segunda-feira, 5 de setembro de 2016

O Caminho da Beleza 43 - XXIV Domingo do Tempo Comum

XXIV Domingo do Tempo Comum             11.09.2016
Ex 32, 7-11.13-14              1 Tm 1,12-17                       Lc 15, 1-32


ESCUTAR

“O Senhor desistiu do mal que havia ameaçado fazer ao seu povo” (Ez 32, 14).

“Mas encontrei misericórdia, porque agia com a ignorância de quem não tem fé” (1 Tm 1, 13).

“Eu vos digo, assim haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão” (Lc 15, 7).


MEDITAR

Jesus revelou no coração muita esperança sobretudo com as pessoas humildes, simples, os pobres esquecidos, aqueles que não contam aos olhos do mundo. Ele soube compreender as misérias humanas, ele mostrou a face misericordiosa de Deus, ele se abaixou para curar os corpos e a alma (Francisco, Homilia, Missa de Ramos, Roma, 24 de março de 2013).


ORAR

Celebramos nesta liturgia a misericórdia de Deus: perdoa o povo infiel e idólatra; Paulo obtém a misericórdia apesar de blasfemo, perseguidor e violento e Lucas apresenta Jesus como instrumento da misericórdia de Deus. No evangelho, a ovelha se extravia após ter-se distanciado do redil, o filho pródigo se afasta da casa paterna e o mais velho está distante ainda que nunca tenha deixado a casa. O distanciamento é a marca comum entre eles. Talvez os distantes mais irrecuperáveis são aqueles que se fecham em casa e se negam a assumir a lógica louca da compaixão. Entre o distanciamento e a conversão está uma apaixonada busca. A conversão e o perdão desembocam não numa penitência punitiva, numa sala escura onde esperam, enfileirados, rostos sombrios e taciturnos. A conversão e o perdão encontram seu auge num clima festivo. A busca pode ser de um só, mas a alegria do encontro deve ser partilhada por todos, sem reservas. Hoje, a situação se inverteu. São noventa e nove ovelhas perdidas e uma única fiel. E os que deveriam buscá-las se concentram nesta única e estabelecem uma rival competição para ter influência sobre ela. A perda da ovelha e do filho faz estremecer o coração de Deus, pois Deus ama a todos no amor, mas os que Dele se afastam, ama-os na esperança (Péguy). O Papa Francisco nos exorta: “Jesus não nos pede para conservar sua graça num cofre forte! Jesus não nos pede isto, mas quer que nós a utilizemos para o bem de todos. Todos os bens que temos recebido é para dar aos outros e desta forma irão frutificar. Como se ele nos dissesse: “Eis a minha misericórdia, minha ternura, meu perdão: receba-os e faça bom uso”. E nós o que temos feito? Quem temos “contaminado” com nossa fé? Quantas pessoas encorajadas pela nossa esperança? Quanto de amor temos partilhado com nosso próximo?” (Angelus. 16.11.2014).


CONTEMPLAR

Deixa-me ajudar, 2010, Hussain Khalaf, Bahrein.





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