A palavra de Deus é viva e eficaz e mais
cortante que espada de dois gumes (Hb 4, 12).
XV Domingo do Tempo Comum 15.07.2018
Am 7, 12-15 Ef 1, 3-14 Mc
6, 7-13
ESCUTAR
“Não sou profeta nem sou filho de profeta; sou pastor de gado
e cultivo sicômoros. O Senhor chamou-me quando eu tangia o rebanho” (Am 7,
14-15).
Em Cristo, ele nos escolheu, antes da fundação do mundo, para
que sejamos santos e irrepreensíveis sob seu olhar, no amor (Ef 1, 4).
Recomendou-lhes que não levassem nada para o caminho, a não
ser um cajado; nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura (Mc 6, 8).
MEDITAR
É fácil levar Jesus no peito; difícil é ter peito, coragem
para seguir Jesus.
(Dom Pedro Casaldáliga, 1928-, Catalunha-Brasil)
ORAR
Não desfaleças, deixa-te absorver
pelo amor. Não podes saber para onde te levo. Acredita que é o melhor se fores
fiel. Não esperes, sobretudo, velhice tranquila, pacífica, considerada. Teu
caminho é luta sem tréguas, até o fim, até o impossível. Tuas dificuldades
poderão mudar, jamais desaparecerão; elas te salvam. Sem elas, sucumbirias no
orgulho. Apraz-me conservar-te na incerteza e no fracasso; essa é a tua sorte,
a tua vantagem, a tua graça, pois eu te amo. Associei-te a uma parte ínfima da
minha intervenção na humanidade; foi um dom valioso que te fiz, pura
misericórdia. Serás sempre incompreendido. É preciso. É isso que te obriga a
renovar os esforços a todo o momento. Fazes bem pouco, exatamente o que te
reservei. Mas, tudo o que reservei aos que amo é imenso. Não são as obras que
contam, mas o amor tão fraco, ainda, com que as realizas. Obrigo-te a purificar
o amor. Estás ainda muito longe. Medes, ainda, em termos de influência, se não
de sucesso. Mas não é disso que se trata, e sim de arrojar-te corajosamente,
convictamente, na minha obscuridade, e amar realmente os que se opõem, amar a
humanidade com amor mais puro. Muitas vezes, te deténs, ainda, em ti mesmo. És
impedimento à minha força invasora. Não amas bastante os que junto de ti
coloquei. Não transbordas sobre eles a minha caridade. Coragem! Quis servir-me
de ti para o advento do meu reino. Não desanimes. Não afrouxes. Não te
esquives. Mergulha na aventura desconhecida da minha noite. Então te salvarei
de ti mesmo, e te ensinarei a imensidão do amor fraternal. Tua atitude de recuo
é de desespero, não de fé. Deixa que te sepulte em meu amor.
(Louis-Joseph Lebret, 1897-1966, França)
CONTEMPLAR
Arcebispo Desmond Tutu
conduz um velório numa barraca improvisada para uma menina de escola morta pela
polícia, 1985,
Transvaal, África do Sul, Ian Berry (1934-), Magnum Photos, Reino Unido.
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