segunda-feira, 13 de junho de 2016

O Caminho da Beleza 31 - XII Domingo do Tempo Comum

XII Domingo do Tempo Comum                 19.06.2016
Zc 12, 10-11; 13,1              Gl 3, 26-29             Lc 9, 18-24


ESCUTAR

“Derramarei sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém um espírito de graça e de oração; eles olharão para mim” (Zc 12, 10).

“O que vale não é mais ser judeu nem grego, nem escravo nem livre, nem homem nem mulher, pois todos vós sois um só em Jesus Cristo” (Gl 3, 28).

“Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará” (Lc 9, 24).


MEDITAR

Acolhamos a graça da Ressurreição do Cristo! Deixemo-nos renovar pela misericórdia de Deus, deixemo-nos amar por Jesus, deixemos o poder de seu amor transformar também a nossa vida; e tornemo-nos os instrumentos dessa misericórdia, os canais pelos quais Deus possa irrigar a Terra, cuidar de toda a Criação e fazer fluir a justiça e a paz (Francisco, Primeira mensagem de Páscoa do pontificado, Roma, domingo, 31 de março de 2013).


ORAR

Quando Jesus se afasta para orar sozinho, prepara sempre algo decisivo. Neste evangelho, a questão fundamental se refere à identidade de Jesus: “Quem diz o povo que eu sou?”. Esta pergunta prepara a verdadeira questão: “E vós quem dizeis que eu sou?”. Esta indagação será perturbadora em todos os tempos e lugares. O Cristo de Deus nos chama a segui-Lo e a assumir o sofrimento, a humilhação e a derrota. Este Ungido é motivo de escândalo, pois seu caminho não é triunfal, mas passa pela proscrição dos poderes civil-econômico, religioso e teológico-cultural. A condição do seu seguimento: a renúncia e a cruz. Jesus pode abrir exceções por amor, mas nunca faz concessões aos que decidem caminhar com Ele. É paradoxal perder a vida para ganhá-la. A alternativa entre “ganhar ou perder” é a alternativa entre interpretar a vida com o pressuposto das vantagens e dos interesses pessoais e a disponibilidade de fazer dela um dom para desperdiçá-la, como o Cristo, em favor dos outros. O cristão não é o herói do excepcional, do gesto virtuoso, mas o humilde portador de uma cruz ordinária e cotidiana feita de pequenas coisas nem sempre agradáveis. A verdade íntima do Evangelho é revelada: perder nossa vida por amor do Cristo é o que pode justificar cada renúncia nossa, é a verdadeira beatitude possível, aqui e agora. A cruz é tudo o que nos acontece e não podemos evitar. É tudo que desejaríamos que não nos acontecesse. A nossa cruz de cada dia, em alguns momentos mais aguda e dramática, não tem um sentido diferente do que teve para o Cristo. A cruz da Ressurreição nos chama a “cumprir em nós o que falta à paixão do Cristo’ (Cl 1, 24).


CONTEMPLAR

Um cristão segura a cruz feita em estilo Dogon, 1996, Bugudunjuru, Mali, Abbas (1944-), Magnum Photos, Irã/França.






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