domingo, 16 de setembro de 2012

O Caminho da Beleza 44 - XXV Domingo do Tempo Comum


O Caminho da Beleza 44
Leituras para a travessia da vida


A beleza é a grande necessidade do homem; é a raiz da qual brota o tronco de nossa paz e os frutos da nossa esperança. A beleza é também reveladora de Deus porque, como Ele, a obra bela é pura gratuidade, convite à liberdade e arranca do egoísmo” (Bento XVI, Barcelona, 2010).

Quando recebia tuas palavras, eu as devorava; tua palavra era o meu prazer e minha íntima alegria” (Jr 15, 16).

“Não deixe cair a profecia” (D. Hélder Câmara, 1999, dias antes de sua passagem).

XXV Domingo do Tempo Comum               23.09.2012
Sb 2.12.17-20                     Tg 3, 16-4.3                        Mc 9, 30-37


 ESCUTAR

“Se, de fato, o justo é ‘filho de Deus’, Deus o defenderá e o livrará das mãos dos seus inimigos. Vamos pô-lo à prova com ofensas e torturas, para ver a sua serenidade e provar a sua paciência” (Sb 2, 18-19).

“Caríssimos, onde há inveja e rivalidade aí estão as desordens e toda espécie de obras más” (Tg 3, 16).

“Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!” (Mc 9, 35).

MEDITAR

“Tudo o que fazemos a um humano, fazemos a um membro de Jesus. Tenhamos o cuidado infinito de fazer o melhor possível ao maior número de seus membros” (Charles de Foucauld).

“Aquele que tem um amigo verdadeiro não precisa de um espelho” (Provérbio indiano).

ORAR

No nosso cotidiano enfrentamos três desafios: a cobiça, a inveja e a rivalidade. A atitude denunciada pelo livro da Sabedoria é extremamente atual no cinismo civil e religioso em que vivemos: “Armemos ciladas ao justo, pois nos estorva: ele se opõe ao nosso modo de agir, repreende em nós as transgressões da Lei e nos difama por pecarmos contra a nossa tradição”. Os homens do poder têm escarnecido dos mais pobres por meio de falsas promessas e pela venda de ilusões. Ao prometer um poder como serviço, revelam a intimidade dos seus corações estimulando a inveja, a divisão pela rivalidade e aumentando a cobiça ao se “venderem” como cidadãos acima de quaisquer suspeitas. O evangelista mostra os discípulos fazendo ouvidos surdos e não compreendendo o que ouviam, pois “pelo caminho tinham discutido quem era o maior”. Jesus, ao colocar no colo uma criança, quer falar da fragilidade do ser humano porque acolher o Reino de Deus, como uma criança, significa que a nova ordem social só poderá ser construída quando tivermos a coragem de enfrentar os verdadeiros fundamentos da opressão e rompermos o ciclo da violência que despreza e utiliza os menores e os mais fracos. O Evangelho nos convida a viver com Jesus a mesma entrega e confiança que uma criança tem com seus pais. Como cristãos, devemos falar de afabilidade, mansidão, compaixão nesta sociedade que vive sob o signo da competitividade, da agressividade e da prepotência, ainda que sejamos considerados ingênuos, ou pior, idiotas. Caso contrário, viveremos também a maldição de cobiçar, mas não conseguir ter; de cultivar a inveja, mas não conseguir êxito algum; de brigar e guerrear, mas não conseguir possuir. E sermos condenados, por nós mesmos, à maior das maldições: a de pedir e não receber.

CONTEMPLAR
Quem é o maior?, Macha Chmakoff, 92 x 73 cm, França, s.d.




Nenhum comentário:

Postar um comentário