A palavra de
Deus é viva e eficaz e mais cortante que espada de dois gumes (Hb 4, 12).
XXX Domingo do Tempo Comum 25.10.2020
Ex 22, 20-26 1 Ts 1, 5-10 Mt 22, 34-40
ESCUTAR
Não oprimas nem maltrates o
estrangeiro, pois vós fostes estrangeiros na terra do Egito (Ex 22, 20).
Vós vos tornastes imitadores nossos e
do Senhor, acolhendo a Palavra com a alegria do Espírito Santo, apesar de
tantas tribulações (1 Ts 1, 6).
“Amarás o Senhor teu Deus de todo o
teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento!” (Mt 22, 37).
MEDITAR
Deixe que o riso seja seu templo e
você se sentirá em profundo contato com o divino.
(Osho, 1931-1990, Índia)
ORAR
O amor de Deus não se ensina. Ninguém
se prepara para gozar a luz, nem sobretudo para celebrar a vida. Ninguém jamais
nos ensinou a amar os que colocamos no mundo ou os que criamos. Da mesma
maneira, ou antes com mais forte razão, não é um ensinamento exterior que nos
ensina a amar Deus. Na natureza mesma do homem se encontra inserida uma semente
que contém nela o princípio desta atitude para amar. Essa semente, pela escola
dos mandamentos de Deus, cabe ao homem recolhê-la, cultivá-la com zelo,
nutri-la com cuidado e conduzi-la ao seu desabrochar, com a graça de Deus.
Quando recebemos de Deus o mandamento do amor, nós possuímos já a faculdade
natural de amar; nós já procuramos o que é belo. Ora, o que mais admirável do
que a beleza divina? E qual desejo é tão ardente do que a sede provocada por
Deus na alma purificada de todo vício e que brada com uma emoção sincera: “me
desfaleço de amor”? (Ct 2, 5). Inefáveis e indescritíveis são os raios da
beleza divina! A língua é impotente para expressá-la, o ouvido para entendê-la!
O brilho da estrela da manhã, a claridade da lua, a luz do sol: tudo isso é
indigno de representar a sua glória; e tudo isso em relação à verdadeira luz
está mais afastado como a noite mais profunda está da mais pura luz do meio
dia. Esta beleza é invisível aos olhos do corpo, mas cada vez que ela iluminou
os santos em sua alma, ela deixou neles o aguilhão de um intolerável desejo, a
ponto de exclamarem com David: “Minha alma tem sede do Senhor, forte e vivo”
(Sl 42, 3). Nunca saciados de contemplar a beleza divina, eles suplicavam que
fosse prolongada pela vida eterna a visão da magnificência de Deus. Não amar
Deus é para a alma a maior privação, o maior de todos os males. Se a afeição
das crianças por seus pais é um sentimento natural, não permaneçamos diante do
Deus que nos criou como estranhos sem amor. Se a afeição e a amizade nos nascem
espontaneamente por aqueles que nos fazem o bem, com mais forte razão para Deus
cujas graças são para nós tão abundantes que seu número nos escapa, e tão
imensas que uma só dentre elas é suficiente para nos tornar eternamente
agradecidos. Assim se desenvolve em nós o amor de Deus e ao mesmo tempo em que
ele nos leva à realização dos mandamentos do Senhor, ele tira por sua vez deles
o seu existir e a sua perfeição.
(Basílio Magno, 330-379,
Capadócia/Turquia)
CONTEMPLAR
Crianças e a Sumaúma I, 2010, Barcelos, Floresta Amazônica,
Araquém Alcântara (1951-), Brasil.
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