A palavra de Deus é viva e eficaz e mais cortante que espada de
dois gumes (Hb 4, 12).
XII Domingo do Tempo Comum
Zc 12, 10-11; 13, 1 Gl 3, 26-29 Lc
9, 18-24
ESCUTAR
“Derramarei sobre a casa de Davi
e sobre os habitantes de Jerusalém um espírito de graça e de oração; eles
olharão para mim” (Zc 12, 10).
“O que vale não é mais ser judeu
nem grego, nem escravo nem livre, nem homem nem mulher, pois todos vós sois um
só em Jesus Cristo” (Gl 3, 28).
“Pois quem quiser salvar a sua
vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará”
(Lc 9, 24).
MEDITAR
“Não é o heroísmo que será
enaltecido, mas a oferenda obscura e aparentemente inútil de uma vida que não é
senão o amor, sinal do amor de Deus em meio ao inferno que os homens, às vezes,
sabem organizar” (Jean-Marie Lustiger, Cardeal Arcebispo de Paris).
“Peço a Deus que te esteja sempre
presente. A todo instante. E que te ensine a gozares do Amor. Isto é de te deixares
amar. Porque não sabemos como nos abrir às ternuras divinas.... e só Ele nos
pode ensinar isso” (Madre Belém).
ORAR
Quando Jesus se afasta para orar sozinho, prepara sempre algo decisivo. Neste evangelho, a questão fundamental se refere à identidade de Jesus: “Quem diz o povo que eu sou?”. Esta pergunta prepara a verdadeira questão: “E vós quem dizeis que eu sou?”. Esta indagação será perturbadora em todos os tempos e lugares. O Cristo de Deus nos chama a segui-Lo e a assumir o sofrimento, a humilhação e a derrota. Este Ungido é motivo de escândalo, pois seu caminho não é triunfal, mas passa pela proscrição dos poderes civil-econômico, político e religioso. A condição do seu seguimento: a renúncia e a cruz. Jesus pode abrir exceções por amor, mas nunca faz concessões aos que decidem caminhar com Ele. É paradoxal perder a vida para ganhá-la. A alternativa entre “ganhar ou perder” é a alternativa entre interpretar a vida com o pressuposto das vantagens e dos interesses pessoais e a disponibilidade de fazer dela um dom para desperdiçá-la, como o Cristo, em favor dos outros. O cristão não é o herói do excepcional, do gesto virtuoso, mas o humilde portador de uma cruz ordinária e cotidiana feita de pequenas coisas nem sempre agradáveis. A verdade íntima do Evangelho é revelada: perder nossa vida por amor do Cristo é o que pode justificar cada renúncia nossa, é a verdadeira beatitude possível, aqui e agora. A cruz é tudo o que nos acontece e não podemos evitar. É tudo que desejaríamos que não nos acontecesse. A nossa cruz de cada dia, em alguns momentos mais aguda e dramática, não tem um sentido diferente do que teve para o Cristo. A cruz da Ressurreição nos chama a “cumprir em nós o que falta à paixão do Cristo’ (Cl 1, 24).
(Manos da Terna Solidão)
CONTEMPLAR
Foto do local onde
tombou assassinada pelas costas com seis tiros, em 2005, aos 73 anos de idade,
a irmã Dorothy Mae Stang, Anapu, Pará, Brasil.
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