XXIV Domingo do Tempo Comum 11.09.2016
Ex 32, 7-11.13-14 1 Tm 1,12-17 Lc
15, 1-32
ESCUTAR
“O Senhor desistiu do mal que havia ameaçado fazer ao seu
povo” (Ez 32, 14).
“Mas encontrei misericórdia, porque agia com a ignorância
de quem não tem fé” (1 Tm 1, 13).
“Eu vos digo, assim haverá no céu mais alegria por um só
pecador que se converte do que por noventa e nove justos que não precisam de
conversão” (Lc 15, 7).
MEDITAR
Jesus revelou no coração muita esperança sobretudo com as
pessoas humildes, simples, os pobres esquecidos, aqueles que não contam aos
olhos do mundo. Ele soube compreender as misérias humanas, ele mostrou a face
misericordiosa de Deus, ele se abaixou para curar os corpos e a alma (Francisco,
Homilia, Missa de Ramos, Roma, 24 de
março de 2013).
ORAR
Celebramos nesta liturgia a misericórdia de Deus: perdoa o
povo infiel e idólatra; Paulo obtém a misericórdia apesar de blasfemo,
perseguidor e violento e Lucas apresenta Jesus como instrumento da misericórdia
de Deus. No evangelho, a ovelha se extravia após ter-se distanciado do redil, o
filho pródigo se afasta da casa paterna e o mais velho está distante ainda que
nunca tenha deixado a casa. O distanciamento é a marca comum entre eles. Talvez
os distantes mais irrecuperáveis são aqueles que se fecham em casa e se negam a
assumir a lógica louca da compaixão. Entre o distanciamento e a conversão está
uma apaixonada busca. A conversão e o perdão desembocam não numa penitência
punitiva, numa sala escura onde esperam, enfileirados, rostos sombrios e
taciturnos. A conversão e o perdão encontram seu auge num clima festivo. A
busca pode ser de um só, mas a alegria do encontro deve ser partilhada por
todos, sem reservas. Hoje, a situação se inverteu. São noventa e nove ovelhas
perdidas e uma única fiel. E os que deveriam buscá-las se concentram nesta
única e estabelecem uma rival competição para ter influência sobre ela. A perda
da ovelha e do filho faz estremecer o coração de Deus, pois Deus ama a todos no
amor, mas os que Dele se afastam, ama-os na esperança (Péguy). O Papa Francisco
nos exorta: “Jesus não nos pede para conservar sua graça num cofre forte! Jesus
não nos pede isto, mas quer que nós a utilizemos para o bem de todos. Todos os
bens que temos recebido é para dar aos outros e desta forma irão frutificar.
Como se ele nos dissesse: “Eis a minha misericórdia, minha ternura, meu perdão:
receba-os e faça bom uso”. E nós o que temos feito? Quem temos “contaminado”
com nossa fé? Quantas pessoas encorajadas pela nossa esperança? Quanto de amor
temos partilhado com nosso próximo?” (Angelus.
16.11.2014).
CONTEMPLAR
Deixa-me ajudar, 2010, Hussain Khalaf, Bahrein.
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