Como
se visse o Invisível, mantinha-se firme (Hb 11, 27).
XXIX Domingo do Tempo Comum
Ex 17, 8-13 2
Tm 3, 14-4, 2 Lc 18, 1-8
ESCUTAR
“Assim as mãos
ficaram firmes até o pôr do sol, e Josué derrotou Amalec e sua gente a fio de
espada” (Ex 17, 12-13).
“Quanto a ti
permanece firme naquilo que aprendestes e aceitaste como verdade” (2 Tm 3, 14).
“Mas o Filho do
Homem, quando vier, será que vai encontrar fé sobre a terra?” (Lc 18, 8).
MEDITAR
Hein, jovens!
Vocês, queridos jovens, possuem uma sensibilidade especial frente às
injustiças, mas muitas vezes se desiludem com notícias que falam de corrupção,
com pessoas que, em vez de buscar o bem comum, procuram o seu próprio
benefício. Também para vocês e para todas as pessoas repito: nunca desanimem,
não percam a confiança, não deixem que se apague a esperança.
(Papa
Francisco)
Não desistais,
pois, jamais de orar e de esperar despojados e vazios de tudo, porque se o
fizerem, Deus não tardará a vir.
(São João da
Cruz)
ORAR
Paulo exorta a nos convertemos em pessoas que resistem: “permanece
firme naquilo que aprendeste”. E a resistência implica numa obstinação:
“insiste oportuna e ou importunamente”. A resistência não é uma postura passiva
de defesa, mas se expressa num dinamismo de iniciativa permanente. A Palavra é
servida numa tríplice dimensão: o anúncio, a exortação e a consolação. A
resistência não se refere somente ao âmbito da fé e da fidelidade à Palavra,
mas abarca toda a vida do crente. O cristão está sempre alinhado à resistência
contínua e não é como aquele que reage somente em situações de emergência. O
cristão é o que afronta e resiste a toda e qualquer ordem social injusta que
nega a liberdade e ofende a dignidade das pessoas. O cristão luta e denuncia
toda forma de servidão, de desumanização e de aviltamento. O verdadeiro
discípulo de Cristo opõe resistência a todos os fanatismos, intolerâncias e
sectarismos. O cristão resistente renuncia aos atrativos de posições tranquilas
e privilegiadas, dos apoios importantes e das carreiras facilitadas. Aceita
fazer parte de uma minoria que se opõe à estupidez geral, que vigia e desperta
do sonho provocado por uma evangelização
emocional e sentimentalista que contagia as massas. O cristão que
resiste tem a lucidez de que a pedra que o sustenta é Cristo e que ela não pode
ser usada para se sentar, mas para permanecer de pé. Jesus nos ensina a orar
com a maior tenacidade possível por meio de pedidos concretos. A comunidade
fraterna está sujeita a viver tribulações e injustiças; a experimentar tempos
difíceis e de longa espera. Podemos e chegamos, muitas vezes, ao limite do
desespero, mas devemos confiar que, apesar das aparências, o Senhor sempre
chega antes e não deixa nada pela metade e nem pelo meio do caminho. O Senhor
age por meio dos fatos e não adia a sua justiça, mas cumpre-a no aqui e agora
das nossas vidas e testemunhos.
(Manos da Terna
Solidão/Pe. Paulo Botas, mts e Pe. Eduardo Spiller, mts)
CONTEMPLAR
Anjo de Natal, 2010, Brandon Thibodeaux
(1981-), Mond Bayou, Mississipi, Estados Unidos.
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