segunda-feira, 19 de agosto de 2013

O Caminho da Beleza 40 - XXI Domingo do Tempo Comum


O Caminho da Beleza 40
Leituras para a travessia da vida

A beleza é a grande necessidade do homem; é a raiz da qual brota o tronco de nossa paz e os frutos da nossa esperança. A beleza é também reveladora de Deus porque, como Ele, a obra bela é pura gratuidade, convite à liberdade e arranca do egoísmo” (Bento XVI, Barcelona, 2010).

Quando recebia tuas palavras, eu as devorava; tua palavra era o meu prazer e minha íntima alegria” (Jr 15, 16).

“Não deixe cair a profecia” (D. Hélder Câmara, 1999, dias antes de sua passagem).

XXI Domingo do Tempo Comum                25.08.2013
Is 66, 18-21             Hb 12, 5-7.11-13                Lc 13, 22-30

ESCUTAR


“Eu, que conheço suas obras e seus pensamentos, virei para reunir todos os povos e línguas ; eles virão e verão minha glória” (Is 66, 18).


“Pois o Senhor corrige a quem ele ama e castiga a quem aceita como filho” (Hb 12, 6).

“Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita. Porque eu vos digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão” (Lc 13, 24).


MEDITAR


“Uma religiosidade que conceba Deus como o defensor dos próprios privilégios e da própria riqueza, não merece o nome de religiosidade senão o de superstição ou idolatria, por mais que esta superstição se queira corrigir depois com outras exigências morais” (A. Pieris).

“Julgamento – isto, é o que a gente tem de sempre pedir! Para que? Para não se ter medo! É o que comigo é (...) Se a condena for às ásperas, com a minha coragem me amparo. Agora, se eu receber sentença salva, com minha coragem vos agradeço. Perdão, pedir, não peço: que eu acho que quem pede, para escapar com vida, merece é meia-vida e dobro de morte” (João Guimarães Rosa, Grande Sertão:Veredas).


ORAR


Devemos aprender a viver na imprevisibilidade: não querer saber nem “o dia e nem a hora”; nem se são “poucos os que se salvam” e nem assegurar os “primeiros lugares” (Mt 18, 1). Jesus se recusa a satisfazer este tipo de curiosidade e para isto introduz, nas nossas vidas, o elemento surpresa. A surpresa está não só na proveniência insólita e para muitos suspeita dos que serão admitidos ao banquete, mas também no tipo de categoria dos excluídos: “Nós comemos e bebemos diante de ti e tu ensinaste em nossas praças”. Corremos o perigo dos que se consideram privilegiados e se dão conta de que a ordem das precedências foi invertida: “Há últimos que serão os primeiros e primeiros que serão os últimos”. A salvação é universal, mas não deve ser confundida com facilidade. Se o horizonte é sem medidas, o evangelho nos surpreende com a imprevisibilidade de uma porta estreita e ninguém está autorizado a alargá-la, nem muito menos eliminá-la. Precisamos nos desapegar de tudo o que pode criar obstáculos pela estreiteza da porta de entrada. Uma porta construída exclusivamente com material evangélico: amor e justiça alicerçados na humildade e no serviço. Tudo está colocado à luz do amor, tanto o horizonte imenso como a porta estreita; tanto o banquete universal quanto a dura exclusão dos que forçam a entrada por meio de suas pretensões farisaicas de uma fidelidade puramente exterior. O Senhor nos faz saber que, paradoxalmente, só passaremos pela porta estreita ampliando os horizontes e dilatando o coração.


CONTEMPLAR

A Vitória, René Magritte, 1939, guache, 45 x 35 cm, Galeria Isy Brachot, Bruxelas, Bélgica.


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