segunda-feira, 20 de abril de 2015

O Caminho da Beleza 22 - IV Domingo da Páscoa

O Caminho da Beleza 22
Leituras para a travessia da vida


“O conceito de sabedoria é aquele que reúne harmonicamente diversos aspectos: conhecimento, amor, contemplação do belo e, também, ao mesmo tempo, uma ‘comunhão com a verdade’ e uma ‘verdade que cria comunhão’, ‘uma beleza que atrai e apaixona’” (Francisco).

Quando recebia tuas palavras, eu as devorava; tua palavra era o meu prazer e minha íntima alegria” (Jr 15, 16).

“Não deixe cair a profecia” (D. Hélder Câmara, 1999, dias antes de sua passagem).


IV Domingo da Páscoa                        26.04.2015
At 4, 8-12                1 Jo 3, 1-2                Jo 10, 11-18


ESCUTAR

“Jesus é a pedra que vós, os construtores, desprezastes e que se tornou a pedra angular” (At 4, 11).

Sabemos que, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é (1 Jo 3, 2).

“Eu sou o bom pastor” (Jo 10, 14).


MEDITAR

Eu sou o Amor sem limites. Não conheço nenhum limite no tempo. Não conheço nenhum limite no espaço. Não há nenhum lugar em que eu não me encontre. Não há nenhum momento em que eu não exprima o que sou, quem eu sou. Eu sou a origem e a raiz mais profunda, e o impulso do que vós sois. Eu sou a vossa verdadeira vida (um monge da igreja oriental).

Eu te proclamo grande, admirável,/Não porque fizeste o sol para presidir o dia/E as estrelas para presidirem a noite;/Não porque fizeste a terra e tudo que se contém nela,/Frutos do campo, flores, cinemas e locomotivas;/Não porque fizeste o mar e tudo que se contém nele,/Seus animais, suas plantas, seus submarinos, suas sereias:/Eu te proclamo grande e admirável eternamente/Porque te fazes minúsculo na eucaristia,/Tanto assim que qualquer um, mesmo frágil, te contém (Murilo Mendes).


ORAR

O evangelho do Bom Pastor nos deve conduzir a um profundo exame de consciência. O Cristo estabelece uma linha divisória nítida entre o pastor e o mercenário, mas muitas vezes o pastor obedece à lógica do mercenário ao ceder ao prestígio pessoal, ao êxito, à popularidade. Ao se fazer temido pelo poder disfarçado de paternalismo para dominar e oprimir os outros. O equilíbrio é difícil. A empatia pode se tornar debilidade e sentimentalismo; a firmeza pode se converter em dureza do coração e a solidão em isolamento e asfixia. O pastor confia em suas ovelhas e na sua capacidade de se defenderem a si próprias. O bom pastor facilita o amadurecimento das ovelhas ao estabelecer com elas uma relação pessoal de amor paciente. O bom pastor não repete fórmulas decoradas de manuais, pois seu rebanho se nutre da sua disponibilidade de dar a vida. Somente os plenos do Espírito do Bom Pastor podem criar um clima de proximidade, de escuta recíproca e de diálogo acolhedor. Se as ovelhas não valem a nossa vida então nos equivocamos clamorosamente de que somos ou fomos bons pastores. Seremos, desgraçadamente, falsos profetas disfarçados de ovelhas e por dentro lobos vorazes (Mt 7, 15).


CONTEMPLAR


O bom pastor (2014-5?), placa em bronze, 30 cm x 30 cm, Armento Liturgical Arts, Buffalo, New York, Estados Unidos.



Nenhum comentário:

Postar um comentário