A palavra de Deus é viva e eficaz e mais
cortante que espada de dois gumes (Hb 4, 12).
Natal do
Senhor 25.12.2017
Is 52, 7-10 Hb 1, 1-6 Jo 1, 1-18
ESCUTAR
Como são belos,
andando sobre os montes, os pés de quem anuncia e prega a paz, de quem anuncia
o bem e prega a salvação (Is 52, 7).
“Tu és o meu
Filho, eu hoje te gerei” (Hb 1, 5).
A Deus ninguém
jamais viu. Mas o unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo
deu a conhecer (Jo 1, 18).
MEDITAR
O sagrado no Cristo não é
qualquer coisa que existe sob os ferrolhos ou que é colocada atrás das grades
ou ainda sob véus impenetráveis. O sagrado em Jesus é o homem, é o próprio
homem. São as nossas mãos, o trabalho de nossas mãos; são os nossos olhos e a
luz que os preenche; são os nossos corações e esta maravilhosa capacidade de
amar. Isto tudo é o que constitui o sagrado que perpetua a Encarnação e que não
cessa de tornar presente o Cristo entre nós.
(Maurice Zundel)
ORAR
São
raros os que festejam o Natal!... Os que festejam o Natal vêm de longe.
Erguem-se de repente do meio de um povo indiferente, partem, deixam tudo atrás de
si, trazem o que têm de mais precioso e vão firmes em frente, sem mesmo saber a
quem lhes será dado oferecê-lo. Quão poucos há entre nós que creem na
Natividade! Rezemos para que alguns de nós se desabituem deste hábito, desta
ilusão de crer que é a pior falta de fé, e se ponham a escutar o que em meio a
esta noite neles surge de alegre, de novo, de vivo e de forte. De nada nos
serve que o Senhor tenha nascido há dois mil anos atrás se nada nasce
verdadeiramente hoje. De nada serve que ele tenha proferido palavras de Deus há
dois mil anos atrás se não houver hoje quem nos fale da parte de Deus. De nada
nos serve que há dois mil anos tenha feito gestos de Deus; que há dois mil anos
a ternura de Deus se tenha manifestado, se ninguém há hoje entre nós para amar,
cuidar, compadecer, se não nos amamos um pouco, hoje, uns aos outros. A
maravilha desta noite, irmãos, é que Deus, entre nós, se pode tornar vivo. Há
sempre necessidade de um corpo, de mãos para curar, de braços para apoiar, boca
para falar, coração para amar. Em qual de nós irá ele nascer esta noite? Oh!
Por certo que há de ser um nascimento pobre, uma criança frágil e ameaçada.
Envolvei-a em pobres linhos, deitai-a sobre a palha de um presépio. Será uma
festa humilde em confronto com as festas do mundo.
(Louis Evely,
1910-1985)
CONTEMPLAR
Mãe e Filho, 1962, Walter Chapell
(1925-2000), Novo México, Estados Unidos.
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