A palavra de Deus é viva e eficaz e mais
cortante que espada de dois gumes (Hb 4, 12).
II Domingo do
Tempo Comum 14.01.2018
1 Sm 3,
3-10.19 1 Cor 6,
13-15.17-20 Jo 1, 35-42
ESCUTAR
“Senhor, fala,
que teu servo escuta!” (1 Sm 3, 9).
Porventura
ignorais que vossos corpos são membros de Cristo? Quem adere ao Senhor torna-se
com ele um só espírito (1 Cor 6, 15.17).
João estava de
novo com dois de seus discípulos e, vendo Jesus passar, disse: “Eis o Cordeiro
de Deus!” (Jo 1, 35-36).
MEDITAR
Deus jamais se
comunica plenamente nem suavemente a não ser a um coração despojado de tudo.
(São João da
Cruz, século XVI)
ORAR
A beleza do tempo comum está no fato
de que nos convida a viver a nossa vida ordinária como um itinerário de
santidade, isto é, de fé e de amizade com Jesus, continuamente descoberto e
redescoberto como Mestre e Senhor, Caminho, Verdade e Vida do homem. É o que,
na liturgia de hoje, nos sugere o Evangelho de João, apresentando-nos o
primeiro encontro entre Jesus e alguns dos que se tornarão seus apóstolos. Eles
eram discípulos de João Batista, e foi precisamente ele quem os orientou para
Jesus, quando, depois do Batismo no Jordão o indicou como “Cordeiro de Deus”
(Jo 1, 36). Então dois dos seus discípulos seguiram o Messias, o qual lhes
perguntou: “Que procurais?”. Os dois perguntaram-lhe: “Mestre, onde moras?”. E
Jesus respondeu: “Vinde e vereis”, isto é, convidou-os a segui-lo e a estar um
pouco com Ele. Nas poucas horas transcorridas com Jesus, eles ficaram tão
admirados, que imediatamente, André, falou com o irmão Simão dizendo-lhe:
“Encontramos o Messias”. Eis duas palavras singularmente significativas;
“procurar”, “encontrar”. Podemos tirar da página evangélica de hoje estes dois
verbos e obter uma indicação fundamental para o ano novo, que desejamos seja um
tempo para renovar o nosso caminho espiritual com Jesus, na alegria de o
procurar e de o encontrar incessantemente. De fato, a alegria mais verdadeira
está na relação com Ele encontrado, seguido, conhecido, amado, graças a uma
contínua tensão da mente e do coração. Ser discípulo de Cristo: isto é
suficiente para o cristão. A amizade com o Mestre garante à alma paz profunda e
serenidade também nos momentos obscuros e nas provas mais difíceis. Quando a fé
se confronta com noites escuras, nas quais já não se “sente” nem se “vê” a
Presença de Deus, a amizade com Jesus garante que na realidade nada nos pode
separar do seu Amor (cf. Rm 8, 39). Procurar e encontrar Cristo, fonte
inexaurível de verdade e de vida: a Palavra de Deus convida-nos a retomar,
neste início de ano novo, o caminho da fé que nunca se conclui. “Mestre, onde moras?”,
dizemos também nós a Jesus e ele responde-nos: “Vinde e vereis”.
(Bento XVI)
CONTEMPLAR
S. Título, 2014, Juazeiro, Bahia, Guy
Veloso (1969-), da série “Penitentes...”, Belém do Pará, Brasil.
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