segunda-feira, 3 de outubro de 2016

O Caminho da Beleza 47 - XXVIII Domingo do Tempo Comum

XXVIII Domingo do tempo Comum                      09.10.2016
2 Rs 5, 14-17                      2 Tm 2, 8-13                      Lc 17, 11-19


ESCUTAR

“Agora estou convencido de que não há outro Deus em toda a terra, senão o que há em Israel!” (2 Rs 5, 15).

“A palavra de Deus não está algemada” (2 Tm 2, 9).

“Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, a não ser este estrangeiro” (Lc 17, 18).


MEDITAR

Na fé, o Cristo não é apenas aquele em que nós cremos – a manifestação maior do amor de Deus – mas também aquele ao qual nos unimos para poder crer. A fé não olha apenas em direção a Jesus, mas olha do ponto de vista de Jesus, com seus olhos: ela é uma participação na sua maneira de ver (Francisco).


ORAR

A falta de gratidão é uma marca do nosso tempo. Sem vínculos, nos movemos no emaranhado de informações que as redes sociais, quase anônimas, nos vendem como uma verdade. No entanto, a dinâmica da vida cristã nos faz reconhecer o dom: ser uma pessoa de fé é dar graças. A ausência de gratidão responde pela ausência da fé. A fé ignora fronteiras porque a graça suprime as barreiras, pois a salvação de Deus é para todos os povos. A oração é possível em qualquer parte do mundo e em qualquer lugar. Cristão não é o que pede graças ou recebe graças, mas o que dá graças. Eucaristia significa, literalmente, dar graças e o homem eucarístico é o do reconhecimento. A ação de graças não se esgota na oração, pois a gratidão mais perfeita se exprime na alegria de viver e a melhor maneira de dar graças ao Senhor é celebrar a vida com cantos e festas de alegria. A autoridade de Jesus vinha da sua surpreendente alegria e, por esta razão, se um irmão ou irmã estiver triste é nossa responsabilidade ajudá-los a reencontrar a felicidade. Se desejarmos conhecer a alegria do Evangelho, não devemos querer escapar do sofrimento do mundo, mas ter a coragem de imergir nele para encontrar a alegria de Deus. Querer uma alegria sem conhecer a tristeza é viver num mundo de fantasias e de evasão da realidade. Não temos o direito de receber dons e fugir para desfrutá-los sozinhos, temendo que nos sejam tirados. A dificuldade de sermos gratos a Deus nasce do fato de não sabermos ser gratos aos outros. No evangelho, os dez leprosos viviam juntos, pois a lepra os aproximava sem distinção. No entanto, a cura os separou definitivamente e o leproso curado, que deu graças, continuou samaritano. Os outros nove, que eram judeus, ficaram presos à letra da Lei, encerrados na cômoda certeza de ter cumprido todos os seus deveres. Eles não encontraram Deus onde Ele se deixou encontrar. Voltaram para o Templo e para suas obrigações religiosas. O samaritano volta ao lugar onde recebeu o dom divino da misericórdia, pois a gratidão é a marca de um homem salvo.


CONTEMPLAR


Sem Título, Milão, 2015(?), Eolo Perfido (1972 -), Série “Walks”, nascido em Cognac, França.



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