XIX
Domingo do Tempo Comum 07.08.2016
Sb
18, 6-9 Hb 11, 1-2.8-19 Lc 22, 32-48
ESCUTAR
A noite da
libertação fora predita a nossos pais para que, sabendo a que juramento tinham
dado crédito, se conservassem intrépidos (Sb 18, 6).
“A fé é um
modo de já possuir o que ainda se espera, a convicção acerca de realidades que
não se veem” (Hb 11, 1).
“Porque,
onde está vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” (Lc 12, 34).
MEDITAR
A fé é um
bem para todos, um bem comum: a sua luz não ilumina apenas o âmbito da Igreja
nem serve somente para construir uma cidade eterna no além, mas ajuda também a
construir as nossas sociedades de modo que caminhem para um futuro de esperança
(Francisco, Lumen Fidei).
ORAR
O evangelista exorta o pequenino rebanho a não ter medo
porque a sua debilidade, no plano humano, está compensada pela proteção do Pai
que sempre estimula olhar mais adiante. Para tanto, é necessário não se apegar
às riquezas, eleger o essencial e saber discernir quais as coisas cuja validez
não caduca. Os bens inesgotáveis aos quais devemos apegar o nosso coração, como
um tesouro, são os do amor que se dá e não os da posse egoísta. Uma fidelidade
constante e uma sensatez devem nos orientar para que interpretemos as mudanças
e sejamos capazes de dar respostas novas aos problemas e exigências desafiadores.
Tendemos ao eterno, mas nem por isso somos autorizados a passar por cima do
hoje. Uma abertura ao futuro não se expressa com a enfadonha reedição do
passado, pois preservar a memória não é reproduzir as mesmas coisas. Jesus condena
o estilo de vida sonolento, distraído, sem brilho e repetitivo. Somos
convidados a um compromisso inteligente, a um serviço diligente e a uma
abertura ao imprevisível. O Senhor nos deu em abundância para sermos ousados,
termos coragem e não para congelarmos no medo. A fé não se encontra segura nas
igrejas, nem nos livros, mas nas várias tendas da travessia. Não somos
depositários de doutrinas que sempre nos dividem, mas proclamadores das
promessas de Deus.
CONTEMPLAR
Santa Claus consultando mapa no metrô, Nova Yorque, 1990, Erich Hartmann (1922-1999), Magnum Photos, Munique,
Alemanha.
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