A Palavra se fez carne e armou sua tenda
entre nós (Jo 1, 14).
VI Domingo do Tempo Comum
2 Rs 5, 9-14 1
Cor 10, 31-11,1 Mc 1, 40-45
ESCUTAR
“Senhor, se o profeta te mandasse fazer uma coisa difícil, não a terias feito?” (2 Rs 5, 13).
Fazei como eu, que procuro agradar a todos em tudo, não buscando o que é vantajoso para mim mesmo, mas o que é vantajoso para todos, a fim de serem salvos (1 Cor 10, 33).
Jesus, cheio de compaixão, estendeu a mão, tocou nele e disse. “Eu quero: fica curado!” (Mc 1, 41).
MEDITAR
Jesus circulou tocando as pessoas. Ele tocou os corpos dos doentes. Ele tocou os leprosos. Ele tocou até os mortos... Gandhi recusou deixar que os da casta mais baixa no hinduísmo fossem chamados de “intocáveis”... A compaixão nos dá um coração de carne. Isto significa que nós desejamos alcançar e tocar as pessoas que os outros rejeitam.
(Timothy Radcliffe)
Se há um mendigo pedindo esmola na porta da Igreja, a missa foi mal rezada.
(Dom Irineu Danelon, sdb)
ORAR
Paulo é enfático! Não diz para olharmos para ele, mas seguir o seu exemplo e assumir como única referência o Cristo. Jesus, no Evangelho, não vacila em infringir a regra, romper o cordão sanitário, superar os mecanismos de exclusão e sair fora do círculo de proteção. Jesus tem piedade, mas também está enojado porque os homens tentam resolver os problemas dos leprosos pela exclusão. Jesus suprime as fronteiras, destrói os muros seculares da separação, passa por cima dos preconceitos e não aceita as discriminações religiosas. Para Jesus, existe somente o homem e a mulher sem adjetivos e a porta, para Ele, só serve para sair ao encontro daqueles que estão fora, ainda que seja um só. Somos nós, cristãos, que nos preocupamos mais com a lista dos que estão presentes sem jamais nomearmos os ausentes da nossa comunidade eclesial para os quais o Cristo veio prioritariamente: “Se algum de vós tem cem ovelhas e perde uma, não deixa as noventa e nove no deserto e vai atrás da extraviada até encontrá-la?” (Lc 15, 4). A celebração litúrgica deve ser interrompida quando fazemos exclusões e discriminações. Nunca estaremos preparados como exigem nossos pastores, salvo o orgulho de poucos, para merecermos os dons gratuitos de Deus. O leproso, mantido à distância é readmitido com todas as honras no centro da comunidade. Se não fizermos o mesmo, quando celebrarmos uma festa em honra do Cristo, mais uma vez O condenaremos a morrer “fora da cidade”.
(Manos da Terna Solidão/Pe. Paulo Botas, mts e Pe. Eduardo Spiller, mts)
CONTEMPLAR
Papa abraça homem desfigurado, 2013, Claudio Petri, EPA Images, Itália.
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