XIX Domingo do Tempo Comum 16.10.2016
Ex 17, 8-13 2
Tm 3, 14-4,2 Lc 18, 1-8
ESCUTAR
Suas mãos não se fatigaram até o pôr do sol (Ex 17, 12).
Permanece firme naquilo que aprendeste e aceitaste como
verdade; tu sabes de quem o aprendeste (2 Tm 3, 15).
“Mas o Filho do homem quando vier, será que ainda vai
encontrar fé sobre a terra” (Lc 18, 8).
MEDITAR
É preciso uma oração corajosa, como aquela de Abraão que
lutava com o Senhor para salvar a cidade, como aquela de Moisés que tinha as
mãos levantadas e se cansava rezando ao Senhor; como aquela de tantas pessoas
que têm fé e que rezam com fé (Francisco, Meditação
Matinal, Capela da Casa de Santa Marta, Roma, 20 de maio de 2013).
ORAR
As leituras deste domingo nos levam a considerar a
resistência e a obstinação. O permanecer firme não é uma postura passiva de defesa,
mas um dinamismo de iniciativas: “proclamai a palavra, insiste oportuna e
inoportunamente, argumente, repreende, aconselha, com toda a paciência e
doutrina”. Somos chamados a permanecer firmes em todos os momentos da vida,
sobretudo contra tudo o que atente contra a justiça, a liberdade e a dignidade
humana. O cristão deve opor resistência contra todos os fanatismos, as
intolerâncias e os sectarismos dentro e fora da sua comunidade eclesial;
afrontar as tiranias, as liturgias do conformismo, as prepotências dos senhores
da hora e as prevaricações do poder. A oração é a outra face da resistência e
nela não se concede nada à velocidade, à pressa e à impaciência. A oração da
viúva é a oração da pobreza e a pobreza na oração significa saber orar na
aridez, no vazio, na desolação e na obscuridade mais espessa. Deus está
presente ainda que nos decepcione, se esconda e desapareça na noite. Temos que
manter sempre abertas as portas a este Deus que, aparentemente, se nega. O
Alcorão nos apela à oração permanente: “Invoca o nome do teu Senhor, da
alvorada ao crepúsculo. Celebrai longamente seus louvores durante a noite”,
pois a oração é a fé que respira e nos faz nascer.
CONTEMPLAR
Anjo de Natal, 2010, Brandon Thibodeaux (1981-), Mond Bayou, Mississipi,
Estados Unidos.
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