Já não quero dicionários
consultados em vão. Quero só a palavra que nunca estará neles nem se pode
inventar. Que resumiria o mundo e o substituiria. Mais sol do que o sol dentro
do qual vivêssemos todos em comunhão, mudos, saboreando-a.
(Carlos Drummond de
Andrade)
XIV Domingo do Tempo Comum 07.07.2019
Is 66, 10-14 Gl
6, 14-18 Lc 10, 1-12.17-20
ESCUTAR
“Como uma
mãe que acaricia o filho, assim eu vos consolarei, e sereis consolados em
Jerusalém” (Is 66, 13).
O mundo
está crucificado para mim, como eu estou crucificado para o mundo (Gl 6, 14).
“Eis que
vos envio como cordeiros para o meio de lobos” (Lc 10, 3).
MEDITAR
É fácil
levar Jesus no peito; difícil é ter peito, coragem, para seguir Jesus.
(Pedro
Casaldáliga, 1928-, Catalunha)
ORAR
O retrato do fiel como missionário
deve impulsionar a comunidade cristã inteira e não somente alguns de seus
membros a se sentirem envoltos no anúncio glorioso do Cristo. “A Igreja em estado
de missão” era o mote programático do Cardeal Suhard, apropriado nos anos 1960
pelo episcopado francês. O missionário é o homem da Palavra, não da
propaganda. Ele anuncia uma salvação integral e é por isso que se aproxima do
bem global, físico e interior, do homem: “Curai os doentes e dizei: o Reino de
Deus está próximo de vós” (Lc 10, 9). É um anúncio sobretudo de glória
(primeira leitura), é o anúncio do amor de Deus, é “ser nova criatura” (Gl 6,
15), é uma proclamação de paz mesmo que em um mundo de ódio. Certamente, a
Palavra opera uma divisão e, portanto, conhece a recusa e o juízo. Requer, por
isso, constância, lealdade, coragem; requer até compartilhar em certos momentos
o “estigma” da paixão do Cristo. A missão é um carisma, não uma operação
de promoção sócio-política. Ela requer oração, fé e mandado do Cristo. Escrevia
justamente o conhecido teólogo dominicano francês M.-D. Chenu: “Na dialética
apostólica da missão e da instituição não é preciso desprezar ou rejeitar
desconsideradamente as instituições, as 'obras', as organizações beneméritas
que têm favorecido o contato humano e que, de fato, são o apoio do testemunho
evangélico. Mas o missionário intui o perigo muito próximo de se apegar a estas
vantagens, a este poder e de já estar induzido a lutar pela expansão,
conservação ou reconquista de seu prestígio e de sua autoridade" (O Evangelho
no tempo, AVE, 1968, pp. 32-33). A fecundidade autêntica do ministério
apostólico brota sobretudo da “crucificação” do Cristo e com Cristo (Gl
6, 14). E a verdadeira glória não estará tanto no sucesso mais ou menos
clamoroso, mas no fato de que “nossos nomes estão escritos nos céus”.
(Giafranco
Ravasi, 1942-, Itália)
CONTEMPLAR
Cavando, Porto
Ceresio, Costa Italiana, Massimiliano Balo' (1974-), Sicília, Itália.
Que beleza !
ResponderExcluirLindo !!!
ResponderExcluirAdorei.
♡ muito amor
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