quarta-feira, 21 de agosto de 2013

O Caminho da Beleza 41 - XXII Domingo do Tempo Comum


O Caminho da Beleza 41
Leituras para a travessia da vida


A beleza é a grande necessidade do homem; é a raiz da qual brota o tronco de nossa paz e os frutos da nossa esperança. A beleza é também reveladora de Deus porque, como Ele, a obra bela é pura gratuidade, convite à liberdade e arranca do egoísmo” (Bento XVI, Barcelona, 2010).

Quando recebia tuas palavras, eu as devorava; tua palavra era o meu prazer e minha íntima alegria” (Jr 15, 16).

“Não deixe cair a profecia” (D. Hélder Câmara, 1999, dias antes de sua passagem).


XXII Domingo do Tempo Comum              01.09.2013
Eclo 3, 19-21.30-31                     Hb 12, 18-19.22-24              Lc 14, 1.7-14

ESCUTAR


“Filho, realiza teus trabalhos com mansidão e serás amado mais do que um homem generoso. À medida que fores grande, deverás praticar a humildade e assim encontrarás graça diante do Senhor. Muitos são altaneiros e ilustres, mas é aos humildes que ele revela seus mistérios” (Eclo 3, 19-20).

“Mas vós vos aproximastes do monte Sião e da cidade do Deus vivo, a Jerusalém” (Hb 12, 22).

“Porque quem se eleva será humilhado e quem se humilha será elevado” (Lc 14, 11).

MEDITAR

 “O Deus, que transforma minha vida, insufle uma esperança própria para me fazer considerar a minha vida e aquela que me cerca com um olhar diferente, e me faça participar do Reino pela justiça, na condição dos humildes e pobres” (Cardeal Martini).

"O mal do nosso tempo é a superioridade. Há mais santos do que nichos." (Honoré de Balzac).

ORAR

A humildade ainda não foi apagada da lista das virtudes. Quem faz coisas verdadeiramente importantes não precisa inflacioná-las, amplificá-las para chamar a atenção e a admiração do público. O sábio não é o que exerce a prática do ensino, mas a reflexão: “medita sobre os enigmas” e o sinal da sabedoria é “o ouvido atento”. O sábio é definido pelo seu desejo de entender e pela capacidade de escutar. A humildade serve para tornar um pouco menos insuportável a convivência conosco mesmo. O “inferno não são os outros”, como afirmava Sartre, mas nós mesmos. São João da Cruz pregava: “Deus nos livre de nós mesmos”. Jesus condena todo carreirismo, a atitude arrivista desenfreada, a vaidade escancarada, a ostentação vergonhosa e as torpes auto-promoções. No banquete do Reino será considerada a pequenez e a humildade será a titulação mais valorizada, pois o pouco com Deus é muito. Jesus anuncia que na mesa do Reino as precedências serão invertidas: “Quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. Então tu serás feliz, porque eles não te podem retribuir. Tu receberás a recompensa na ressurreição dos justos”. A hospitalidade oferecida aos segregados deve representar a abolição concreta da exclusão e constitui uma espécie de garantia para não sermos excluídos do Reino. Os pequenos nos revelam o segredo da grandeza; os excluídos nos outorgam a permissão para entrar e os solitários nos asseguram a comunhão. O encontro com Deus pelo Ressuscitado acontece num clima de festa e de convívio e não mais de fenômenos grandiosos. Surge o rosto humano de Jesus e os únicos sinais serão os nossos nomes escritos nos céus.


CONTEMPLAR

O orgulho, Arcabas (Jean-Marie Pirot), 1985, acetato de polivinil, areia de silício, carborundum, ouro batido 23 k, Igreja de Saint-Hugues-de-Chartreuse, Isère, Grenoble, França.

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