segunda-feira, 9 de março de 2015

O Caminho da Beleza 17 - IV Domingo da Quaresma

O Caminho da Beleza 17
Leituras para a travessia da vida


“O conceito de sabedoria é aquele que reúne harmonicamente diversos aspectos: conhecimento, amor, contemplação do belo e, também, ao mesmo tempo, uma ‘comunhão com a verdade’ e uma ‘verdade que cria comunhão’, ‘uma beleza que atrai e apaixona’” (Francisco).

Quando recebia tuas palavras, eu as devorava; tua palavra era o meu prazer e minha íntima alegria” (Jr 15, 16).

“Não deixe cair a profecia” (D. Hélder Câmara, 1999, dias antes de sua passagem).



IV Domingo da Quaresma                  15.03.2015
2 Cr 36, 14-16.19-23                    Ef 2, 4-10                Jo 3, 14-21


ESCUTAR

Zombavam dos enviados de Deus, desprezavam as suas palavras, até que o furor do Senhor se levantou contra o seu povo e não houve mais remédio (2 Cr 36, 16).

Deus é rico em misericórdia. Por causa do grande amor com que nos amou, quando estávamos mortos por causa das nossas faltas, ele nos deu a vida com Cristo. É por graça que vós sois salvos! (Ef 2, 4-5).

“Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele” (Jo 3, 17).


MEDITAR

Em Deus, não há um Eu único, há três abrigos de luz, três abrigos de amor, três abrigos de comunicação onde toda a Vida divina, constantemente, se renova num dom inesgotável (Maurice Zundel).

A misericórdia de Deus em Cristo é mais do que a absolvição legal do pecado. O cristão é chamado a se tornar um homem novo e a participar de uma nova criação que é precisamente obra da misericórdia e não do poder (Thomas Merton).


ORAR

O centro e o ápice da nossa fé estão na afirmação de que Deus ama tanto o mundo que entrega o seu Filho Único. Crer é mais do que aderir cegamente a uma lista de enunciados e dogmas. O que devemos crer, acima de tudo e de todos, é que o amor de Deus manifestado é o dom do Filho. E o dom do Filho para nós é manifestado na Cruz. A Cruz nos fala de um amor derrotado, mas vitorioso; humilhado, mas pleno de glória; traído, mas fiel. Jesus foi levantado sobre o patíbulo da infâmia e sua exaltação não é uma expressão de um poder dominador, mas a eleição de um outro poder: o do amor. Este dom nos coloca em crise porque pode ser aceito ou rejeitado. Somos nós que nos colocamos, como salvação ou condenação, diante da escolha do amor manifestado em Cristo. Não há luz mais poderosa do que a luz do que é tão humano, que nada tem para ocultar, pois sua vida e sua prática contagiam pela bondade e pela humanidade. É tão humano que é divino.


CONTEMPLAR


A Trindade na ortodoxia, 1974, Micheau-Vernez (1907-1989), óleo sobre tela, 116 cm x 81 cm, Croisic, França.




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