segunda-feira, 6 de abril de 2015

O Caminho da Beleza 20 - II Domingo da Páscoa

O Caminho da Beleza 20
Leituras para a travessia da vida


“O conceito de sabedoria é aquele que reúne harmonicamente diversos aspectos: conhecimento, amor, contemplação do belo e, também, ao mesmo tempo, uma ‘comunhão com a verdade’ e uma ‘verdade que cria comunhão’, ‘uma beleza que atrai e apaixona’” (Francisco).

Quando recebia tuas palavras, eu as devorava; tua palavra era o meu prazer e minha íntima alegria” (Jr 15, 16).

“Não deixe cair a profecia” (D. Hélder Câmara, 1999, dias antes de sua passagem).


II Domingo da Páscoa                          12.04.2015
At 4, 32-25              1 Jo 5, 1-6                Jo 20, 19-31


ESCUTAR

“A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém considerava como próprias as coisas que possuía, mas tudo entre eles era posto em comum”(At 4, 32).

“E esta é a vitória que venceu o mundo: a nossa fé” (1 Jo 5, 1-6).

“A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio” (Jo 20, 21).


MEDITAR

Quando formos falar sobre a nossa fé, alguns podem ter incertezas, indagações e questões não resolvidas. E isto é bom! Porque então as pessoas verão que ser um Católico não significa que nós possuímos todas as respostas. O cardeal [Walter] Kasper do Vaticano disse que a Igreja teria muito mais autoridade se algumas vezes dissesse com mais frequência: “Eu não sei” (Timothy Radcliffe).

O caminho para a fé passa pela obediência ao chamado de Cristo. Exige-se um passo decisivo, senão o chamado de Jesus ecoa no vácuo, e todo suposto discipulado, sem esse passo ao qual Jesus nos chama, transforma-se em falsa onda entusiástica (Dietrich Bonhoeffer).


ORAR

João escolhe entre os muitos sinais que o Cristo realizou alguns para fortalecer a nossa fé. Escreve para que acreditemos, para que possamos dar a nossa adesão e confiança, e para que estabeleçamos uma relação profunda com Alguém. A fé, para João, é um itinerário e não uma conquista. Um itinerário de fadigas, dúvidas, surpresas, novidades, incertezas, luz e sombras. O cristão não tem fé porque concede a si mesmo, a cada dia, a graça de acreditar. Jesus adverte Tomé: “Não sejas incrédulo, mas fiel”. A obra de Deus, por excelência, é acreditar e o evangelista registra somente uma bem-aventurança: “Felizes os que creem sem ter visto”. O evangelho tem a ver com o crer e o crer tem a ver com o viver. E a fé e o viver têm a ver com o amor. A experiência de fé se traduz num compromisso concreto com os irmãos e irmãs da comunidade na qual o evangelho da fé deve se converter no evangelho do amor. Crer significa experimentar que Deus é Amor, que nos ama, nos quer bem e deseja, unicamente, a nossa felicidade ainda que muitos homens e mulheres tenham experimentado, nas igrejas, o gosto amargo da infelicidade. Deus não faz o que desejamos, mas certamente Ele faz o melhor para nós. E o melhor para nós é construído pela comunhão fraterna e não por uma espiritualidade de etiqueta. O amor aos outros é o prolongamento do amor de Deus para conosco. A comunidade do Ressuscitado é marcada pelo amor recíproco expresso na partilha dos bens que se convertem em sacramento de amizade e fraternidade.


CONTEMPLAR


Tomé, 2002, Wayne Forte (1950-), acrílico sobre papel cartonado, 50” x 53”, “Desenhos e Pinturas”, Northwest Nazarene University, Idaho, Estados Unidos.




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