A palavra de
Deus é viva e eficaz e mais cortante que espada de dois gumes (Hb 4, 12).
VI Domingo do Tempo Comum 16.02.2020
Eclo 15, 16-21 1
Cor 2, 6-10 Mt 5,
17-37
ESCUTAR
Diante do
homem estão a vida e a morte, o bem e o mal; ele receberá aquilo que preferir
(Eclo 15, 18).
“O que
Deus preparou para os que o amam é algo que os olhos jamais viram, nem os
ouvidos ouviram, nem coração algum jamais pressentiu” (1 Cor 2, 9).
“Seja o
vosso ‘sim’ sim e o vosso ‘não’ não” (Mt 5, 37).
MEDITAR
A vida tem sentido somente na luta. O triunfo ou o fracasso
estão nas mãos de Deus. Então, celebremos a luta.
(Provérbio Swahili, África Oriental)
ORAR
No começo do evangelho, Jesus aponta
que não veio abolir a lei dada por Deus na Antiga Aliança, mas dar-lhe
plenitude: cumpri-la em seu sentido original, tal como Deus quer. E isso até no
mínimo detalhe, isto é, no sentido mais íntimo que Deus lhe deu. Este sentido
foi indicado no Sinai: “santificai-vos e sede santos, porque eu sou santo (Lv
11, 44). Jesus o reitera no sermão da montanha: “Sede bons em tudo, como vosso
Pai do céu é bom” (Mt 5, 48). Tal é o sentido dos mandamentos: quem quiser a
aliança com Deus deve lhe corresponder em sua atitude e em seus sentimentos;
isto é o que os mandamentos pretendem. E Jesus nos mostrará que este
cumprimento da lei é possível: ele viverá, diante de nós, durante sua vida, o
sentido último da lei, até que “tudo (o que se profetizou) se cumpra”, até a
cruz e ressurreição. Nada impossível nos é pedido, a primeira leitura o diz
literalmente: “Se queres, guardarás seus mandamentos”. “Cumprir a vontade de Deus”
não é senão “fidelidade”, isto é: nosso desejo de corresponder a sua oferta com
gratuidade. “O preceito que eu te envio hoje não é algo que te exceda nem
inalcançável... O mandamento está a seu alcance; em teu coração e em tua boca.
Cumpre-o” (Dt 30, 11.14). O radicalismo com o qual Jesus entende a lei de Deus
conduz ao anseio pelo reino dos céus (Mt 5, 20) ou à sua perda, o inferno, o
fogo (Mt 5, 22.29.30). O que segue a Deus encontra e entra em seu reino; quem
só busca na lei sua perfeição pessoal o perde e, se persiste em sua atitude, o
perde definitivamente. Em suma, se trata de uma decisão definitiva: ou me busco
a mim mesmo e a minha própria promoção ou busco a Deus e me ponho inteiramente
a seu serviço; isto é, escolho a morte ou a vida: “Diante do homem estão a
morte e a vida, ele receberá o que escolher” (primeira leitura).
(Hans Urs
Von Balthasar, 1905-1988, Suíça)
CONTEMPLAR
Doutor
Martin Luther King Jr. em seu tour pelos Estados Unidos após receber o Prêmio
Nobel da Paz, 1964, Baltimore, Maryland, Leonard Freed
(1929-2006), Magnum Photos, Estados Unidos.
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