XXXI
Domingo do Tempo Comum 30.10.2016
Sb
11,22-12,2 2 Ts
1,11-2,2 Lc 19, 1-10
ESCUTAR
“A todos,
porém, tu tratas com bondade, porque tudo é teu, Senhor, amigo da vida” (Sb 11,
26).
“Não
cessamos de rezar por vós, para que o nosso Deus vos faça dignos da sua
vocação” (2 Ts 1, 11).
“Com efeito,
o Filho do homem veio procurar e salvar o que estava perdido” (Lc 19, 1-10).
MEDITAR
Deus que nos
chama a uma generosa entrega e a oferecer-Lhe tudo, também nos dá as forças e a
luz de que necessitamos para prosseguir. No coração deste mundo, permanece
presente o Senhor da vida que tanto nos ama. Não nos abandona, não nos deixa
sozinhos, porque Se uniu definitivamente à nossa terra e o seu amor sempre nos
leva a encontrar novos caminhos. Que Ele seja louvado! (Francisco, Laudato Si’ 245).
ORAR
O Senhor é amigo da vida, aposta no melhor que existe em
cada pessoa e se deixa encontrar pelos pacientes. O amor de Deus se revela mais
forte do que os pecados dos homens e suas traições. Precisamos amar a vida e
aniquilar toda a espiritualidade de mortificações que sufocam a epifania da
vida. Não devemos amar a Deus por temer a vida, pois o “Senhor ama tudo o que
existe (...) e a todos trata com bondade” e, apesar disto, parece que a nossa vocação
irresistível é a de não perdoar nada e a ninguém. Nossa posição diante dos
outros oscila entre o desprezo e a suspeita. Somos céleres em querer apresentar
diante de Deus uma lista de pessoas, grupos e povos que para nós, católicos,
são dignos de desprezo. No entanto, Deus abandona estas indicações mesquinhas.
O mal inoculou no mundo uma espécie de veneno que contaminou a vida amada por
Deus. Jesus aposta nas pessoas e por isto se auto convida para ficar na casa de
Zaqueu. Zaqueu acaba descobrindo a pequenez que o impedia de viver: o egoísmo, a
avareza, os roubos, a opressão e a exploração dos mais fracos. Finalmente, a
figueira cresceu e amadureceu; e na sua hora e na sua vez entregou um fruto
bom.
CONTEMPLAR
A Pomba Indiscreta, 1964,
Robert Doisneau (1912-1994), Paris, França.
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