A palavra de Deus é viva e eficaz e mais
cortante que espada de dois gumes (Hb 4, 12).
Epifania do
Senhor 07.01.2018
Is 60, 1-6 Ef 3, 2-3.5-6 Mt 2, 1-12
ESCUTAR
Levanta-te,
acende as luzes, Jerusalém, porque chegou a tua luz, apareceu sobre ti a glória
do Senhor (Is 60, 1).
Os pagãos são
admitidos à mesma herança, são membros do mesmo corpo, são associados à mesma
promessa em Jesus Cristo por meio do evangelho (Ef 3, 6).
“Onde está o rei
dos judeus, que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos
adorá-lo” (Mt 2, 2).
MEDITAR
Caminante, son tus huellas,
el camino y nada más;
Caminante, no hay camino,
se hace camino al andar.
Al andar se hace el camino,
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar.
Caminante no hay camino
sino estelas en la mar.
(Antonio Machado)
ORAR
A história do Natal foi, apesar do
canto de louvor celeste, uma manifestação discreta de Deus, limitada a uns
poucos. Valia não apenas para Israel, mas sim para todo o mundo; e isto é
precisamente o que se celebra na festa de hoje: a epifania de Deus está
concebida para o mundo em sua totalidade, também para os povos pagãos que,
embora não tenham recebido nenhum anúncio profético prévio como os judeus, são
agora os primeiros a vir a render-lhe homenagem. O evangelho descreve a chegada
dos astrólogos pagãos que tinham
visto sair a estrela da salvação e a haviam seguido. Deus lhes dirigiu uma
palavra mediante uma estrela incomum em meio às suas constelações habituais; e
esta palavra os assustou e lhes aguçou os ouvidos, enquanto que Israel,
acostumado à palavra de Deus, fechou seus ouvidos às palavras da revelação: não
quer que nada altere o curso habitual de suas dinastias (o mesmo se sucede na
Igreja, quando se sente molestada pela mensagem inesperada de um santo). A
pergunta ingênua dos estrangeiros, “Onde está o Rei que nasceu?”, provoca mágoa
e, inclusive, susto. A consequência será, no caso de Herodes, um plano criminal
secreto e astuciosamente urdido; mas os Magos, guiados pela estrela, conseguem
sua meta: rendem homenagem ao Menino e, conduzidos pela providência divina,
evitam a Herodes, voltando a sua terra por outro caminho. O acontecimento é
claramente simbólico: anuncia e prepara a eleição dos pagãos; mais de uma vez,
Jesus encontrará neles uma fé maior do que em Israel. À miúde, são os conversos
(raramente desejados) os que abrem caminhos novos e fecundos para a Igreja (cf.
At 9, 26-30).
(Hans Urs Von
Balthasar, 1905-1988)
CONTEMPLAR
S. Título, s.d., da série “O Congado”,
Jorge Quintão, Minas Gerais, Brasil.
LINDA MENSAGEM ,ALIAS COMO SEMPRE -FELIZ 2018
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