Como se visse o Invisível, mantinha-se firme (Hb 11, 27).
Santos Pedro e Paulo, Apóstolos
At 12, 1-11 2
Tm 4, 6-8.17-18 Mt 16, 13-19
ESCUTAR
Enquanto Pedro era mantido na prisão, a Igreja rezava
continuamente a Deus por ele (At 12, 5).
Caríssimo, quanto a mim, eu já estou para ser
derramado em sacrifício; aproxima-se o momento de minha partida (2 Tm 4, 6).
“Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um
ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu” (Mt 16, 17).
MEDITAR
Se você ama será crucificado; se não ama, você já está morto.
(Timothy Radcliffe)
Mais do que qualquer outro, aquele que está animado de verdadeiro amor é engenhoso em descobrir as causas de miséria, encontrar os meios de a combater e vencê-la resolutamente.
(Papa Paulo VI)
ORAR
Comemoramos neste domingo a festa do Papa e devemos nos
concentrar em torno de Pedro que foi escolhido por Jesus para responder pelos
Doze e administrar as responsabilidades da evangelização. A Igreja valoriza a
diversidade das culturas para que nenhuma obsessão de unanimidade a transforme
numa promotora de exclusão. Ao ordenar aos seus discípulos – “não leveis ouro,
nem prata, nem dinheiro à cintura, nem sacola para o caminho, nem duas túnicas,
nem sandálias e nem bastão” (Mt 10, 9-10) –
não o faz para penalizá-los, mas para que peçam ajuda aos outros e
dependam da sua generosa hospitalidade. A Igreja de Jesus deve ser peregrina,
hospitaleira e em permanente êxodo, sobretudo deve ser a Igreja do Perdão. Como
afirmou o Papa Francisco: “A mãe Igreja não fecha as
portas para ninguém, para ninguém! Nem mesmo para o mais pecador, para ninguém!
E faz isso pela força, pela graça do Espírito Santo. A mãe Igreja abre,
escancara suas portas para todos, porque é mãe”. O
Cristo perdoou o pecado da negação de Pedro e o pecado da perseguição de Paulo.
Santo Antonio de Pádua pregava: “Jesus pediu a Pedro que apascentasse as suas
ovelhas, não que as tosquiasse”. Jesus
também não pede aos seus discípulos uma obediência cega, mas os convida sempre
a refletir e a julgar: “Que vos parece?” (Mt 21, 28); “Por que não julgais por
vós mesmos o que é justo?” (Lc 12, 57); “Qual é a vossa opinião?” (Mt 13, 51);
“Compreendestes tudo isso?” (Mt 13, 51). Jesus conhece a limitação do seu
discipulado, mas o ama acima de tudo. Sabe que é próprio da fragilidade humana
vacilar e pecar por meio da covardia, omissão, conivência e traição, diante do
exigido pela Boa Nova: o de não se deixar dominar pela ganância do dinheiro e
do prestígio; pela ânsia do poder e do status
social e clerical, mas o de se tornar livre para Deus que é glorificado pelos
que amam.
(Manos da Terna Solidão/Pe. PauloBotas, mts e Pe. Eduardo Spiller, mts)
São Pedro e o Anjo (c. 1650),
Giovanni F. Barbieri (Il Guercino) (1591-1666), desenho, giz vermelho sobre
papel, Galeria de Arte do Sul da Austrália.
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