quarta-feira, 15 de junho de 2022

O Caminho da Beleza 30 - XII Domingo do Tempo Comum

A palavra de Deus é viva e eficaz e mais cortante que espada de dois gumes (Hb 4, 12).

XII Domingo do Tempo Comum                            

Zc 12, 10-11; 13, 1             Gl 3, 26-29             Lc 9, 18-24

 

ESCUTAR

“Derramarei sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém um espírito de graça e de oração; eles olharão para mim” (Zc 12, 10).

“O que vale não é mais ser judeu nem grego, nem escravo nem livre, nem homem nem mulher, pois todos vós sois um só em Jesus Cristo” (Gl 3, 28).

“Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará” (Lc 9, 24).

 

MEDITAR

“Não é o heroísmo que será enaltecido, mas a oferenda obscura e aparentemente inútil de uma vida que não é senão o amor, sinal do amor de Deus em meio ao inferno que os homens, às vezes, sabem organizar” (Jean-Marie Lustiger, Cardeal Arcebispo de Paris).

“Peço a Deus que te esteja sempre presente. A todo instante. E que te ensine a gozares do Amor. Isto é de te deixares amar. Porque não sabemos como nos abrir às ternuras divinas.... e só Ele nos pode ensinar isso” (Madre Belém).

 

ORAR

Quando Jesus se afasta para orar sozinho, prepara sempre algo decisivo. Neste evangelho, a questão fundamental se refere à identidade de Jesus: “Quem diz o povo que eu sou?”. Esta pergunta prepara a verdadeira questão: “E vós quem dizeis que eu sou?”. Esta indagação será perturbadora em todos os tempos e lugares. O Cristo de Deus nos chama a segui-Lo e a assumir o sofrimento, a humilhação e a derrota. Este Ungido é motivo de escândalo, pois seu caminho não é triunfal, mas passa pela proscrição dos poderes civil-econômico, político e religioso. A condição do seu seguimento: a renúncia e a cruz. Jesus pode abrir exceções por amor, mas nunca faz concessões aos que decidem caminhar com Ele. É paradoxal perder a vida para ganhá-la. A alternativa entre “ganhar ou perder” é a alternativa entre interpretar a vida com o pressuposto das vantagens e dos interesses pessoais e a disponibilidade de fazer dela um dom para desperdiçá-la, como o Cristo, em favor dos outros. O cristão não é o herói do excepcional, do gesto virtuoso, mas o humilde portador de uma cruz ordinária e cotidiana feita de pequenas coisas nem sempre agradáveis. A verdade íntima do Evangelho é revelada: perder nossa vida por amor do Cristo é o que pode justificar cada renúncia nossa, é a verdadeira beatitude possível, aqui e agora. A cruz é tudo o que nos acontece e não podemos evitar. É tudo que desejaríamos que não nos acontecesse. A nossa cruz de cada dia, em alguns momentos mais aguda e dramática, não tem um sentido diferente do que teve para o Cristo. A cruz da Ressurreição nos chama a “cumprir em nós o que falta à paixão do Cristo’ (Cl 1, 24).

(Manos da Terna Solidão)

 

CONTEMPLAR

Foto do local onde tombou assassinada pelas costas com seis tiros, em 2005, aos 73 anos de idade, a irmã Dorothy Mae Stang, Anapu, Pará, Brasil.



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