quinta-feira, 29 de junho de 2023

O Caminho da Beleza 32 - São Pedro e São Paulo

Peguei da mão do anjo o livrinho e comi-o. Na boca era doce como mel, mas, quando o engoli, meu estômago tornou-se amargo (Ap 10, 10).

São Pedro e São Paulo            

At 12, 1-11                2 Tm 4, 6-8.17-18             Mt 16, 13-19

 

ESCUTAR

Enquanto Pedro era mantido na prisão, a Igreja rezava continuamente a Deus por ele (At 12, 5).

Caríssimo, quanto a mim, eu já estou para ser derramado em sacrifício; aproxima-se o momento de minha partida (2 Tm 4, 6).

“Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu” (Mt 16, 17).

 

MEDITAR

Se você ama será crucificado; se não ama, você já está morto (Timothy Radcliffe).

 

ORAR

     Comemoramos neste domingo a festa do Papa e devemos nos concentrar em torno de Pedro que foi escolhido por Jesus para responder pelos Doze e administrar as responsabilidades da evangelização. A Igreja valoriza a diversidade das culturas para que nenhuma obsessão de unanimidade a transforme numa promotora de exclusão. Ao ordenar aos seus discípulos – “não leveis ouro, nem prata, nem dinheiro à cintura, nem sacola para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias e nem bastão” (Mt 10, 9-10) – Jesus não o faz para penalizá-los, mas para que peçam ajuda aos outros e dependam da sua generosa hospitalidade. A Igreja de Jesus deve ser peregrina, hospitaleira e em permanente êxodo, sobretudo deve ser a Igreja do Perdão. Como afirmou Francisco: “A mãe Igreja não fecha as portas para ninguém, para ninguém! Nem mesmo para o mais pecador, para ninguém! E faz isso pela força, pela graça do Espírito Santo. A mãe Igreja abre, escancara suas portas para todos, porque é mãe”. O Cristo perdoou o pecado da negação de Pedro e o pecado da perseguição de Paulo. Santo Antonio de Pádua pregava: “Jesus pediu a Pedro que apascentasse as suas ovelhas, não que as tosquiasse”.          Jesus também não pede aos seus discípulos uma obediência cega, mas os convida sempre a refletir e a julgar: “Que vos parece?” (Mt 21, 28); “Por que não julgais por vós mesmos o que é justo?” (Lc 12, 57); “Qual é a vossa opinião?” (Mt 13, 51); “Compreendestes tudo isso?” (Mt 13, 51). Jesus conhece a limitação do seu discipulado, mas o ama acima de tudo. Sabe que é próprio da fragilidade humana vacilar e pecar por meio da covardia, omissão, conivência e traição, diante do exigido pela Boa Nova: o de não se deixar dominar pela ganância do dinheiro e do prestígio; pela ânsia do poder e do status social e clerical, mas o de se tornar livre para Deus que é glorificado pelos que amam.

(Manos da Terna Solidão/Pe. Paulo Botas, mts e Pe. Eduardo Spiller, mts)

 

 CONTEMPLAR

O Apóstolo Pedro, 1610-12 (detalhe editado), Pieter Paul Rubens (1577-1640), Alemanha, óleo sobre madeira, 107 cm x 82 cm, Museu do Prado, Espanha.

O Apóstolo Paulo, c. 1615 (detalhe editado), Pieter Paul Rubens (1577-1640), Alemanha, óleo sobre madeira, 105,6 cm x 74 cm, State Hermitage, São Petersburgo, Rússia.










 

quinta-feira, 22 de junho de 2023

O Caminho da Beleza 31 - XII Domingo do Tempo Comum

Peguei da mão do anjo o livrinho e comi-o. Na boca era doce como mel, mas, quando o engoli, meu estômago tornou-se amargo (Ap 10, 10).

XII Domingo do Tempo Comum

Jr 20, 10-13                       Rm 5, 12-15                                   Mt 10, 26-33

 

ESCUTAR

“Mas o Senhor está ao meu lado como forte guerreiro; por isso, os que me perseguem cairão vencidos” (Jr 20, 11).

“O dom gratuito concedido por meio de um só homem, Jesus Cristo, se derramou em abundância sobre todos” (Rm 5, 15).

“Não tenhais medo!” (Mt 10, 31).

 

MEDITAR

"O medo é a extrema ignorância em momento muito agudo" (Guimarães Rosa).

 

ORAR

    “Não temais!” é a invocação deste domingo ainda que estejamos expostos a todos os riscos e vivamos num estado permanente de conflitos e contradições. Jeremias testemunha que o Senhor lhe confia uma palavra ardente, que corta a carne e arranca as falsas seguranças. O profeta incomoda a tranquilidade alheia e por mais que o Senhor esteja ao seu lado como forte guerreiro, Ele não intervém para livrá-lo dos golpes. Os discípulos do Cristo estão sempre sob a proteção paterna de Deus, mas apesar disto, estão expostos a todas as provas e tentações sem nenhuma imunidade divina. O Cristo na Cruz se faz voluntariamente impotente e conserva somente o poder do amor e do perdão. Quando o amor recorre à força para se fazer valer ou recorre à lei para tutelar os seus direitos desmente-se a si mesmo. A única razão do amor é o amor. O evangelho nos faz saber que o Pai está comprometido em tudo o que nos acontece e está dentro de nós, encarando conosco os golpes que recebemos. A fé cristã não tem uma função de impermeabilizar. A fé cristã se expõe e nesta exposição nos faz saber e sentir a presença providencial do Senhor. Na Cruz, o amor, ainda que derrotado, continua dando tudo e sempre. Jesus quer libertar as pessoas do medo e da angústia que se apoderam delas quando em nosso coração crescem a desconfiança, a insegurança e a falta de liberdade interior. O amor é sempre um gesto que liberta. Jesus procurou, antes de mais nada, despertar a confiança no coração das pessoas. Seu maior desejo era que elas vivessem em paz, sem medos e angústias, pois onde cresce o medo perde-se de vista Deus, afoga-se a bondade das pessoas, a vida se apaga e a alegria desaparece. Meditemos em nossos corações as palavras de Paulo: “Quem nos afastará do amor de Cristo: tribulação, angústia, perseguição, nudez, perigo, espada? Em todas essas circunstâncias, somos mais que vencedores, graças àquele que nos amou” (Rm 8, 35-37). Uma comunidade cristã deve ser o lugar em que, vivendo a verdade, libertamo-nos dos fantasmas, que são os nossos medos, para respirar a paz e viver a fraternidade entranhada que nos torna possível, hic et nunc, escutar o apelo de Jesus: “Não tenhais medo!”.

(Manos da Terna Solidão/Pe. Paulo Botas, mts e Pe. Eduardo Spiller, mts)

 

CONTEMPLAR

O Grande São Miguel, 1518, Raffaello Sanzio (1483-1520), óleo transferido da madeira para tela, 268 cm x 160 cm, Museu do Louvre, Paris, França.




quinta-feira, 15 de junho de 2023

O Caminho da Beleza 30 - XI Domingo do Tempo Comum

Peguei da mão do anjo o livrinho e comi-o. Na boca era doce como mel, mas, quando o engoli, meu estômago tornou-se amargo (Ap 10, 10).

XI Domingo do Tempo Comum

Ex 19, 2-6          Rm 5, 6-11                  Mt 9, 36-10, 8          

 

ESCUTAR

“Se ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, sereis para mim a porção escolhida dentre todos os povos” (Ex 19, 5).

“Já estamos justificados pelo sangue de Cristo, seremos salvos da ira por ele” (Rm 5, 9).

“Vendo Jesus as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam cansadas e abatidas como ovelhas que não têm pastor” (Mt 9, 36).

 

MEDITAR

Não desfaleças, deixa-te absorver pelo amor. Não podes saber para onde te levo... Não esperes, sobretudo, velhice tranquila, pacífica, considerada. Teu caminho é luta sem tréguas, até o fim, até o impossível.

(Padre Lebret, op.)

 

ORAR

Jesus se encontra diante de uma multidão amorfa, anônima e impessoal. Números mais do que rostos. Quantidade mais do que pessoas. Objeto manipulável, instrumentalizável, suscetível de ser enganado. Estas pessoas estão extenuadas porque vivem na dispersão e no abandono, não são reconhecidas e são exploradas, descaradamente, pelos mais diversos interesses. Deus quer um povo que seja, um organismo vivo, sujeito responsável de uma história, protagonista e interlocutor. A globalização econômica sem freios criou o caldo de uma cultura do descarte. A economia não está a serviço do ser humano, pois o ser humano não é mais meu irmão, mas um instrumento e o seu destino não me diz respeito. É a globalização da indiferença. Na multidão, cada um leva escondido o seu próprio mistério e as próprias dores. Jesus envia seus discípulos para transformar as multidões no novo Povo de Deus. A missão dos discípulos é fazer com que as pessoas estejam conscientes desta nova realidade: somos chamados a ser povo ao reconhecermos que podemos realizar o mesmo desígnio divino. Somos portadores de um amor e não de uma doutrina. O Vaticano II afirma: “Povo de Deus é aquele que pratica a justiça” (Lumen Gentium 9). Tenhamos em mente o discurso de Pedro: “Agora eu sei que, de fato, Deus trata a todos de modo igual, pois aceita a todos, os que O temem e fazem o que é direito, seja qual for a sua raça” (At 10, 34-35). O olhar de Jesus não era como o dos fariseus radicais que só viam a impiedade, a ignorância da lei e a indiferença religiosa. Nem o olhar de João Batista que via no povo o pecado e a perversão diante da chegada eminente de Deus. O olhar de Jesus estava pleno de carinho, ternura e amor: “vendo a multidão se compadeceu dela porque estava maltratada e abatida, como ovelhas sem pastor”. Para Jesus, as pessoas são mais vítimas do que culpadas. As igrejas se converterão ao Evangelho quando olharem as pessoas com o olhar de Jesus: mais como vítimas do que culpadas; quando se fixarem mais em seus sofrimentos do que em seus pecados; quando olharem a todos com menos medo e mais compreensão. Os valores que nos governam são os da exclusão, não os da solidariedade; o peso amargo e medroso da vida e não a alegria de viver. O ódio pelos diferentes, por toda forma de alteridade cresce de um modo vertiginoso, alimentando a nostalgia de um Nós e até mesmo o assassinato em nome de Deus dos que são diversos. Não recebemos de Jesus um ministério da condenação nem da morte. Fomos enviados para acolher e consolar. Jesus quis discípulos que olhassem o mundo com ternura. Discípulos dedicados a aliviar a angústia, o sofrimento e a devolver a esperança aos desesperançados. Devemos gravar em nossos corações a pregação de Paulo: “Porque há um só pão, nós todos somos um só corpo, pois todos participamos desse único pão” (1 Cor 10,17). Esta é a nossa herança e nosso destino!

(Manos da Terna Solidão/Pe. Paulo Botas, mts e Pe. Eduardo Spiller, mts)

 

CONTEMPLAR

Menino abraça amigo numa rua de Nápoles, 1944, Henri Cartier-Bresson, França.




sexta-feira, 9 de junho de 2023

O Caminho da Beleza 29 - X Domingo do Tempo Comum

Peguei da mão do anjo o livrinho e comi-o. Na boca era doce como mel, mas, quando o engoli, meu estômago tornou-se amargo (Ap 10, 10).

X Domingo do Tempo Comum                    

Os 6, 3-6                  Rm 4, 18-25           Mt 9, 9-13

 

ESCUTAR

“Quero amor e não sacrifícios, conhecimento de Deus mais do que holocaustos” (Os 6, 6).

“ Irmãos, Abraão, contra toda a humana esperança, firmou-se na esperança e na fé (Rm 4, 18).

“‘Quero misericórdia e não sacrifício’. De fato, eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores” (Mt 9, 13).

 

MEDITAR

Homens políticos, homens de Igreja ou cidadãos comuns, estamos sempre repetindo as mesmas falas, sempre moendo a mesma farinha. Trata-se de falta de fé no desconhecido, no incognoscível. Não caminhamos em direção ao novo. Repetimos a mesma ladainha (...). Mas seria isso fé na vida, no sentido de que, de qualquer forma, ela é sempre risco e exige audácia? Não seria antes uma certeza, uma segurança que adormece a vida em insignificância e irresponsabilidade? 

(Françoise Dolto)

 

ORAR

       A comunidade eclesial não pode se acomodar num oásis de fervor religioso por não suportar a aventura da fé no deserto de Deus. A vida sacramental é muito mais que a mera administração normativa dos sacramentos e, mais ainda, do que a estatística sociológica e rudimentar dos fiéis aglomerados e pegajosos como uma massa sem fermento. Temos que testemunhar, como Jesus, que os sacramentos são gestos de amor e misericórdia para todos. O próprio Jesus, na sua mesa acolhedora, converte-se em comida e bebida para os que dele necessitam e seu Corpo e Sangue, entregue e derramado, são o sinal desta comunidade escatológica e messiânica que reúne e une todos os povos num só corpo e num só espírito. Caso as igrejas não puderem ser isto, não serão igrejas de Jesus e se nossas ceias celebrativas não forem isto não serão a eucaristia do Senhor. É por um dom de Deus que nos preservamos da mentira e da injustiça e, mais do que nunca, é necessário manter a retidão no pensar e no fazer para cumprir o que nos foi inspirado por Deus. Como nos alerta Tiago: “Sede cumpridores da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos” (Tg 1, 22). Cada vez que fazemos o bem, Deus opera em nós e conosco. De nada adianta a velocidade nas estradas da vida se não formos capazes de parar para contemplar a beleza que Deus nos coloca diante olhos. De nada adianta o que acumulamos de bens se humilhamos nossos irmãos, impondo a eles o ritmo das nossas decisões autoritárias. De nada adianta, se, iludidos pela nossa estatura de ricos, não conseguimos camuflar a mesquinha amargura em que está mergulhada a perda irreparável da alegria de viver. Meditemos as palavras de Etty Hillesum, morta nos campos de concentração pelos justos e saudáveis nazistas: “Devemos estar bem convencidos que o menor átomo de discriminação, preconceito e ódio que acrescentamos a este mundo nos faz transformá-lo em mais inospitaleiro do que já é”. Escutemos Jesus: “Em verdade, em verdade vos digo, que os publicanos e as prostitutas vos precedem no Reino do meu Pai” (Mt 21, 31). Com certeza, os publicanos e as prostitutas de hoje são os que jamais chamaríamos para sentar nas nossas mesas de cristãos virtuosos.

(Manos da Terna Solidão/Pe. Paulo Botas, mts e Pe. Eduardo Spiller, mts)

 

CONTEMPLAR

We are all prostitutes, 2022, Monochrome Photography Awards 2022, Stephen Burnett, Reino Unido.



quinta-feira, 1 de junho de 2023

O Caminho da Beleza 28 - Santíssima Trindade

Peguei da mão do anjo o livrinho e comi-o. Na boca era doce como mel, mas, quando o engoli, meu estômago tornou-se amargo (Ap 10, 10).

Santíssima Trindade               

Ex 34, 4-6-6.8-9               2 Cor 13, 11-13                   Jo 3, 16-18

 

ESCUTAR

“Moisés gritou: ‘Senhor, Senhor! Deus misericordioso e clemente, paciente, rico em bondade e fiel’” (Ex 34, 6).

“Irmãos, alegrai-vos, trabalhai no vosso aperfeiçoamento, encorajai-vos, cultivai a concórdia, vivei em paz, e o Deus do amor e da paz estará convosco” (2 Cor 13, 11).

“Deus amou tanto o mundo que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna” (Jo 3, 16).

 

MEDITAR

Quem não consegue mais ouvir o irmão, em breve também não conseguirá mais ouvir a Deus. Estará sempre falando, também, perante Deus. Aqui começa a morte da vida espiritual, e no fim restará só o palavreado piedoso, a condescendência clericalesca que sufoca com palavras piedosas.

(Dietrich Bonhoeffer)

Não é o clero, mas sim a comunidade, a Igreja concretamente reunida, que celebra a Ceia comemorativa na qual o Senhor se faz presente e incorpora os reunidos transformando-os em seu próprio corpo.

(Hans Urs von Balthasar)

 

ORAR

    A festa da Santíssima Trindade não é uma simples formalidade nem uma representação dogmática. Ela nos convida a nos insurgir contra a nossa insensibilidade com relação à urgência de Deus e à envergadura do seu Mistério. Neste domingo, devemos entrar neste mistério adorável de saber que a dinâmica da Trindade é o Amor. É uma eterna comunicação, pois não existe nem um olhar-para-si, mas sempre e eternamente um olhar-para-o-outro. O Pai é um eterno olhar para o Filho assim como o Filho é um olhar eterno para o Pai e toda a Luz divina brota desta troca como a visibilidade de um dom eternamente realizado. Meditemos as palavras do dominicano Eckhart escritas no século XIV: “O Pai sorri para o Filho e o Filho sorri para o Pai e o sorriso faz nascer o prazer, o prazer faz nascer a alegria e a alegria faz nascer o amor”. Toda a alegria brota do dom nesta dança eterna em que qualquer posse é impossível, pois a grandeza consiste no dom de si mesmo. A vida de Deus é sempre uma vertiginosa troca, partilha e uma circulação infinita expressa no respirar do Pai, no sangue do Filho, na água e no fogo do Espírito. A vida da Trindade acontece em nós mesmos sem que a percebamos e nela “nem morte nem vida, nem anjos nem potestades, nem presente nem futuro, nem poderes nem altura nem profundidade, nem criatura alguma nos poderá separar do amor de Deus manifestado em Cristo Jesus Senhor nosso” (Rm 8, 38-39). É no silêncio que esta vida se manifesta, pois a alegria verdadeira começa quando, enfim, com os olhos fechados e os lábios cerrados percebemos a dinâmica amorosa do Pai, pelo Filho e no Espírito Santo. Esta festa exige uma profunda revisão de vida e a perguntarmos sobre a esterilidade de um amor que se debruça sobre si mesmo e de um hedonismo que se idolatra. O Cristo nos revelou a Trindade para fazer surgir em nós uma liberdade total ante os olhos do egoísmo mortal que assola o mundo, aniquila as culturas, domina os mais fracos, corrompe os poderes civis e religiosos, e que, sobretudo, pela ganância, destrói a natureza criada para o bem de toda a humanidade por todos os séculos. Eis o mistério: Deus para nós, Deus em nós e Deus conosco.

(Manos da Terna Solidão, Pe. Paulo Botas, mts e Pe. Eduardo Spiller, mts)

 

CONTEMPLAR

A Trindade, José de Ribera, c. 1635, óleo sobre tela, 226 x 181 cm, Museu do Prado, Madrid, Espanha.