quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

O Caminho da Beleza 06 - Sagrada Família de Jesus, Maria e José


A palavra de Deus é viva e eficaz e mais cortante que espada de dois gumes (Hb 4, 12).

Sagrada Família de Jesus, Maria e José              29.12.2019
Eclo 3, 3-7.14-17               Cl 3, 12-21               Mt 2, 13-15.19-23


ESCUTAR

A caridade feita a teu pai não será esquecida (Eclo 3, 15).

Sede agradecidos. Que a palavra de Cristo, com toda a sua riqueza, habite em vós (Cl 3, 16).

“Herodes vai procurar o menino para matá-lo” (Mt 2, 13).


MEDITAR

Ele armou sua tenda entre nós e nos revelou que o amor não conhece limites nem definições restritivas; ele leva aquele que ama ao ponto de desistir da própria vida pelo bem dos outros. Ele vai acima e além da linha do dever. É claro, isto é extravagante e absurdo, mas o Reino de Deus é para as aventuras da fé. Não é uma recompensa para a mediocridade.

(Manos da Terna Solidão, 1999-, Brasil)


ORAR

        No dia seguinte ao Natal, a Igreja guarda suas vestes brancas de festa e se veste da cor do sangue. Estevão, o mártir que segue primeiro o Senhor na morte, e as crianças inocentes, amamentadas em Belém e Judá, que foram degoladas pelas mãos cruéis dos carrascos, se reúnem em torno do Menino da manjedoura, formando seu séquito. Que significa tudo isso? Onde está agora a alegria das armas celestes? Onde está a felicidade silenciosa da noite santa? Onde está a paz sobre a terra? “Paz sobre a terra aos homens de boa vontade”: mas nem todos são de boa vontade. O poder misterioso do mal envolvia o mundo na noite, assim foi preciso que o Filho do Pai eterno descesse da glória do céu. As trevas cobriam a terra e ele veio como a luz que brilha nas trevas, e as trevas não o receberam. Aos que o acolheram, ele trouxe a luz e a paz: a paz com o Pai do céu, a paz com todos os que são também filhos da luz e filhos do Pai, e a paz profunda do coração; mas não a paz com os filhos das trevas. A estes, o Príncipe da paz não traz a paz, mas a espada. Para eles, ele é a pedra de tropeço sobre a qual se precipitam e que os abate. Eis a grave e dura verdade que não deve atenuar o charme poético do Menino na manjedoura. O mistério da encarnação e o mistério do mal estão estreitamente ligados. À luz descida do céu se opõe, ainda mais escura e lúgubre, a noite do pecado. Os que se ajoelham ao redor da manjedoura são seus filhos da luz: frágeis inocentes, pastores cheios de fé, reis humildes, Estevão, o discípulo inspirado, e João, o apóstolo do amor, e todos que seguiram o chamado do Senhor. Contra eles, na noite inconcebível do embrutecimento e da cegueira, se colocaram os doutores da Lei que, sabendo em que tempo e que lugar nasceria o Salvador, não partiram, contudo, para Belém, e Herodes que queria igualmente matar o senhor da vida. Diante do Menino na manjedoura, os espíritos se dividem. Ele é o Rei dos reis, o senhor da vida e da morte. Ele diz: “Siga-me” e quem não está com ele está contra ele. Ele diz isso a nós também e nos intima a escolher entre a luz e as trevas.

(Santa Edith Stein, 1891-1942, Polônia)


CONTEMPLAR

A Família Gritz, s.d., foram encarcerados no gueto de Berezno, Ucrânia/Polônia, onde foram assassinados pelos alemães e seus colaboradores ucranianos, em agosto de 1942, Arquivo sobre as vítimas da Shoah, Centro Yad Vashem, Jerusalém, Israel.




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