segunda-feira, 14 de novembro de 2016

O Caminho da Beleza 53 - Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo

Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo                 20.11.2016
2 Sm 5, 1-3              Col 1, 12-20            Lc 23, 35-43

ESCUTAR

“Tu apascentará o meu povo Israel e será o seu chefe” (2 Sm 5, 2). 

Ele nos libertou do poder das trevas e nos recebeu no reino de seu Filho amado (Cl 1, 13).

“Jesus, lembra-te de mim quando estiveres no teu reinado” (Lc 23, 42).


MEDITAR

Misericórdia: é a palavra que revela o mistério da Santíssima Trindade. Misericórdia: é o ato último e supremo pelo qual Deus vem ao nosso encontro. Misericórdia: é a lei fundamental que mora no coração de cada pessoa, quando vê com olhos sinceros o irmão que encontra no caminho da vida. Misericórdia: é o caminho que une Deus e o homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre (Francisco, Misericordiae Vultus 2).


ORAR

Esta festa solene de Cristo, Rei do Universo tem como cenário o Calvário e no centro não se destaca um trono majestoso, mas uma Cruz, o patíbulo dos escravos. O povo adota uma posição neutra e oportunista frente ao Condenado; os soldados escarnecem Dele e a própria inscrição colocada sobre sua cabeça é um escárnio. Somente um delinquente O reconhece como rei, ainda que apareça, na Cruz, como perdedor. Os que usam a linguagem do poder desafiam o Cristo para que entre no jogo da força, mas a sua linguagem é a do amor, do perdão e da misericórdia. No Calvário, Cristo coroa sua obra de misericórdia, de reconciliação e de paz. Nos seus últimos instantes, Jesus se encontra próximo dos marginalizados, companheiros de suplício. O “bom ladrão” não obtém de Cristo a salvação física, como queria o outro, mas a salvação total.     Jesus decide em favor do homem e, ao mesmo tempo, é o Servidor “humilhado e obediente até a morte, morte de Cruz” (Fl 2, 8). Desta forma, revela-se como Rei e Servidor, como Cordeiro e Pastor: “O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1, 29) e o “verdadeiro Pastor” que dá “a vida em superabundância” (Jo 10, 10-11). A Igreja, comunidade de crentes e de perdoados, é o sinal vivo de que o alto e o baixo coincidem; que o Único e o Mesmo são o Crucificado e o Ressuscitado e que a soberania e a compaixão se identificam em Deus. O nosso Rei é o Crucificado que reúne todo o universo e nos revela, para todo o sempre, que a felicidade em Deus é o dom de si mesmo até o esvaziamento pleno que nos transfigura em homens e mulheres, amados e amantes.


CONTEMPLAR

S. Título, s. autoria, acessado em Pinterest, 2016.





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