segunda-feira, 31 de outubro de 2016

O Caminho da Beleza 51 - Todos os Santos e Santas

Todos os Santos e Santas                    06.11.2016
Ap 7,2-4.9-14                     1 Jo 3, 1-3                Mt 5, 1-12

ESCUTAR

Vi uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas, que ninguém podia contar (Ap 7, 9).

Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos! (1 Jo 3, 1).

“Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus” (Mt 5, 12). 


MEDITAR

Quando a vida interior se fecha nos próprios interesses, deixa de haver espaço para os outros, já não entram os pobres, não se ouve a voz de Deus, não se goza da doce alegria do seu amor nem fervilha o entusiasmo de fazer o bem (Francisco, Evangelii Gaudium 1).


ORAR

Esta é a festa da santidade anônima e nela celebramos a imprevisibilidade do Espírito. Hoje, podemos apenas imaginar e suspeitar a poesia dos rostos e a música dos nomes. O excesso dilatado até o infinito é a única medida que adota Seu amor que é fonte da santidade: “Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos!”. O evangelista revela o derradeiro segredo da santidade: a alegria. O santo é um candidato à alegria e nela se exercita cada dia, incansavelmente, para não chegar desprevenido ao gozo eterno. Se não formos capazes de nos alegrar em qualquer circunstância da vida não somos talhados à santidade. Temos medo da santidade porque temos horror à alegria. Somos incapazes do desprendimento mais necessário: romper com nossas melancolias, tormentos existenciais, seriedade, tensões, inquietudes, complicações excessivas, remorsos exasperados, dolorismo e um vitimar-se sem fim e sem tréguas. Somos mergulhados na retórica dolorida da cruz que é oposta à loucura da Cruz. Os santos e santas levaram uma existência ordinária como a nossa, com as nossas dificuldades, cansaços e preocupações. Tropeçaram em seus caminhos como nós. Hoje é a festa da santidade comum, humana e anônima, dos que amaram e viveram conforme a alegria e a ternura da Boa Nova de Jesus, o Cristo.


CONTEMPLAR

New York, Anos Cinquenta, 1955, Garry Winogrand (1928-1984), New York, Estados Unidos.







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