A palavra de Deus é viva e eficaz e mais
cortante que espada de dois gumes (Hb 4, 12).
Nosso Senhor
Jesus Cristo, Rei do Universo 25.11.2018
Dn 7, 13-14 Ap 1, 5-8 Jo 18, 33-37
ESCUTAR
“Seu poder é um
poder eterno que não lhe será tirado, e seu reino, um reino que não se
dissolverá” (Dn 7, 14).
“Eu sou o alfa e
o ômega”, diz o Senhor Deus (Ap 1, 8).
“Eu nasci e vim
ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade” (Jo 18, 37).
MEDITAR
O amor do Cristo
foi mais poderoso, na morte do Cristo, do que o ódio dos seus inimigos. O ódio
somente pôde o que lhe permitiu o amor. Entregaram o Cristo à morte, e isto por
malvadez; o Pai entregou seu Filho, o Filho entregou-se por si mesmo, e isto
por amor... Porque só o amor pode fazer impunemente o que quiser.
(Balduino de
Ford, 1090-1153, Inglaterra)
ORAR
Tornar-se homem livre é morrer para
tudo o que não é amor e caridade. O homem torna-se livre quando é capaz de
afrontar a morte – a morte do egoísmo sob todas as suas formas: tranquilidade,
conforto, privilégios, consentimento às insolentes desigualdades do mundo. O
homem é livre quando, ativamente, morre para tudo isso e trabalha a fim de não
se tornar escravo de si mesmo. Eu disse: ativamente, isto é, afirmando-se por
meio de atos livres, tomando decisões, pequenas ou grandes, que fazem advir,
dia a dia, uma liberdade maior... Todos os atos da vida de Cristo foram atos de
amor. Ele não se entregou parcialmente em tais atos, à exclusão de outros. No
rigor do termo, ele deu a vida, ao longo da vida toda, sem jamais retomá-la para
si. Portanto, ele morreu para todos os
limites que constituem o homem e para todos os pecados que o prendem a esses
limites. Morte cotidiana, plenamente
voluntária, que é seu ato verdadeiro, o conjunto dos atos praticados por ele. A
morte de Cristo – compreendamos bem isto -, a morte constituída por cada um de
seus atos, ao longo de toda a sua vida, e a morte final na cruz – eis o ato
perfeito de uma liberdade humana, expressão perfeita, num homem, da liberdade
do próprio Deus... Se a morte de Jesus houvesse sido natural, meramente
suportada, o sepulcro não estaria vazio: haveria um resíduo entregue à
destruição pura e simples. Mas se a morte de Jesus é a vida que ele deu, ela é,
então, a Vida sem mais, pois a vida não é verdadeiramente Vida senão quando
dada, pois ser e amar é a mesma coisa. Deus é Amor, a Vida é amor. Em Jesus, a
morte é a perfeita expressão da Vida. O corpo morto de Jesus é a própria Vida,
a realização e, por isso mesmo, a
revelação da liberdade. Ele é um
homem livre e não existe liberdade nos sepulcros, neles só pode haver resíduos.
Nada do que Jesus foi tornou-se pó: o sepulcro está vazio.
(François Varillon, 1905-1978, França)
CONTEMPLAR
Faíscas de esperança, neve na cidade velha
de Jerusalém, 2013, Guy Cohen (1990-), Jerusalém, Israel.
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