segunda-feira, 12 de setembro de 2016

O Caminho da Beleza 44 - XXV Domingo do Tempo Comum

XXV Domingo do Tempo Comum               18.09.2016
Am 8, 4-7                1 Tm 2, 1-8              Lc 6, 1-13


ESCUTAR

“Ouvi isto, vós que maltratais os humildes e causais a prostração dos pobres da terra” (Am 8, 4).

“Quero, portanto, que em todo lugar os homens façam a oração, erguendo mãos santas, sem ira e sem discussões” (1 Tm 2, 8).

“Os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz” (Lc 16, 8).


MEDITAR

Será preciso fazer apelo aos crentes para que sejam coerentes com a própria fé e não a contradigam com suas ações; será necessário insistir para que se abram de novo à graça de Deus e se nutram profundamente das próprias convicções sobre o amor, a justiça e a paz. Se às vezes uma má compreensão dos nossos princípios nos levou a justificar o abuso da natureza, ou o domínio despótico do ser humano sobre a criação, ou as guerras, a injustiça e a violência, nós, crentes, podemos reconhecer que então fomos infiéis ao tesouro de sabedoria que devíamos guardar (Francisco, Laudato Si’, 200).


ORAR

O profeta denuncia uma mentalidade religiosa tranquilizadora e irresponsável que conduz as pessoas ao engano por acreditarem que a situação vergonhosa das desigualdades sociais, a opressão dos fracos, as injustiças clamorosas e a corrupção em todos os níveis são compatíveis com a prática religiosa. O pecado social mais abominável é considerar o pobre como uma mercadoria negociável e que seu preço de mercado equivale a um par de sandálias. A única preocupação dos mercadores vorazes é a de fazer dinheiro e pisotear as mais elementares exigências da justiça. O Senhor faz um solene juramento: “Nunca mais esquecerei o que eles fizeram”. A lição é visível: não se pode misturar religião e injustiça; culto e fraude; glória de Deus e aviltamento do homem; louvores ao Altíssimo e indiferença ao próximo. O Senhor não considera as práticas religiosas quando associadas às práticas desonestas e jamais esquece as práticas corruptas e despudoradas. “Vós passais por justos diante dos homens, mas Deus vos conhece por dentro. Pois o que os homens exaltam, Deus detesta” (Lc 16, 15). Jesus convida os filhos da luz, indolentes e aturdidos, a aprender a urgência da hora e tomar uma decisão da qual depende o futuro. Pede que tenham ao menos a mesma presença de espírito e a criatividade que os sagazes deste mundo manifestam ao perseguir seus interesses e negócios. Muitas vezes, o apego escancarado às práticas religiosas pode esconder um desmedido apego ao dinheiro. E seremos motivo de riso como o Cristo, pois “ouviam tudo isso os fariseus, muito amigos do dinheiro, e caçoavam dele” (Lc 16, 14).


CONTEMPLAR

Calçada na época do Natal, Atenas, 1980, Chris Steele-Perkins (1947-), Magnum Photos, Rangum, Myanmar.





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