segunda-feira, 14 de setembro de 2015

O Caminho da Beleza 43 - XXV Domingo do Tempo Comum

O Caminho da Beleza 43
Leituras para a travessia da vida


“O conceito de sabedoria é aquele que reúne harmonicamente diversos aspectos: conhecimento, amor, contemplação do belo e, também, ao mesmo tempo, uma ‘comunhão com a verdade’ e uma ‘verdade que cria comunhão’, ‘uma beleza que atrai e apaixona’” (Francisco).

Quando recebia tuas palavras, eu as devorava; tua palavra era o meu prazer e minha íntima alegria” (Jr 15, 16).

“Não deixe cair a profecia” (D. Hélder Câmara, 1999, dias antes de sua passagem).


XXV Domingo do Tempo Comum               20.09.2015
Sb 2, 12.17-20                    Tg 3, 16-4, 3                       Mc 9, 30-37


ESCUTAR

“Armemos ciladas ao justo, porque sua presença nos incomoda: ele se opõe ao nosso modo de agir, repreende em nós as transgressões da lei e nos reprova as faltas contra a nossa disciplina” (Sb 2, 12).

Amados, onde há inveja e rivalidade, aí estão as desordens e toda espécie de obras más (Tg 3, 16).

“Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!” (Mc 9, 35).


MEDITAR

Meu Senhor e meu Deus, tira-me tudo que me distancia de ti. Meu Senhor e meu Deus, dá-me tudo que me aproxima de ti. Meu Senhor e meu Deus, separa-me de mim e entrega-me completo para ti (Nicolas de Flüe).

Não se calem! Confiem no poder da palavra! Atuem! Confiem no poder da ação! Procedam conjuntamente! Confiem no poder da comunidade. Persigam soluções provisórias! Confiem no poder da resistência. Não atirem a toalha! Confiem no poder da esperança! (Hans Kung).


  
ORAR

Jesus manifesta a sua mansidão porque a sua sabedoria “vem do alto” e é, antes de tudo, pacífica, modesta, conciliadora, plena de misericórdia, sem parcialidade e sem fingimentos. Por esta razão, suas palavras e atitudes incomodam os que pretendem ter o campo livre para o seu agir desonrado, escuso, manipulador, sórdido e corrupto. A inveja e a rivalidade nos fazem lutar pela marca da superioridade e da garantia da própria semente. O campo fica sem semear, cresce o joio que abafa o trigo com que se faz o pão para ser partido e repartido por todos. Temos plantado a Cruz em cima dos montes, nas encruzilhadas, nas nossas moradas, nas salas de aula, nas igrejas e, inclusive, nas salas de tortura dos regimes ditatoriais. No entanto, estamos cada vez mais distantes e afastados do testemunho do Crucificado. Discutimos, como os apóstolos, quem será o maior enquanto Jesus nos fala da sua travessia até o Calvário. Ainda não compreendemos a mensagem de Jesus e esta falta de compreensão cria um abismo entre o Cristo e o nosso agir cristão. Temos, como os apóstolos, abandonado Jesus no seu momento decisivo. A ruptura já vinha se consumando durante a travessia. Mantemo-nos distantes do Calvário porque estamos, intencionalmente, afastados do pensamento do Condenado. Jesus carrega a Cruz tanto da recusa dos seus inimigos, quanto da covardia dos seus seguidores. Estamos atrasados em relação aos passos do Senhor. Conseguiremos um dia acertar os passos de nossas igrejas? Quem sabe quando chegaremos e se chegaremos???


CONTEMPLAR


Cena do Massacre dos Inocentes, 1824, Léon Cogniet (1794-1880), óleo sobre tecido, 265 x 235 cm, Museu de Belas Artes, Rennes, França.

Clique na imagem para ampliar.




Nenhum comentário:

Postar um comentário