Muitos pensam de modo
diferente, sentem de modo diferente. Procuram Deus ou encontram Deus de muitos
modos. Nesta multidão, nesta variedade de religiões, só há uma certeza que
temos para todos: somos todos filhos de Deus. Que o diálogo sincero entre homens
e mulheres de diferentes religiões produza frutos de paz e de justiça.
(Papa Francisco, 2016)
Não temos um só Pai? Não nos
criou um mesmo Deus? Por que trabalhamos tão perfidamente uns contra os outros?
(Ml 2, 10)
III
Domingo do Avento 11.12.2016
Is
35, 1-6.10 Tg 5,
7-10 Mt 11, 1-11
ESCUTAR
Fortalecei as mãos
enfraquecidas e firmai os joelhos debilitados (Is 35, 3).
Também vós, ficai firmes e
fortalecei vossos corações, porque a vinda do Senhor está próxima (Tg 5, 7-10).
“O que fostes ver no
deserto? Um caniço agitado pelo vento?” (Mt 11, 7).
MEDITAR
Creio no Sol, mesmo quando
não brilha.
Creio no amor, mesmo
quando não o sinto.
Creio em Deus, mesmo
quando se cala.
(Oração judaica)
ORAR
Somos
chamados à paciência: fortalecer as mãos enfraquecidas, firmar os joelhos
debilitados, exorcizar os medos e a reanimar o coração. A paciência é uma
virtude ativa e nada tem a ver com a inércia, a indiferença e a postura
derrotista. A paciência nos coloca de pé e nos faz defender os ideais mais
queridos. O homem de paciência não se rende, não se dá por vencido mesmo na
derrota. Quando tudo parece perdido, não perde a paciência. O caminho da
paciência é custoso e largo. O homem da paciência aceita os retrocessos, a espessa
obscuridade, as contradições e as recusas, mas não os considera como a última palavra de uma sentença
inapelável. Pelo contrário, encara-os pela ótica da provisoriedade. Para se ter
paciência é necessário, paradoxalmente, ser consumido por um fogo interior. Não
uma chama que dura um instante, mas uma chama robusta, resistente, tenaz e que
dura muito. O deserto floresce na paciência e somos frutos da paciência de
Deus. O natal significa que Deus decidiu viver a paciência um pouco mais
próximo e um pouco mais impacientemente. Deus deseja ser nosso companheiro de
travessia. Este domingo é o domingo da alegria: os tempos futuros estão
acontecendo agora no presente. Aquele que devia vir já veio; o objeto da espera
se tornou recordação e a recordação gera e alimenta uma nova espera. A
verdadeira presença do Cristo que esperamos está além das celebrações
convencionais de natal que repetimos todos os anos. Ela se dá na misericórdia e
no serviço aos pobres, pois o cristão não fala de amor, mas de obras de amor. O
amor cristão pelo que sofre não é um amor exibido, explicado, cantado e
exaltado, mas é um amor que liberta, feito de presença e de atos.
CONTEMPLAR
Os desalojados, 2016, Ben C. Solomon (1987-), Estados
Unidos.
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