quarta-feira, 28 de setembro de 2022

O Caminho da Beleza 45 - XXVII Domingo do Tempo Comum

A palavra de Deus é viva e eficaz e mais cortante que espada de dois gumes (Hb 4, 12).

XXVII Domingo do Tempo Comum                      

Hab 1, 2-3; 2, 2-4             2 Tm 1, 6-8.13-14             Lc 17, 5-10

 

ESCUTAR

“Vai se se acabar quem não é reto, o justo viverá por sua fidelidade” (Hab 2, 4).

“Pois Deus não nos deu um espírito de covardia, mas de força, de amor e sobriedade” (2 Tm 1, 7).

“Assim também vós: quando tiverdes feito tudo o que vos mandaram, dizei: ‘Somos simples servos; fizemos o que devíamos fazer’” (Lc 17, 10).

 

MEDITAR

“Dai-me Senhor, a liberdade de aceitar as coisas que não posso mudar. Dai-me a coragem de mudar aquelas que posso mudar. Dai-me a sabedoria de distingui-las umas das outras” (Friedrich Christoph Oetinger).

 

ORAR

      A fé se apresenta hoje sob três pontos de vista: a paciência, a perseverança e o trabalho pelo Reino. O justo se nutre e se fortalece na e pela fé. Entretanto, a fé não se alimenta de seguranças, explicações, verificações imediatas, mas de esperas intermináveis. Não nos é permitido forçar a Deus, aprisioná-Lo em nossas previsões, cálculos e projetos. A espera é feita de paciência, calma, paz e tempos largos. Implica a capacidade de resistir ao desalento e à desilusão. Nada acontece quando nós decidimos por nós mesmos, pois Deus se faz esperar. Temos sempre a sensação de que Deus parece andar atrasado quando O comparamos com a nossa pressa e não confiamos em sua promessa. A parábola do evangelho deve ser compreendida tendo como referência o servo e não o patrão orgulhoso, pretencioso e ostensivo. Nós somos os servos que nos empenhamos com amor e humildade e a relação com Deus está sob o sinal da gratuidade e não de um contrato. Hoje abundam servos que se consideram indispensáveis e insubstituíveis; que alardeiam as coisas grandiosas que pensam ter feito. Hoje temos necessidade de servos inúteis se desejarmos que a vinha do Senhor se cultive; necessitamos de operários que encontrem a alegria no seu empenho pelo Reino de Deus ainda que seja na obscuridade e não na exibição descarada dos seus empreendimentos. Muitos são os servos que querem se colocar em evidência por meio dos seus programas grandiosos, anunciar iniciativas arrojadas e proclamar mudanças determinantes. Para o Senhor, a história é feita pelos “servos inúteis”, humildes e incansáveis que se colocam sempre à disposição do Pai. Quando dizemos SIM a Deus, só nos resta dizer AMÉM! O servo do Evangelho não se presta à adoração pública, pois prefere que lhe seja concedido receber, depois de ter-se disponibilizado total e silenciosamente a Deus, o raríssimo e precioso prêmio da inutilidade: a vida eterna.

(Manos da Terna Solidão)

 

CONTEMPLAR

Eu como um Santo, 2021, Rolf Keipl (1962-), Alemanha, Monochrome Awards.




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