segunda-feira, 20 de julho de 2015

O Caminho da Beleza 35 - XVII Domingo do Tempo Comum

O Caminho da Beleza 35
Leituras para a travessia da vida


“O conceito de sabedoria é aquele que reúne harmonicamente diversos aspectos: conhecimento, amor, contemplação do belo e, também, ao mesmo tempo, uma ‘comunhão com a verdade’ e uma ‘verdade que cria comunhão’, ‘uma beleza que atrai e apaixona’” (Francisco).

Quando recebia tuas palavras, eu as devorava; tua palavra era o meu prazer e minha íntima alegria” (Jr 15, 16).

“Não deixe cair a profecia” (D. Hélder Câmara, 1999, dias antes de sua passagem).



XVII Domingo do Tempo Comum              26.07.2015
2 Rs 4, 42-44                     Ef 4, 1-6                   Jo 6, 1-15


ESCUTAR

“Comerão e ainda sobrará” (2 Rs 4, 43).

Com toda humildade e mansidão, suportai-vos uns aos outros com paciência, no amor (Ef 4, 2).

“Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?” (Jo 6, 5).


MEDITAR

O infinito íntimo/Eis o que aspiramos conhecer:/O infinito íntimo/Revelado pelo espírito de Deus/Ao próprio Deus/Que se comunica o homem/Encarnand0-se nele.../O infinito íntimo/O núcleo simplíssimo de Deus/que em nós anônimo reside/E pelo qual amamos e nos restauramos,/Que inspira a paternidade de Deus,/Sua encarnação e processão (Murilo Mendes).

Se nós fossemos capazes de ver Cristo em nosso próximo, acreditariam vocês que seriam necessárias armas e generais? Frequentemente, nós cristãos, pregamos um Evangelho que não vivemos. Tal é a razão pela qual o mundo não crê (Teresa de Calcutá).


ORAR

Jesus impede que a comunidade se feche em si mesma e exige que enfrente os problemas e as dificuldades dos outros. A comunidade eclesial é plena quando constrói e encontra a sua própria identidade ao assumir as preocupações dos outros como assunto seu. Só uma Igreja disposta a perder pode representar e ser um sinal de uma esperança concreta no deserto do mundo. A Igreja que serve o mundo é uma Igreja pobre, modesta e sem importância. No monte, todos comem juntos, sentados na relva, como homens e mulheres livres, pois o Reino já está no meio de nós (Lc 17, 21). O evangelista recorre à figura do menino para simbolizar que o mínimo é o ponto de origem do qual sairá a maximização do dom do Pai. O menino entrega a totalidade do que tem e é este tudo que será repartido. Como este menino, tudo que temos devemos entregar para saciar a necessidade de todos. E todo o mínimo que o menino entrega – cinco pães e dois peixes – transforma-se no máximo da abundância: doze cestos cheios. A eucaristia é perigosa para qualquer sistema político e religioso que ignore as aspirações humanas. Ela é um protesto contra as injustiças. Ela é dar muito mais do que se possa consumir, pois é a loucura de viver em abundância e de se beber, gratuitamente, do manancial da Vida (Ap 22, 17). A multiplicação dos pães e dos peixes nos faz conhecer a exigência última do Evangelho de Jesus: a sua Igreja sempre come depois! Meditemos as palavras de Bonhoeffer: “Nós, cristãos, não poderemos jamais pronunciar a última palavra da fé se antes não tivermos pronunciado a penúltima palavra da justiça e da compaixão”.


CONTEMPLAR

Centro de nutrição para crianças em Korem, Etiópia, 1984, Sebastião Salgado, foto, Centro Nacional de Fotografia, Paris, França, 1993.











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