XXXIII Domingo do Tempo Comum 13.11.2016
Ml
3, 19-20 2 Ts 3,
7-12 Lc
21, 5-19
ESCUTAR
Eis que virá
o dia, abrasador como fornalha, em que todos os soberbos e ímpios serão como
palha (Ml 3, 19).
Ouvimos
dizer que entre vós há alguns que vivem à toa, muito ocupados em não fazer nada
(2 Ts 3, 11).
“Cuidado
para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu’!”
(Lc 21, 8).
MEDITAR
A esperança
cristã não é um “consolo espiritual”, uma distração das tarefas sérias que
exigem nossa atenção. É uma dinâmica que nos torna livres de todo determinismo
e de todos os obstáculos para construir um mundo de liberdade, para libertar
essa história das correntes do egoísmo, da inércia e da injustiça nas quais se
tende a cair com tanta facilidade (Francisco, Educar: exigência e paixão).
ORAR
Paulo ganhou o seu salário como construtor de tendas. Mais
do que o Templo, do qual não “restará pedra sobre pedra”, emerge a tenda. A
tenda é um sinal provisório de uma travessia até uma meta definitiva. É preciso,
mais do que nunca, construir tendas para congregar os que se amam. Seremos
julgados pela nossa omissão de não as termos feito, “ocupados em não fazer
nada”. A vida é feita de condições turbulentas e as igrejas verdadeiras nada têm
de brilhante triunfalismo, que sempre será um sinal de decadência. “Nisto é que
está o mistério da Igreja: uma realidade humana feita de homens pobres e
limitados (...) Mas a Igreja de hoje ainda não é aquilo que está chamada a ser.
É importante ter isto em conta para se evitar uma falsa visão triunfalista” (Puebla,
230-31). Isto desconcerta muitos cristãos que acabam presos por uma angústia,
um pânico, uma desesperança e uma desconfiança em relação à Igreja. Sua fé em
Deus é uma fé vacilante. Jesus nos previne, cruelmente, sobre estas coisas para
que tenhamos uma atitude oposta ao desânimo, ao medo e à infidelidade: “Vós não
perdereis um só fio de cabelo da vossa cabeça”, pois “estarei convosco todos os
dias até a consumação dos séculos” (Mt 28, 20). A perseverança cristã consiste
em saber recomeçar a cada dia. Continuaremos a perguntar: “O fim do mundo é
para amanhã?”. E devemos responder: “Não, o fim anunciado é hoje!”. Por esta
razão é necessário construir tendas na travessia, pois elas são as palavras do
verbo recomeçar.
CONTEMPLAR
Um bebê sírio é passado por um buraco na barreira de arame
farpado, entre
a fronteira da Sérvia e Hungria, 2015, Warren Richardson (1968-), Austrália,
World Press Photo.
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