terça-feira, 30 de abril de 2024

O Caminho da Beleza 24 - VI Domingo da Páscoa

A Palavra se fez carne e armou sua tenda entre nós (Jo 1, 14).

VI Domingo da Páscoa             

At 10, 25-26.34-35.44-48                    1 Jo 4, 7-10             Jo 15, 9-17

 

 

ESCUTAR

 

“Deus não faz distinção entre as pessoas. Pelo contrário, ele aceita quem o teme e pratica a justiça, qualquer que seja a nação a que pertença” (At 10, 34).

 

Amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece Deus (1 Jo 4, 7).

 

“Ninguém tem amor maior do que aquele que dá sua vida pelos amigos” (Jo 15, 13).

 

 

MEDITAR

 

Confesso que acho natural entregar-me por inteiro ao afeto de meus amigos, especialmente quando estou cansado dos escândalos do mundo. Neles me repouso sem preocupação alguma. Pois sinto que Deus está lá, que é n'Ele que me lanço com toda a segurança e em toda segurança me repouso... Quando sinto que um homem, abrasado de amor cristão, tornou-se meu amigo fiel, o que lhe confio de meus projetos e de meus pensamentos não é a um homem que confio, mas Àquele em quem ele permanece e pelo qual é o que é.

 

(Santo Agostinho)

 

Obrigado, irmão, pelo sol que me deste, na aparência roubando-o.

 

(Carlos Drummond de Andrade)

 

 

ORAR

 

O Senhor sempre chega primeiro e nos elege no amor. O Senhor nos precede no amor e, na sua irreverência, nos faz sempre chegar atrasados aos encontros marcados com Ele. Sempre estamos defasados em relação às iniciativas divinas. O Senhor está sempre adiante de nós e fora do raio dos nossos controles. São os nossos preconceitos e imobilismos que impedem de seguirmos as veredas do Espírito. Nossas parcas aberturassão janelas minúsculas para que, sem perigo de vertigem, possamos entrever o campo infinito em que o amor de Deus age e nos conduz. O amor de Cristo é gratuito, criativo e vai até o dom total da vida. É um amor universal e não podemos restringir as dimensões do dom que se oferece a todos. No amor do Cristo não existe nenhuma mentalidade elitista, nenhuma postura sectária. O Evangelho exige que tomemos a iniciativa de sentar à mesa dos diferentes de nós para que aprendamos as suas maneiras de amar, louvar e servir ao Senhor. Pedro afirma ser apenas um homem como Cornélio e recusa uma posição clerical de privilégio: conta apenas com a Palavra que lhe foi confiada. Não podemos substituir Deus e, muito menos, temos o direito de, em seu Nome, dominar as consciências e pisotear a liberdade dos nossos irmãos e irmãs. Não somos déspotas, mas servos de todos e como todos necessitados do amor compassivo de Deus.

 

(Manos da Terna Solidão/Pe. Paulo Botas, mts e Pe. Eduardo Spiller, mts)

 

 

CONTEMPLAR

 

Carisma, s. d., Yvonne Bell, pintura sobre seda, Northamptonshire, Reino Unido.

 



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