quinta-feira, 29 de julho de 2021

O Caminho da Beleza 37 - XVIII Domingo do Tempo Comum

Os transbordamentos de amor acontecem sobretudo nas encruzilhadas da vida, em momentos de abertura, fragilidade e humildade, quando o oceano do amor de Deus arrebenta os diques da nossa autossuficiência e permite, assim, uma nova imaginação do possível (Papa Francisco).

XVIII Domingo do Tempo Comum            01.08.2021

Ex 16, 2-4.12-15                Ef 4, 17.20-24                    Jo 6, 24-35

 

ESCUTAR

“Por que nos trouxestes a este deserto para matar de fome a toda esta gente?” (Ex 16, 3).

Renunciando à vossa existência passada, despojai-vos do homem velho, que se corrompe sob o efeito das paixões enganadoras, e renovai o vosso espírito e a vossa mentalidade (Ef 4, 22-23).

“Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna e que o Filho do Homem vos dará” (Jo 6, 27).

 

MEDITAR

AMOR – VIDA

Vivi entre os homens

Que não me viram, não me ouviram

Nem me consolaram.

Eu fui o poeta que distribui seus dons

E que não recebe coisa alguma.

Fui envolvido na tempestade do amor,

Tive que amar até antes do meu nascimento.

Amor, palavra que funda e que consome os seres.

Fogo, fogo do inferno: melhor que o céu.


(Murilo Mendes, 1901-1975, Brasil)

 

ORAR

     Os famintos – que espécie de gente é essa então? Um faminto é manifestamente um homem que precisa do essencial, não de qualquer objeto apenas agradável e belo e que a rigor poderia ser dispensado, mas do essencial, do qual ele não pode privar-se. E não tem nenhum meio de o procurar. Ele não pode mais do que descer o declive que o conduz à morte. Ele tem fome. Ele deve temer morrer de fome... Talvez um outro dentre vocês já tenha sido faminto até esse ponto. Mas penso que no momento o problema de vocês não está aí. O essencial que pode fazer falta a um homem pode ser simplesmente uma vida que lhe parece digna de ser vivida. O que ele vê é uma vida estragada, vã e corrompida. Ele tem fome. O essencial que lhe falta pode ser também um pouco de alegria. Olha ao seu redor e não encontra nada, absolutamente nada que o possa alegrar realmente. Por isso ele está faminto. O essencial talvez seja uma verdadeira afeição que alguém experimentasse por ele. Mas ninguém pode amá-lo. Nesse ponto ele tem fome. E se o essencial que lhe faz falta for uma boa consciência? Quem não gostaria e não deveria ter boa consciência? Pois bem! Só pode estar faminto. A carência essencial poderia ser a certeza ao menos de uma só coisa. Mas ele tem em si apenas incertezas, o desespero o ameaça. É assim que ele tem fome. Então o essencial para ele é um esclarecimento a respeito de Deus. Mas o que aprendeu até aí não lhe disse nada, não tinha o que fazer, não queria nada. E agora, é dessa coisa essencial que ele tem fome. Foi desses famintos que alguém disse: “ele os cumulou de bens”. Ele não se contentou em lhes dar uma pequena compensação, uma gulodice, um presente de Natal barato ou mesmo caro, qualquer coisa do gênero das migalhas da mesa do rico para Lázaro. Não, ele os nutriu, matou-lhes a sede e os alegrou à saciedade. “Fez chover do céu torrentes de amor”. Fez deles, que eram os mais pobres, os mais ricos dos homens, tornando-se seu irmão, um faminto que grita com eles e por eles: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?”. Pois colocou-se ao lado deles para afastar deles e tomar sobre si toda fraqueza, todo absurdo, todo pecado, toda miséria deles. Pagando com sua pessoa, assumiu por eles, a causa contra o diabo, contra a morte, contra tudo que lhes pudesse fazer a vida triste, corrupta e sombria. Tomou tudo isso sobre si para lhes dar em troca o que era dele: a glória, a honra, a alegria dos filhos de Deus.

(Karl Barth, 1886-1968, Suíça)

 

CONTEMPLAR

Choque de Cultura, 2020, Jon Kolkin, Monovisions Photography Awards, 2020, Estados Unidos.




 

quinta-feira, 22 de julho de 2021

O Caminho da Beleza 36 - XVII Domingo do Tempo Comum

Os transbordamentos de amor acontecem sobretudo nas encruzilhadas da vida, em momentos de abertura, fragilidade e humildade, quando o oceano do amor de Deus arrebenta os diques da nossa autossuficiência e permite, assim, uma nova imaginação do possível (Papa Francisco).

XVII Domingo do Tempo Comum              25.07.2021

2 Rs 4, 42-44                     Ef 4, 1-6                   Jo 6, 1-15

 

ESCUTAR

“Dá ao povo para que coma; pois assim diz o Senhor: ‘Comerão e ainda sobrará’” (2 Rs 4, 43).

Aplicai-vos a guardar a unidade do espírito pelo vínculo da paz (Ef 4, 3).

Quando notou que estavam querendo levá-lo para proclamá-lo rei, Jesus retirou-se de novo, sozinho, para o monte (Jo 6, 15).

 

MEDITAR

Porque os outros se mascaram mas tu não

Porque os outros usam a virtude

Para comprar o que não tem perdão.

Porque os outros têm medo mas tu não.

Porque os outros são os túmulos caiados

Onde germina calada a podridão.

Porque os outros se calam mas tu não.

 

Porque os outros se compram e se vendem

E os seus gestos dão sempre dividendo.

Porque os outros são hábeis mas tu não.

 

Porque os outros vão à sombra dos abrigos

E tu vais de mãos dadas com os perigos.

Porque os outros calculam mas tu não.

(Sophia de Mello Breyner Andresen, 1919-2004, Portugal)

 

ORAR

         Por uma série de razões, que aqui não há lugar para explicar, a eucaristia se deformou na Igreja até o ponto em que já é praticamente impossível reconhecer o que fez Jesus. E não falamos se se trata de uma missa pontifical solene numa catedral. O problema está em que a eucaristia teve sua origem nas comidas de Jesus com as pessoas, especialmente na multiplicação dos pães e na ceia de despedida. Mas tudo isso desapareceu. E a comida compartilhada converteu-se em um cerimonial religioso que além disso não se entende e a muita gente nem interessa. Ademais, a missa se organizou de forma que a atenção dos crentes se centra na presença de Jesus Cristo e na comunhão. Outros, o que desejam é que a missa lhes aproveite para que fiquem melhores, para rezar para um defunto ou quiçá outra intenção. Assim são as coisas, a muitos que vão à missa não lhes interessa o que de verdade quis Jesus: a comensalidade, a mesa compartilhada, destinada a construir uma comunidade humana baseada, não na religiosidade, nem na piedade e devoção, e menos ainda na submissão ao poder sacerdotal. A comensalidade de Jesus com todos, começando pelos pecadores e descrentes, foi pensada para construir a convivência e as relações humanas sobre a bondade, o respeito, a ajuda mútua e a solidariedade. Jesus se faz presente na eucaristia. Por isso, o direito dos cristãos a celebrar a presença de Jesus entre eles se coloca antes do privilégio dos sacerdotes em presidir a missa.  Cada dia há menos sacerdotes e mais cristãos sem eucaristia. E sobretudo mais pessoas que nem interessa ir à missa. A Igreja está se desmoronando por si mesma.

(José Maria Castillo, 1929-, Espanha)

 

CONTEMPLAR

Homens comendo juntos no Iêmen, 1997, Jan-Michael Breider (1956-), Växjö, Suécia.




quinta-feira, 15 de julho de 2021

O Caminho da Beleza 35 - XVI Domingo do Tempo Comum

Os transbordamentos de amor acontecem sobretudo nas encruzilhadas da vida, em momentos de abertura, fragilidade e humildade, quando o oceano do amor de Deus arrebenta os diques da nossa autossuficiência e permite, assim, uma nova imaginação do possível (Papa Francisco).

XVI Domingo do Tempo Comum                18.07.2021

Jr 23, 1-6                 Ef 2, 13-18              Mc 6, 30-34

 

ESCUTAR

“Vós dispersastes o meu rebanho, e o afugentastes e não cuidastes dele; eis que irei verificar isso entre vós e castigar a malícia de vossas ações, diz o Senhor” (Jr 23, 2).

Em sua carne ele destruiu o muro de separação: a inimizade (Ef 2, 13-18).

Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor (Mc 6, 34).

 

MEDITAR

Eu me lembro de vos haver apresentado dois perfumes: o do arrependimento, que se estende a todos os pecados, e o do reconhecimento que afirma todos os benefícios de Deus (...) Mas há um perfume que supera em muito estes dois; eu o chamarei de perfume da compaixão. Ele se compõe, com efeito, dos horrores da pobreza, das angústias em que vivem os oprimidos, das inquietudes da tristeza, das faltas dos pecadores, enfim, de todo o sofrimento dos homens, ainda que estes sejam nossos inimigos.

(São Bernardo de Clairvaux, 1090-1153, França)

 

ORAR

   Jesus empolga as multidões. Se procura fugir delas, acontece que elas se impõem. Uma trama complexa de relações se impõe entre elas e ele. Ele não pode fiar-se pura e simplesmente no sucesso popular. Ele não pode, mais ainda, recusar-se ao apelo que sobe da multidão como de um rebanho abandonado. Ora o ato primeiro, indispensável e revelador, pelo qual ele se situa em relação a ela, é a palavra. Sua missão não pode se traduzir em fatos sem se dizer. Como o pão partilhado, oferecido a todos, seu ensinamento, dado às multidões, testemunha: eis o pastor ante o rebanho, e a afeição que consagra às ovelhas desamparadas manifesta a ternura misericordiosa de Deus. Os doze estão lá, “apóstolos” associados à obra de Jesus. Esta é prioritária: o repouso pode ser adiado para mais tarde, ou não atingir sua plena verdade, senão no fim da missão. Eles não compreenderam ainda quem é Jesus, e já estão postos em ação. Eles ensinam e devem dar de comer ao povo reunido no deserto. Quando tiverem acolhido o “segredo” de Jesus através do escândalo da paixão, é o sentido do seu próprio trabalho que lhes será também revelado, ao mesmo tempo que a maneira de o cumprirem. “O Evangelho de Jesus Cristo” é o ato de Deus hoje entre os homens. Ele é destinado a todos pela missão apostólica que perdura. Através dela, é a compaixão do pastor, é, dirá Paulo, a caridade do Cristo, que nos pressiona (2 Cor 5, 14). Quando Marcos medita sobre a unidade de Jesus e dos discípulos nas origens do Evangelho, ele toca na realidade profunda da Igreja, na sua responsabilidade, na exigência de autenticidade que lhe impõe a missão. Se Jesus teve tanto trabalho em abrir os olhos dos doze, iniciando-os em tudo para a tarefa, podemos nós imaginar uma aprendizagem apostólica que nos dispensaria de viver com Jesus, de o contemplar, de o seguir e de ser terrivelmente incomodados em nossos planos ou nossas lógicas de homens?

(Jean Delorme, 1920-2005, França)

 

CONTEMPLAR

Tayana & Karan, 2018, Union Rescue Mission, Skid Row, Los Angeles, Hans Gutknecht, do ensaio “Eu sou uma sem casa”, Daily News, Estados Unidos.




 

 

quinta-feira, 8 de julho de 2021

O Caminho da Beleza 34 - XV Domingo do Tempo Comum

Os transbordamentos de amor acontecem sobretudo nas encruzilhadas da vida, em momentos de abertura, fragilidade e humildade, quando o oceano do amor de Deus arrebenta os diques da nossa autossuficiência e permite, assim, uma nova imaginação do possível (Papa Francisco).

XV Domingo do Tempo Comum                  11.07.2021

Am 7, 12-15            Ef 1, 3-14                 Mc 6, 7-13

 

ESCUTAR

“O Senhor chamou-me quando eu tangia o rebanho, e o Senhor me disse: ‘Vai profetizar para Israel, meu povo’” (Am 7, 15).

Em Cristo, ele nos escolheu, antes da fundação do mundo, para que sejamos santos e irrepreensíveis sob seu olhar, no amor (Ef 1, 4).

Recomendou-lhes que não levassem nada para o caminho, a não ser um cajado; nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura (Mc 6, 8).

 

MEDITAR

Deus podia escolher muitas maneiras de distribuir os seus dons. Podia reparti-los de modo rigorosamente igual para todos: ninguém teria tido de que se queixar; ninguém teria recebido mais, e ninguém menos; tudo teria sido calculado, calibrado, equilibrado...  Mas isto seria indigno da imaginação criadora do Pai. Haveria uma incrível monotonia, como se todas as criaturas humanas devessem ter a mesma face, ou as flores a mesma forma, a mesma cor, o mesmo perfume... Deus parece injusto, mas não é. Ele pede mais a quem ele dá mais. Quem recebe mais, recebe para os outros. Ele não é nem maior nem melhor; ele é mais responsável. Deve servir mais. Viver para servir.

(Dom Hélder Câmara, 1909-1999, Brasil)

 

ORAR

   O risco da missão confiada por Cristo aos apóstolos se chama pobreza. Os sinais de libertação que os discípulos irão levar como “acompanhamento” da pregação (expulsão dos demônios, cura dos enfermos) não podem prescindir da pobreza dos meios empregados, como expressão concreta da liberdade de tudo aquilo que pode fazer pesado o caminho, estorvar, não deixar transparecer a força do evangelho. Cristo se preocupa, principalmente, do que não pode levar consigo quando vai proclamar sua mensagem. Parece-me que o acento se coloca aqui mais no levar do que no possuir. Em relação com a missão, Jesus não vem fazer o inventário de nosso armário. Exige que levemos uma túnica apenas. Sem querer forçar demasiado as coisas, tenho a impressão de que com frequência se invertem estas perspectivas. Certas instituições religiosas se mostram intransigentes e radicais quanto à possessão. Mas, em compensação, são pródigas no uso dos meios, por causa do evangelho, entenda-se. Parece-me que o discurso de Jesus vai precisamente em direção contrária. O evangelho não tem necessidade de meios humanos adequados e excessivamente chamativos. A força deve aparecer que está no evangelho, não nos meios usados. A missão deve ser pobre. Um imponente desdobramento dos meios mortifica, faz desaparecer a evangelização em vez de promovê-la... Jesus se esqueceu de entregar o manual do missioneiro. Mas há quem se preocupe imediatamente em editá-lo. Assim estamos prestes a entender por que a missão sofre dilações. Há muita gente que se atrasa quando fala de missão. À força de precisar as condições, as opções prioritárias, de determinar tarefas específicas, vencimentos irrevogáveis, distinção de tarefas, conteúdos, regras, preferências irrenunciáveis, esquece-se de que também é necessário partir... Jesus “chama” e “manda”. E enquanto alguns vão, muitos ficam repassando o programa de viagem... O risco fundamental é sempre o de dar os passos, não o das discussões.

(Alessandro Pronzato, 1932-, Itália).

 

CONTEMPLAR

Bispo brasileiro Dom Hélder Câmara na celebração eucarística em Den Bosch, 1974, Hans Peters, Países Baixos.




quinta-feira, 1 de julho de 2021

O Caminho da Beleza 33 - São Pedro e São Paulo

Os transbordamentos de amor acontecem sobretudo nas encruzilhadas da vida, em momentos de abertura, fragilidade e humildade, quando o oceano do amor de Deus arrebenta os diques da nossa autossuficiência e permite, assim, uma nova imaginação do possível (Papa Francisco).

São Pedro e São Paulo             04.07.2021

At 12, 1-11                2 Tm 4, 6-8.17-18            Mt 16, 13-19

 

ESCUTAR

O rei Herodes prendeu alguns membros da Igreja para torturá-los. Mandou matar à espada Tiago, irmão de João (At 12, 1-2).

Quanto a mim, eu já estou para ser derramado em sacrifício; aproxima-se o momento de minha partida (2 Tm 4, 6).

“E vós, quem dizeis que eu sou?” (Mt 16, 15).

 

MEDITAR

Terá o cristão receio de sujar as mãos, ao participar na promoção do homem? Ao condenar o compromisso nas ciências humanas, na economia e na política, o pietismo torna-se perigoso. Aceitar a vontade de Deus não consiste apenas em dizer “Senhor, Senhor”, mas, sim, em tomar parte, corajosamente, no bem comum.

(Roger Schütz, 1915-2005, Suíça)

 

ORAR

       Pedro acabara de fazer uma bela profissão de fé a Jesus: “Tu és o messias”. O evangelho de Mateus acrescenta também: “Tu és o messias, o Filho do Deus vivo”. E Jesus felicita Pedro lhe dizendo: Bravo! É meu Pai que te revelou isso! Pedro está à escuta de Deus no mais profundo de seu coração. Mas logo depois, Jesus define que tipo de messias ele será: não um messias glorioso e triunfador sobre a terra (era a imagem que se fazia habitualmente do messias), mas um messias rejeitado pelas autoridades, que será condenado à morte e que dará sua vida para a salvação do mundo. Nesse caso, Pedro não está mais de pleno acordo: “Não, Senhor, isso não acontecerá contigo!”. E Jesus lhe responde: “Para trás! Afasta-te de mim; não são os pensamentos de Deus que te inspiram agora, mas os de Satã”. Pedro era capaz do melhor em sua profissão de fé, mas um instante depois, ele é capaz do pior diante do sofrimento e da cruz. Creio que todos somos um pouco assim: há dias em que nos sentimos capazes de todas as devoções, em que nossa vida nos parece como uma montanha luminosa em direção ao Senhor... Nos sentimos capazes do melhor. E em outros dias, não somos mais bons em nada, nenhum gosto mais para a oração, o menor esforço nos causa medo e estamos prestes a deixar tudo cair. Somos capazes do pior. Conclusão: não fiquemos orgulhosos quando nos sentimos capazes do melhor! Não nos acovardemos quando a cruz nos causa medo, quando nos sentimos capazes do pior... Não nos desesperemos jamais! Os maiores santos passaram por períodos de desordem e de mediocridade; há sempre em todo homem sementes de santidade que estão prestes a brotar, graças a Deus.... Mesmo, às vezes, quando tocamos o fundo do pecado é que percebemos que podemos também chegar a tocar o ápice da luz e da santidade. Temos todos necessidade uns dos outros: tenho necessidade de vocês, da amizade de vocês, da oração de vocês, como vocês têm necessidade de mim, sobretudo diante da cruz. O Senhor conta com cada um de nós, como contava com Pedro malgrado suas faltas; ele não nos larga. Ele nos ajuda a compreender que a verdadeira fé não é simplesmente fazer belas declarações, mas ela é um processo de amor: “É por meus atos (quer dizer, por minha própria perseverança quando tudo está difícil) que mostrarei minha fé”.

(Bernard Prévost, 1913-?, França)

 

CONTEMPLAR

Dois Amigos, 1954, do ensaio “Crianças das Ruas” para a revista Picture Post, Thurston Hopkins (1913-2014), Londres, Reino Unido.