Muitos pensam de modo
diferente, sentem de modo diferente. Procuram Deus ou encontram Deus de muitos
modos. Nesta multidão, nesta variedade de religiões, só há uma certeza que
temos para todos: somos todos filhos de Deus. Que o diálogo sincero entre homens
e mulheres de diferentes religiões produza frutos de paz e de justiça.
(Papa Francisco, 2016)
Não temos um só Pai? Não nos
criou um mesmo Deus? Por que trabalhamos tão perfidamente uns contra os outros?
(Ml 2, 10)
XIV Domingo do Tempo Comum 09.07.2017
Zc 9,9-10 Rm 8, 9.11-13 Mt
11, 25-30
ESCUTAR
“Eis
que vem teu rei ao teu encontro; ele é justo, ele salva; é humilde e vem
montado num jumento, um potro, cria de jumenta” (Zc 9, 9).
Se
alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Cristo (Rm 8, 9).
“Pois
o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mt 11,30).
MEDITAR
A
prática do amor e da compaixão nada tem que ver com implicações religiosas ou
com o que quer que seja de sagrado. É uma questão de sobrevivência... A
espiritualidade que me interessa diz respeito às qualidades do espírito humano
que nos trazem felicidade a nós mesmos e aos outros... Não há razão alguma para
que o indivíduo não possa desenvolver essas qualidades, mesmo em níveis
elevados, sem ter acesso a qualquer sistema religioso ou metafísico. Eis porque
às vezes digo que é possível abrir mão da religião.
(Dalai
Lama, Budismo).
ORAR
O profeta apresenta não um rei guerreiro, mas
pacífico, manso e humilde. Mas, Jesus, assim que desceu do jumento e colocou os
pés no chão, parece esquecer da sua mansidão e se deixou invadir por um furor
sagrado: usa uma linguagem dura e suas palavras mais do que carícias parecem
pedradas; fala de sua missão como espada, fogo, sal que queima. E culmina no
átrio do Templo, expulsando a golpes os mercadores, derrubando suas barracas e
atrapalhando os negócios. Mas, este mesmo homem se apresenta como manso e
humilde de coração. Jesus nos revela que a ternura não é a característica de
pessoas passivas, sem nervos, sem paixões e emoções. O manso não é um
resignado, um impotente, mas o que toma posição e confronta a injustiça, a
mentira e a hipocrisia. O manso é o que tem a capacidade de se indignar diante
de situações intoleráveis. São os débeis que gritam para impressionar e
garantir seus argumentos vacilantes. São os que recorrem à violência, à
difamação, às insinuações mesquinhas e sórdidas: julgam-se superiores aos
outros e sem medir as consequências dos seus atos evitam a verdade dos fatos. Jesus
não tortura a consciência de ninguém, mas a liberta e a sua ternura com todos é
o símbolo luminoso da ressurreição. Jesus, na sua ternura, promete descanso aos
que sofrem o jugo opressor da Lei e o peso da religião. A religião de Jesus é
uma religião que chama a todos os que sofrem para aliviá-los. O livro do
Eclesiástico proclama: “No fim alcançarás seu descanso e a sabedoria se
converterá em teu prazer; seus grilhões se tornarão teu baluarte; suas rédeas,
traje de festa; seu jugo, joia de ouro; suas correias, cintos de púrpura” (Eclo
6, 28-30). O papa Francisco nos exorta: “Deus nos surpreende sempre, rompe
nossos esquemas, coloca em crise nosso projetos e nos diz: ‘Confia em Mim, não
tenhas medo, deixa-te surpreender, sai de ti mesmo e segue-Me’”.
CONTEMPLAR
O Rochedo Mítico,
Mahabaliparum, Tamil Nadu, India, Olivier Föllmi (1958-),
Saint-Julien-en-Genevois, França.
Grato por ajudar a erguer uma ponte alicerçada nos pontos em comum das religiões. As diferenças são apenas temperos culturais sem importância. Como disse Padre Pio: Só é preciso amar, amar amar e nada mais. Esse o Caminho, a Verdade e a Vida!
ResponderExcluir