Jesus carregando sua cruz, Michel Ciry, 2006(?), óleo sobre tela, Museu Michel Ciry, Varengeville-sur-Mer, Normandia, França.




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