A palavra de
Deus é viva e eficaz e mais cortante que espada de dois gumes (Hb 4, 12).
VI Domingo da Páscoa 17.05.2020
At 8, 5-8.14-17 1
Pd 3, 15-18 Jo 14,
15-21
ESCUTAR
De muitos
possessos saíam os espíritos maus, dando grandes gritos. Numerosos paralíticos
e aleijados também foram curados (At 8, 7).
Estai
sempre prontos a dar razão da vossa esperança a todo aquele que vo-la pedir (1
Pd 3, 15).
“Quem me
ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele” (Jo 14, 21).
MEDITAR
Cada um
de nós é chamado a ser diante de Deus, de si mesmo, de seus irmãos, um
autêntico servidor da Verdade e do Amor. Isso é Igreja. No seio da comunidade
apostólica, como no meio do mundo, o que conta de fato é a fidelidade à
Verdade, à Justiça e ao Amor. Todo homem pois, que vive autenticamente como
homem, que ajuda seu semelhante a vivê-lo da mesma forma, faz parte da Igreja,
está conduzido pelo Espírito de Jesus, completa em sua carne a Paixão de Cristo
e será reconhecido como Filho do Pai do Céu.
(Francisco
Catão, 1927-2020, Brasil)
ORAR
O Espírito Santo
reveste-se, segundo a promessa de Jesus registrada no evangelho de João, de uma
dupla função: no interior da comunidade o Espírito mantém viva e interpreta a
mensagem de Cristo (Jo 14, 26), no exterior dá segurança ao fiel em seu
confronto com o mundo, ajudando-o a decifrar o sentido da história não obstante
as aparências desarmantes. O Espírito alimenta, assim, a fé e a esperança. O
Espírito é o sinal da presença do Cristo em sua Igreja. É indispensável abrir a
porta da comunidade e dos corações à ação do Espírito dado pelo Cristo pascal.
Com o pecado o homem “mata o Espírito” (1 Ts 5, 19), cala a fonte da sua vida.
Com o Espírito, princípio de conteúdo da Igreja, a comunidade cristã se expande
na pluralidade esplêndida de seus dons. Cristo, o Espírito, o Pai e o fiel
estão vinculados por uma ligação de amor. É o tema do evangelho de hoje.
Na Bíblia predomina a categoria do encontro, da aliança, da comunhão. Ela é
como um sêmen fecundo que cresce perfurando a crosta da solidão, do silêncio,
do ódio. “As promessas escatológicas da tradição bíblica – liberdade, paz,
justiça, reconciliação – não podem ser privatizadas. Elas pressionam sempre
para uma responsabilidade social. Estas promessas, porém, não podem estar nunca
identificadas com algum status social. A história do cristianismo conhece
suficientemente bastante as identificações ou politizações diretas da promessa”
(J. B. Metz, Sobre a teologia do mundo, Brescia, 1969, p. 114). A virtude
cristã que exala do amor são a esperança que vence o pessimismo; a doçura e
o respeito, que dobram o ódio e o fanatismo; a coerência, que permite responder
a quem nos pede a dar “a razão da nossa esperança”; a constância, que sabe
sustentar o espírito mesmo na obscuridade da prova.
(Gianfranco
Ravasi, 1942-, Itália)
CONTEMPLAR
Resistência, 2019,
jovens em ação nas ruas em Paris, França, Stanislav Sitnikov, Federação Russa,
Monochrome Photography Awards 2019.
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