segunda-feira, 27 de junho de 2016

O Caminho da Beleza 33 - XIV Domingo do Tempo Comum

São Pedro e São Paulo  Apóstolos               03.07.2016
At 12, 1-11                2 Tm 4, 6-8.17-18             Mt 16, 13-19


ESCUTAR

“Não tenho ouro nem prata, mas o que eu tenho te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda!” (At 3, 6).

“Asseguro-vos que o evangelho pregado por mim não é conforme a critérios humanos” (Gl 1, 11).

“Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?” (Jo 21, 15).


MEDITAR

A verdadeira alegria não vem das coisas, do ter. Ela vem do encontro, da relação com os outros. De se sentir aceito, compreendido, amado; de aceitar, de compreender e de amar o outro, porque ele é uma pessoa. A alegria nasce da gratuidade de um encontro, de se ouvir dizer: “você é importante para mim” (Francisco, Encontro com os Seminaristas, seis de julho de 2013).


ORAR

“Levanta-te depressa!” é a ordem do Senhor para Pedro. O anúncio da Boa Nova nunca será aprisionado aos grilhões do poder, dos preconceitos e da intolerância. A nós, não nos é dado o direito de nos submetermos às visões estratificadas da vida e nem nos reduzirmos a uma cerimônia cultual e litúrgica. Paulo insiste na dinâmica da vida cristã: combater o bom combate, completar a corrida e guardar a fé. Somos herdeiros de Cristo e devemos, como Ele, dar uma resposta radical à existência. A vida é o lugar teológico dos embates e desafios dos cristãos. Só um cristão imaturo foge do mistério da Vida, ainda que cheio de desafios, e se refugia nas sacristias onde exala o mofo e a paz da morte. Conhecer a Deus e viver são uma coisa só, pois Deus é Vida. Pedro e Paulo testemunham, pela coragem de ser e existir, a honestidade evangélica construída na dinâmica do mistério. A nós é dado viver a vida com paixão e sem nenhum cálculo, pois o Senhor está sempre ao nosso lado e nos liberta da boca do leão. Francisco, como Pedro, exorta a Igreja a sair fora de si mesma e a andar em direção à periferia, não só geográfica, mas existencial. A Igreja “em saída” é uma Igreja com as portas abertas, sem grilhões e paralisias. Uma Igreja sem ansiedade para olhar nos olhos e escutar ou renunciar às urgências para acompanhar quem ficou caído à beira do caminho (EG 46). Pormo-nos de pé é a palavra de ordem do Evangelho. Meditemos as palavras de Francisco: “Saiamos, saiamos para oferecer a todos a vida de Jesus Cristo! Prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas a uma Igreja enferma pelo fechamento e pela comodidade de se agarrar às próprias seguranças” (EG 49).


CONTEMPLAR

Navegantes, Salvador, 1949, Pierre Verger (1902-1996), Galeria Fundação Pierre Verger, Salvador, Bahia.





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