segunda-feira, 7 de setembro de 2015

O Caminho da Beleza 42 - XXIV Domingo do Tempo Comum

O Caminho da Beleza 42
Leituras para a travessia da vida


“O conceito de sabedoria é aquele que reúne harmonicamente diversos aspectos: conhecimento, amor, contemplação do belo e, também, ao mesmo tempo, uma ‘comunhão com a verdade’ e uma ‘verdade que cria comunhão’, ‘uma beleza que atrai e apaixona’” (Francisco).

Quando recebia tuas palavras, eu as devorava; tua palavra era o meu prazer e minha íntima alegria” (Jr 15, 16).

“Não deixe cair a profecia” (D. Hélder Câmara, 1999, dias antes de sua passagem).


XXIV Domingo do Tempo Comum             13.09.2015
Is 50, 5-9                 Tg 2, 14-18              Mc 8, 27-35


ESCUTAR

“O Senhor abriu-me os ouvidos: não lhe resisti nem voltei atrás” (Is 50, 5).

“Assim também a fé, se não se traduz em obras, por si só está morta” (Tg 2, 17).

“Vai para longe de mim, satanás! Tu não pensas como Deus, e sim como os homens” (Mc 8, 33).


MEDITAR

Os homens fortes, sábios e bons (nenhuma dessas qualidades vêm uma sem a outra) preocupam-se menos com o sucesso de seus empreendimentos do que com a dignidade da causa que eles servem e com a pureza de suas intenções (São João XIII).

O Senhor revela e chama; mas muitas vezes nós nem desejamos ver e nem responder, porque preferimos nossos caminhos pessoais. Arrisca-se então de não se ouvir mais a voz de Deus (São Pio de Pietrelcina).


ORAR

Não basta um cristianismo especulativo, não basta proclamar que Jesus é Deus, não basta saber de cor os dogmas e instruções normativas. É preciso que a sabedoria se traduza em prática evangélica e irmos até as últimas consequências de nossas escolhas. Temos que conquistar a sabedoria da Cruz. O Senhor nos abre os ouvidos para que não coloquemos nenhuma barreira ao caminho a seguir. Pedro não suporta ouvir o que Jesus sofreria. No entanto, Jesus fala abertamente a Pedro e aos discípulos para comprometê-los, tornando-os testemunhas. Pedro recusa aderir a uma causa perdida, pois pensa e fala com os critérios mundanos da grandeza. A glória e o prestígio são o oposto de tomar a Cruz e negar-se a si mesmo. Se reduzirmos a Cruz do Cristo a mero adorno e não a traduzirmos em pensamentos e comportamentos loucos, então faremos um escárnio como fizeram os inimigos do Calvário. “Seus familiares saíram para dominá-Lo, pois diziam que estava fora de si!” (Mc 3, 21). Somos desafiados a verificar se as nossas vidas e escolhas estão regradas pelos critérios aceitos pelas pessoas ou pelos critérios estabelecidos e testemunhados pelo Condenado. Abrir nossos ouvidos ao Senhor é agir de modo que a fé se traduza em obras de amor, justiça, fraternidade e paz. A fé desemboca, necessariamente, nas obras e as obras se sustentam, obrigatoriamente, com a fé. O Cristo continua sendo um desconhecido, pois, nas nossas igrejas, muitos já não conseguem intuir o que é entender e viver a vida a partir dele, e ainda fazem isto em nome de Jesus.


CONTEMPLAR


Calvário, 1892, Nikolai Ge (1831-1894), óleo sobre tela, 278 x 223 cm, Musée d’Orsay, Paris, França.



Nenhum comentário:

Postar um comentário