I Domingo do Advento 29.11.2015
Jr 33, 14-16 1 Ts
3,12-4,2 Lc 21,
25-28.34-36
ESCUTAR
“Eis
que virão dias, diz o Senhor, em que farei cumprir a promessa de bens futuros
para a casa de Israel e para a casa de Judá” (Jr 33, 14).
Irmãos,
o Senhor vos conceda que o amor entre vós e para com todos aumente e transborde
sempre mais, a exemplo do amor que temos por vós (1 Ts 3,12).
“Tomai
cuidado para que vossos corações não fiquem insensíveis por causa da gula, da
embriaguez e das preocupações da vida e esse dia não caia de repente sobre vós”
(Lc 21,34).
MEDITAR
Já
nessa terra, na oração, nos Sacramentos, na fraternidade, nós encontramos Jesus
e o seu amor, e assim podemos degustar algo da vida ressuscitada. A experiência
que fazemos do seu amor e da sua fidelidade acende como um fogo no nosso
coração e aumenta a nossa fé na ressurreição. De fato, se Deus é fiel e ama,
não pode sê-lo por tempo limitado: a fidelidade é eterna, não pode mudar. O
amor de Deus é eterno, não pode mudar! Não é ao mesmo tempo limitado: é para
sempre! É para seguir adiante! Ele é fiel para sempre e Ele nos espera, cada um
de nós, acompanha a cada um de nós com esta fidelidade eterna (Francisco, Angelus, 10 de novembro de 2013).
ORAR
Este domingo é o primeiro dia do calendário da
Igreja. É o tempo da espera e da esperança centradas na mesma pessoa: o Cristo.
As duas manifestações – na debilidade da primeira, o Natal, e no poder fulgurante
da segunda, o Juízo Final – estão a favor de todos os homens para a salvação. É
o momento de purificar a nossa esperança das idolatrias do dinheiro, do poder e
dos status, para que ela se converta numa esperança cristã. A esperança cristã
é uma esperança ousada que tem como objeto o dom que, em Cristo, nos vem do
Deus que sempre mantém suas promessas. Nesta espera confiante exorcizamos os
medos e é preciso vivê-la a cada momento para que os corações não fiquem
embotados e pesados. Uma espera vigilante não significa fuga da existência
cotidiana. As seduções podem se converter numa grande tentação e nos desviar do
sentido do caminho e da busca da vida eterna. Paulo une esperança com amor e
revela que a santidade para o cristão consiste na realização de um programa de
amor. Entre a encarnação e a vinda final de Jesus, corre o tempo da Igreja.
Nunca será o tempo da ausência e nem uma espera vazia. A vigilância é um tema
fundamental da pregação de Jesus, uma atitude destinada a reconhecer a sua
presença silenciosa nos acontecimentos da nossa vida. Jesus não nos livra dos
problemas ou da insegurança, mas nos ensina a enfrentá-los. É necessário, mais
do que nunca, apresentarmos diante de Deus, não meras lâmpadas rituais, mas as
lâmpadas ardentes dos nossos corações.
CONTEMPLAR
Em
algum lugar do norte, Sebastião Salgado (1944-), Brasil, foto in: Gênesis, Taschen, 2013.
"Já nessa terra, na oração, nos Sacramentos, na fraternidade, nós encontramos Jesus e o seu amor, e assim podemos degustar algo da vida ressuscitada." Amém.
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