Muitos pensam de modo
diferente, sentem de modo diferente. Procuram Deus ou encontram Deus de muitos
modos. Nesta multidão, nesta variedade de religiões, só há uma certeza que
temos para todos: somos todos filhos de Deus. Que o diálogo sincero entre homens
e mulheres de diferentes religiões produza frutos de paz e de justiça.
(Papa Francisco, 2016)
Não temos um só Pai? Não nos
criou um mesmo Deus? Por que trabalhamos tão perfidamente uns contra os outros?
(Ml 2, 10)
XXXII Domingo do Tempo Comum 12.11.2017
Sb 6, 12-16 1
Ts 4, 13-18 Mt 25,
1-13
ESCUTAR
A sabedoria é
resplandecente e sempre viçosa. Ela é facilmente contemplada por aqueles que a
amam, e é encontrada por aqueles que a procuram (Sb 6, 12).
Não fiqueis tristes
como os outros, que não têm esperança (1 Ts 4, 13).
“No meio da noite,
ouviu-se um grito: ‘O noivo está chegando. Ide ao seu encontro!’ (Mt 25, 6).
MEDITAR
Quem me compreende
como o Eterno, o Anônimo,
o Imanifesto, o
Inconcebível, o Supremo,
não limitado de forma
alguma,
o Infinito,
quem me adora desse
modo e, contudo, vê a minha presença
em todos os seres
e, praticando o bem,
vive alegremente,
esse acabará por
unir-se a mim.
(Krishna, em “do amor universal”, bhagavad-gita, século 1 a.C.)
ORAR
A
sabedoria não se encontra somente nas universidades, igrejas e templos. Ela é
oferecimento e busca: “Ela é facilmente contemplada por aqueles que a amam, e é
encontrada por aqueles que a procuram”. No evangelho de hoje, a necessidade da sabedoria
soma-se ao convite de estar vigilantes. Cristo não nos pede que renunciemos ao
descanso, mas que rompamos com tudo que se opõe à vida e à luz. A vigilância é
a capacidade de acolher o momento presente, pois a esperança não se encontra
fora do tempo. O teólogo alemão Dietrich Bonhoeffer afirma que devemos levar a
sério as realidades últimas e, ao mesmo tempo, tomar posições decididas diante
das penúltimas. É necessário viver a plenitude de cada instante. A hora da
chegada do Esposo não pode ser improvisada. É uma hora como as outras. A
sabedoria é o sinal luminoso da espera vigilante e da capacidade de sentir o
tempo que se faz breve. Deus se atrasa porque, paradoxalmente, é a sua
característica de ser pontual. É urgente sem pressa. O noivo estava demorando e
não sabemos o dia e nem a hora da sua chegada. Deus sempre chega pontualmente
na sua hora, mas por meio de uma sucessão interminável de atrasos em relação
aos nossos vorazes relógios. A vida é eterna não por causa da sua duração
indefinida, mas pela sua qualidade indestrutível. Ser fiel é se entregar aos
outros e esta atitude não pode ser tomada de última hora e improvisadamente. O
Cristianismo não é prática de vida reservada para a hora da morte. Não é uma
imprudência. Para os imprudentes fecham-se as portas e ouve-se somente o
veredicto: “Não vos conheço!”.
CONTEMPLAR
Sem Título, sem data, sem autoria definida,
acessado em pinterest.com, outubro 2017.
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