Solenidade de Pentecostes 15.05.2016
At 2, 1-11 1
Cor 12, 3-7.12-13 Jo
20, 19-23
ESCUTAR
“Todos nós os escutamos anunciar
as maravilhas de Deus na nossa própria língua!” (At 2, 11).
A cada um é dada a
manifestação do Espírito em vista do bem comum (1 Cor 12, 7).
Jesus entrou e, pondo-se no
meio deles, disse: “A paz esteja convosco” ( Jo 20, 19).
MEDITAR
A novidade que Deus traz à nossa
vida é verdadeiramente o que nos realiza, o que nos dá a verdadeira alegria, a
verdadeira serenidade, porque Deus nos ama e quer apenas o nosso bem. Perguntemo-nos hoje a nós mesmos: Permanecemos abertos às
“surpresas de Deus”? Ou fechamo-nos, com medo, à novidade do Espírito Santo?
Mostramo-nos corajosos para seguir as novas estradas que a novidade de Deus nos
oferece, ou nos colocamos em defesa fechando-nos em estruturas caducas que
perderam a capacidade de acolhimento? (Francisco, Homilia de Pentecostes, 2013).
ORAR
Na festa de Pentecostes, celebramos a vinda do Espírito de Jesus para
fundar a comunidade eclesial. Pentecostes é uma dinâmica
de vida e sempre será testemunhado na
razão direta da capacidade de amor fraterno da comunidade. O Espírito sabe qual
a melhor forma da sua comunicação - brisa suave, forte ventania e fogo – para
tornar presente no meio de nós a Palavra de Deus assim como a tornou presente
no seio de Maria. Hoje ele chega como uma forte ventania para nos mostrar a sua
liberdade e pousa como línguas de fogo sobre as cabeças dos discípulos,
tornando ardentes e inflamados os seus corações e seus lábios para que
pronunciassem nas línguas diversas as maravilhas do Senhor. Como o Espírito de
Jesus foi soprado sobre nós só nos resta nos abandonar a este impulso divino. Este
abandono não é uma preguiça nem uma passividade, mas o confronto permanente para que possamos superar as forças interiores
que exigem a capitulação dos nossos sonhos e a acomodação estéril das nossas vidas. Precisamos nos deixar invadir
pelo Espírito de Jesus para que alcancemos o significado de tudo o que acontece
nas nossas vidas, pois nos foi prometido: “Quando, porém,
vier o Espírito da verdade, eles vos conduzirá à plena verdade” (Jo 16, 13). O Espírito de
Jesus não conhece e, muito menos, impõe limites. A única coisa que não nos
concede é levar uma vida medíocre e aprisionada nos limites que nos impomos,
pois uma vida assim nos condena à absoluta
incompreensão de nós mesmos. Na manifestação de Pentecostes foi afirmada a pluralidade do universo, pois além dos apóstolos, em Jerusalém, os pagãos, na Cesárea, foram
tocados pelo Espírito Santo e, falando várias línguas, glorificavam a Deus. A
Igreja não se constrói somente pelo caminho institucional, mas pela infinita
variedade de dons e carismas que o Espírito distribui para a construção do bem
comum, pois “todos nós bebemos de um único Espírito”. Ouvir a voz do Espírito de
Jesus é viver na comunidade fraterna aberta a todos os homens e mulheres e
comprometida com todo o Cosmos. Como nos escreveu São Basílio Magno, no século
IV: “Dele nos vem a alegria sem fim, a união constante e a
semelhança com Deus; Dele procede, enfim, o bem mais sublime que se pode
desejar: o homem é divinizado”.
CONTEMPLAR
Nuvens de Fogo em Pôr-do-Sol, 2013, autor e local desconhecidos.
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