terça-feira, 12 de maio de 2020

O Caminho da Beleza 26 - VI Domingo da Páscoa


A palavra de Deus é viva e eficaz e mais cortante que espada de dois gumes (Hb 4, 12).

VI Domingo da Páscoa             17.05.2020
At 8, 5-8.14-17                  1 Pd 3, 15-18                      Jo 14, 15-21


ESCUTAR

De muitos possessos saíam os espíritos maus, dando grandes gritos. Numerosos paralíticos e aleijados também foram curados (At 8, 7).

Estai sempre prontos a dar razão da vossa esperança a todo aquele que vo-la pedir (1 Pd 3, 15).

“Quem me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele” (Jo 14, 21).


MEDITAR

Cada um de nós é chamado a ser diante de Deus, de si mesmo, de seus irmãos, um autêntico servidor da Verdade e do Amor. Isso é Igreja. No seio da comunidade apostólica, como no meio do mundo, o que conta de fato é a fidelidade à Verdade, à Justiça e ao Amor. Todo homem pois, que vive autenticamente como homem, que ajuda seu semelhante a vivê-lo da mesma forma, faz parte da Igreja, está conduzido pelo Espírito de Jesus, completa em sua carne a Paixão de Cristo e será reconhecido como Filho do Pai do Céu.

(Francisco Catão, 1927-2020, Brasil)


ORAR

   O Espírito Santo reveste-se, segundo a promessa de Jesus registrada no evangelho de João, de uma dupla função: no interior da comunidade o Espírito mantém viva e interpreta a mensagem de Cristo (Jo 14, 26), no exterior dá segurança ao fiel em seu confronto com o mundo, ajudando-o a decifrar o sentido da história não obstante as aparências desarmantes. O Espírito alimenta, assim, a fé e a esperança. O Espírito é o sinal da presença do Cristo em sua Igreja. É indispensável abrir a porta da comunidade e dos corações à ação do Espírito dado pelo Cristo pascal. Com o pecado o homem “mata o Espírito” (1 Ts 5, 19), cala a fonte da sua vida. Com o Espírito, princípio de conteúdo da Igreja, a comunidade cristã se expande na pluralidade esplêndida de seus dons. Cristo, o Espírito, o Pai e o fiel estão vinculados por uma ligação de amor. É o tema do evangelho de hoje. Na Bíblia predomina a categoria do encontro, da aliança, da comunhão. Ela é como um sêmen fecundo que cresce perfurando a crosta da solidão, do silêncio, do ódio. “As promessas escatológicas da tradição bíblica – liberdade, paz, justiça, reconciliação – não podem ser privatizadas. Elas pressionam sempre para uma responsabilidade social. Estas promessas, porém, não podem estar nunca identificadas com algum status social. A história do cristianismo conhece suficientemente bastante as identificações ou politizações diretas da promessa” (J. B. Metz, Sobre a teologia do mundo, Brescia, 1969, p. 114). A virtude cristã que exala do amor são a esperança que vence o pessimismo; a doçura e o respeito, que dobram o ódio e o fanatismo; a coerência, que permite responder a quem nos pede a dar “a razão da nossa esperança”; a constância, que sabe sustentar o espírito mesmo na obscuridade da prova.

(Gianfranco Ravasi, 1942-, Itália)


CONTEMPLAR

Resistência, 2019, jovens em ação nas ruas em Paris, França, Stanislav Sitnikov, Federação Russa, Monochrome Photography Awards 2019.




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