segunda-feira, 12 de outubro de 2020

O Caminho da Beleza 48 - XXIX Domingo do Tempo Comum

A palavra de Deus é viva e eficaz e mais cortante que espada de dois gumes (Hb 4, 12).


XXIX Domingo do Tempo Comum             18.10.2020

Is 45, 1.4-6              1 Ts 1, 1-5                Mt 22, 15-21

 

ESCUTAR

“Eu sou o Senhor, não há outro” (Is 45, 6).

O nosso Evangelho não chegou até vós somente por palavras, mas também mediante a força que é o Espírito Santo; e isso com toda a abundância (1 Ts 1, 5).

“Dai, pois, a César o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus” (Mt 22, 21).

 

MEDITAR

Deus continua derramando na humanidade sementes de bem. A recente pandemia nos permitiu resgatar e valorizar a tantos companheiros e companheiras de viagem que, no medo, reagiram doando a própria vida. Fomos capazes de reconhecer como nossas vidas estão tecidas e sustentadas por pessoas comuns que, sem dúvida alguma, escreveram os acontecimentos decisivos de nossa história compartilhada: médicos, enfermeiros e enfermeiras, farmacêuticos, empregados dos supermercados, pessoal da limpeza, cuidadores, motoristas, homens e mulheres que trabalham para proporcionar serviços essenciais e segurança, voluntários, sacerdotes, religiosas... compreenderam que ninguém se salva sozinho.

(Papa Francisco, 1936-, Encíclica Fratelli Tutti, Itália)

 

ORAR

     Os cristãos não se diferenciam dos outros homens nem pelo país, nem pela língua, nem pelas instituições. De fato, não moram em cidades próprias, nem empregam linguagem estranha, nem levam uma vida diferente. Não foi por imaginação ou complicadas elaborações que vieram ao conhecimento desta doutrina, nem se apoiam em dogmas humanos, como tantos outros. Moram em cidades gregas ou bárbaras, conforme o acaso os colocou; seguem os costumes do povo local em matéria de roupas e de alimentos e, quanto ao mais, manifestam seu admirável modo de viver e propõem ao consenso de todos o incrível estado de sua vida. Habitam em suas pátrias, mas como inquilinos; têm tudo em comum com os outros como cidadãos e tudo suportam como peregrinos. Todo país estrangeiro lhes é pátria e toda pátria, terra estrangeira. Casam-se como todo mundo e procriam, mas não rejeitam os recém-nascidos. Têm em comum a mesa, não o leito. Estão na carne, porém, não vivem segundo a carne. Moram na terra, mas têm no céu sua cidade. Obedecem às leis promulgadas, e com seu gênero de vida, ultrapassam as leis. Amam a todos e por todos são perseguidos. São ignorados e, no entanto, condenados; entregues à morte, dão a vida. Mendigos, enriquecem a muitos; tudo lhes falta e vivem na abundância. Vilipendiados e no meio das infâmias enchem-se de glória; cobertos de ignomínia, cresce sua reputação; por isso mesmo obtêm a glória. Destruída sua fama, a justiça dá-lhes testemunho. Repreendidos, bendizem. Tratados com desprezo, prestam honra. Ao fazerem o bem, são castigados como maus; punidos, alegram-se como se revivessem. [...] Numa palavra: o que é alma para o corpo, assim são no mundo os cristãos. A alma está em todas as partes do corpo; e os cristãos em todas as cidades do mundo. A alma está no corpo, mas não vem do corpo; os cristãos estão no mundo, mas não são do mundo. A alma invisível é guardada pelo corpo visível. Todos veem os cristãos, pois habitam no mundo, contudo, seu espírito é invisível.

(Carta a Diogneto, século 2).

 

CONTEMPLAR

O padre Júlio Lancellotti abraça Cassiano, que vive nas ruas de São Paulo, 2020, Wanezza Soares/El País, Brasil.




 

 

 

 

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