O Caminho da Beleza 43
Leituras para a
travessia da vida
“O conceito de sabedoria é aquele que reúne harmonicamente
diversos aspectos: conhecimento, amor, contemplação do belo e, também, ao mesmo
tempo, uma ‘comunhão com a verdade’ e uma ‘verdade que cria comunhão’, ‘uma
beleza que atrai e apaixona’” (Francisco).
“Quando recebia tuas palavras, eu as devorava; tua palavra era o meu
prazer e minha íntima alegria” (Jr 15, 16).
“Não deixe cair a profecia” (D. Hélder Câmara,
1999, dias antes de sua passagem).
XXV Domingo do Tempo Comum 20.09.2015
Sb 2, 12.17-20 Tg
3, 16-4, 3 Mc 9,
30-37
ESCUTAR
“Armemos ciladas ao
justo, porque sua presença nos incomoda: ele se opõe ao nosso modo de agir,
repreende em nós as transgressões da lei e nos reprova as faltas contra a nossa
disciplina” (Sb 2, 12).
Amados, onde há inveja
e rivalidade, aí estão as desordens e toda espécie de obras más (Tg 3, 16).
“Se alguém quiser ser
o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!” (Mc 9, 35).
MEDITAR
Meu Senhor e meu Deus,
tira-me tudo que me distancia de ti. Meu Senhor e meu Deus, dá-me tudo que me
aproxima de ti. Meu Senhor e meu Deus, separa-me de mim e entrega-me completo
para ti (Nicolas de Flüe).
Não se calem! Confiem
no poder da palavra! Atuem! Confiem no poder da ação! Procedam conjuntamente!
Confiem no poder da comunidade. Persigam soluções provisórias! Confiem no poder
da resistência. Não atirem a toalha! Confiem no poder da esperança! (Hans
Kung).
ORAR
Jesus
manifesta a sua mansidão porque a sua sabedoria “vem do alto” e é, antes de
tudo, pacífica, modesta, conciliadora, plena de misericórdia, sem parcialidade
e sem fingimentos. Por esta razão, suas palavras e atitudes incomodam os que
pretendem ter o campo livre para o seu agir desonrado, escuso, manipulador,
sórdido e corrupto. A inveja e a rivalidade nos fazem lutar pela marca da
superioridade e da garantia da própria semente. O campo fica sem semear, cresce
o joio que abafa o trigo com que se faz o pão para ser partido e repartido por todos.
Temos plantado a Cruz em cima dos montes, nas encruzilhadas, nas nossas
moradas, nas salas de aula, nas igrejas e, inclusive, nas salas de tortura dos
regimes ditatoriais. No entanto, estamos cada vez mais distantes e afastados do
testemunho do Crucificado. Discutimos, como os apóstolos, quem será o maior
enquanto Jesus nos fala da sua travessia até o Calvário. Ainda não
compreendemos a mensagem de Jesus e esta falta de compreensão cria um abismo
entre o Cristo e o nosso agir cristão. Temos, como os apóstolos, abandonado
Jesus no seu momento decisivo. A ruptura já vinha se consumando durante a
travessia. Mantemo-nos distantes do Calvário porque estamos, intencionalmente,
afastados do pensamento do Condenado. Jesus carrega a Cruz tanto da recusa dos
seus inimigos, quanto da covardia dos seus seguidores. Estamos atrasados em
relação aos passos do Senhor. Conseguiremos um dia acertar os passos de nossas
igrejas? Quem sabe quando chegaremos e se chegaremos???
CONTEMPLAR
Cena do
Massacre dos Inocentes, 1824, Léon Cogniet (1794-1880), óleo
sobre tecido, 265 x 235 cm, Museu de Belas Artes, Rennes, França.
Clique na imagem para ampliar.
Clique na imagem para ampliar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário