segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

O Caminho da Beleza 12 - V Domingo do Tempo Comum

Mantinha-se firme, como se visse o Invisível! (Hb 11, 27)

V Domingo do Tempo Comum                     07.02.2021

Jó 7, 1-4.6-7                       1 Cor 9, 16-19.22-23                   Mc 1, 29-39

 

ESCUTAR

“Meus dias correm mais rápido do que a lançadeira do tear e se consomem sem esperança. Lembra-te de que minha vida é apenas um sopro (Jó 7, 6).

Ai de mim se eu não pregar o Evangelho! (1 Cor 9, 16).

À tarde, depois do pôr do sol, levaram a Jesus todos os doentes e os possuídos pelo demônio... De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus se levantou e foi rezar num lugar deserto (Mc 1, 32.35).

 

MEDITAR

Os transbordamentos de amor acontecem sobretudo nas encruzilhadas da vida, em momentos de abertura, fragilidade e humildade, quando o oceano do amor de Deus arrebenta os diques da nossa autossuficiência e permite, assim, uma nova imaginação do possível.

(Papa Francisco, 1936-, Argentina)

 

ORAR

       Uma das coisas que mais se destacam nesse trecho, do que era a vida diária de Jesus, é que a oração era muito importante e muito frequente em sua vida. O projeto de vida de Jesus se centrava em curar enfermos, partilhar a comida com famintos e remediar as penalidades e sofrimentos das pessoas. Mas, para realizar esse projeto, Jesus viu que precisava orar ao Pai. E precisava muito e com frequência. Para orar não ia ao templo, mas a lugares solitários, ao campo, ao monte. E assim passava noites inteiras em oração. A oração de Jesus é uma lição exemplar mais profunda do que imaginamos. A oração é uma das provas mais patentes de que Jesus era um “ser humano”. E, como todo ser humano, sentia a necessidade de ajuda e auxílio do Transcendente, o Pai do Céu a quem acudia com tanta frequência. O segredo, a explicação e a chave da humanidade de Jesus estão em sua espiritualidade. Ou seja, Jesus foi tão profundamente humano por causa da relação tão frequente e profunda que teve com a fonte de toda humanidade. A condição humana, tal como de fato existe – mesclada e fundida com o inumano e com a desumanização – só resulta num homem, “como tantos outros” (Fl 2, 7), que foi tão plenamente humano que nele não cabia inumanidade alguma. Por isso Jesus necessitou recorrer ao Pai. Por isso o necessitamos todos, se é que de verdade queremos ser profundamente humanos e sintonizar com tudo o que é verdadeiramente humano. Há formas de orar que entontecem e há formas de orar que humanizam.

(José Maria Castillo, 1929-, Espanha)

 

CONTEMPLAR

Homem Sombra, 2020, Rua Aldersgate, Londres, Lesley Scoble (1949-), Reino Unido.




 

 

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