quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

O Caminho da Beleza 13 - VI Domingo do Tempo Comum

Como se visse o Invisível, mantinha-se firme (Hb 11, 27).

VI Domingo do Tempo Comum                   

Jr 17, 5-8                 1 Cor 15, 12.16-20            Lc 6, 17.20-26

 

ESCUTAR

“Maldito o homem que confia no homem e faz consistir sua força na carne humana, enquanto o seu coração se afasta do Senhor” (Jr 17, 5).

Se os mortos não ressuscitam, então Cristo também não ressuscitou. E se Cristo não ressuscitou, vã é vossa fé (1 Cor 15, 16).

“Bem-aventurados sereis quando os homens vos odiarem, vos expulsarem, vos insultarem e amaldiçoarem o vosso nome por causa do Filho do homem!” (Lc 6, 22).

 

MEDITAR

Alguns cristãos (...) acham que têm o dever moral de estar sempre a sorrir porque Jesus nos ama. Seamus Heaney chama-lhe ‘o sorriso fixo de um lugar pré-reservado no Paraíso’, e nada há mais deprimente.

(Timothy Radcliffe, 1945- , Reino Unido)

 

ORAR

            “Bem-aventurados os pobres”. No evangelho de hoje aparecem quatro bem-aventuranças (bendições) e quatro maldições. O que significa “bem-aventurado”? Certamente não é “feliz” no sentido que os homens dão a essa palavra. Não se trata de um convite para que cada qual marche por seu caminho com tranquilidade e bom humor. Não significa realmente nada que pertença ao homem, que o homem sinta e experimente, mas sim algo em Deus que concerne a este homem. Jesus falará neste contexto de “recompensa”, mesmo que isso, por sua vez, não seja mais do que uma imagem; trata-se do valor que este homem tem para Deus e em Deus, de algo intemporal em Deus que se manifestará ao homem em seu devido tempo. E analogamente para as maldições. Os pobres aos quais pertence o reino de Deus, quer dizer, os pobres de Yahweh, como os chamava a Antiga Aliança, mostram que à sua pobreza corresponde uma possessão de Deus: Deus os possui e, por isso mesmo, eles possuem a Deus. O mesmo pode se dizer dos que têm fome e dos que choram, e também dos que são odiados por causa de Cristo: estes são amados pelo Pai em Cristo, que também foi odiado e perseguido pelos homens por causa do Pai. Se os pobres devem ser considerados como pobres em Deus, então também os ricos devem ser considerados como ricos sem Deus, ricos para si mesmos, saciados e sorridentes, louvados pelos homens; estes não têm tesouro no céu e por isso tudo o quanto possuem não é mais do que aparência passageira. Os Salmos repetem isso continuamente, as parábolas de Jesus (do rico glutão e do pobre Lázaro, do trabalhador avarento) também. Os pobres são em última palavra realmente pobres, aqueles que não possuem nada, e não ricos às escondidas que acumulam um capital no céu. Deus não é um banco; o abandono nas mãos de Deus não é uma companhia de seguros. É no próprio abandono, na confiança da entrega, que se encontra a bem-aventurança.

(Manos da Terna Solidão/Pe. Paulo Botas, mts e Pe. Eduardo Spiller, mts)


CONTEMPLAR

Coletando água, 2015, Stone Town, Tanzânia, Rob ONeill, San Diego, Califórnia, Estados Unidos.




 

2 comentários:

  1. Hoje, conversando com meus amigos do Ile Ase Marabo, falamos de vcs, Paulo e Eduardo. E mais uma vez meu coração transbordou de gratidão a vc, Paulo, por ter-me indicado o Ribas, seu amigo do peito, para me apresentar o universo do Orisa. E desde então é pelo caminho do Orisa que a abundância da Criação tem se manifestado em minha vida. Sinta-se abraçado muito apertado! E se aceitarem visitas, me digam, que vou te dar esse abraço pessoalmente.

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