Peguei da mão do anjo o livrinho e comi-o. Na boca era doce como mel, mas, quando o engoli, meu estômago tornou-se amargo (Ap 10, 10).
XXV Domingo do Tempo Comum
Is 55, 6-9 Fl 1, 20-24.27 Mt 20, 1-16
ESCUTAR
“Meus pensamentos não são como os
vossos pensamentos, e vossos caminhos não são como os meus caminhos, diz o
Senhor” (Is 55, 8).
“Só uma coisa importa: vivei à altura do evangelho de
Cristo” (Fl 1, 27).
“Por acaso não tenho o direito de fazer o que
quero com aquilo que me pertence? Ou estás com inveja, porque estou sendo bom?
Assim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos” (Mt 20,
15-16).
MEDITAR
O grão de trigo da
individualidade humana deve cessar de querer existir por si mesmo; deve esgotar
a existência da vida, não pelo desejo de ser autônomo, mas pelo dom amoroso, o
dom de si mesmo.
(Christos Yanarras)
ORAR
“Ide para a minha vinha”, diz o Senhor e tudo se joga num instante, numa ocasião que não se pode deixar passar. Se não abrirmos os olhos, nos colocarmos de pé e não respondermos ao chamado, faltaremos ao encontro decisivo da nossa vida. Este é o momento favorável e o dia da salvação (2 Cor 6, 2) e não haverá outros mais favoráveis. Não podemos pedir “um tempo” para considerar a oferta, para avaliar o convite e responder numa próxima vez. O Senhor nos quer encontrar hoje, pois qualquer hora é hora para Ele desde que seja a hora do nosso Sim. Os caminhos do Senhor e seus pensamentos podem não coincidir, rigorosamente, com os nossos. Ao encontrarmos o Senhor, a entrega há de ser inteira e despojada. Para encontrá-Lo, devemos, primeiro, renunciar aos nossos pensamentos sobre Ele. A deformação da imagem de Deus é o perigo que correm as pessoas religiosas. Quanto mais o Senhor se revela tanto mais se faz misterioso e sempre sua revelação nos desconcerta e nos escandaliza. O chamado à vinha é graça e o prêmio é dom, pois a alegria do Senhor é dar sem medida. Deus nos fala da gratuidade e nós respondemos a Ele, falando da “justiça” com suas cláusulas, códigos e regras. A generosidade de Deus sempre cria problemas e, muitas vezes, se torna um obstáculo para a fé e um perigo para a moral daqueles que rechaçam os que consideram indignos e pecadores. A parábola não se dirige aos pecadores, mas aos bons e justos que devem se questionar sobre suas reações diante dos comportamentos surpreendentes e escandalosos de Deus. Não é fácil acreditar nesta bondade insondável de Deus que nos fala Jesus. Podemos nos escandalizar que Deus seja bom para com todos, mereçam ou não; sejam crentes ou agnósticos; invoquem seu nome ou vivam de costas para Ele. Deus é assim e o melhor que podemos e devemos fazer é deixar que Ele seja o que é, sem apequená-Lo com nossas ideias, esquemas e frustrações.
(Manos da Terna Solidão/ Pe. Paulo Botas, mts e Pe. Eduardo Spiller, mts)
CONTEMPLAR
No Templo
Dourado, o local mais sagrado dos Sikhs, um peregrino segura uma folha para
receber o darsham matinal (oferenda de comida), Amritsar, India, Abbas
Attar (1944-2018), Irã.
Nenhum comentário:
Postar um comentário