terça-feira, 10 de julho de 2018

O Caminho da Beleza 34 - XV Domingo do Tempo Comum


A palavra de Deus é viva e eficaz e mais cortante que espada de dois gumes (Hb 4, 12).

XV Domingo do Tempo Comum                  15.07.2018
Am 7, 12-15            Ef 1, 3-14                 Mc 6, 7-13


ESCUTAR

“Não sou profeta nem sou filho de profeta; sou pastor de gado e cultivo sicômoros. O Senhor chamou-me quando eu tangia o rebanho” (Am 7, 14-15).

Em Cristo, ele nos escolheu, antes da fundação do mundo, para que sejamos santos e irrepreensíveis sob seu olhar, no amor (Ef 1, 4).

Recomendou-lhes que não levassem nada para o caminho, a não ser um cajado; nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura (Mc 6, 8).


MEDITAR

É fácil levar Jesus no peito; difícil é ter peito, coragem para seguir Jesus.

(Dom Pedro Casaldáliga, 1928-, Catalunha-Brasil)


ORAR

Não desfaleças, deixa-te absorver pelo amor. Não podes saber para onde te levo. Acredita que é o melhor se fores fiel. Não esperes, sobretudo, velhice tranquila, pacífica, considerada. Teu caminho é luta sem tréguas, até o fim, até o impossível. Tuas dificuldades poderão mudar, jamais desaparecerão; elas te salvam. Sem elas, sucumbirias no orgulho. Apraz-me conservar-te na incerteza e no fracasso; essa é a tua sorte, a tua vantagem, a tua graça, pois eu te amo. Associei-te a uma parte ínfima da minha intervenção na humanidade; foi um dom valioso que te fiz, pura misericórdia. Serás sempre incompreendido. É preciso. É isso que te obriga a renovar os esforços a todo o momento. Fazes bem pouco, exatamente o que te reservei. Mas, tudo o que reservei aos que amo é imenso. Não são as obras que contam, mas o amor tão fraco, ainda, com que as realizas. Obrigo-te a purificar o amor. Estás ainda muito longe. Medes, ainda, em termos de influência, se não de sucesso. Mas não é disso que se trata, e sim de arrojar-te corajosamente, convictamente, na minha obscuridade, e amar realmente os que se opõem, amar a humanidade com amor mais puro. Muitas vezes, te deténs, ainda, em ti mesmo. És impedimento à minha força invasora. Não amas bastante os que junto de ti coloquei. Não transbordas sobre eles a minha caridade. Coragem! Quis servir-me de ti para o advento do meu reino. Não desanimes. Não afrouxes. Não te esquives. Mergulha na aventura desconhecida da minha noite. Então te salvarei de ti mesmo, e te ensinarei a imensidão do amor fraternal. Tua atitude de recuo é de desespero, não de fé. Deixa que te sepulte em meu amor.

(Louis-Joseph Lebret, 1897-1966, França)


CONTEMPLAR

Arcebispo Desmond Tutu conduz um velório numa barraca improvisada para uma menina de escola morta pela polícia, 1985, Transvaal, África do Sul, Ian Berry (1934-), Magnum Photos, Reino Unido.





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