segunda-feira, 4 de abril de 2016

O Caminho da Beleza 21 - III Domingo da Páscoa

III Domingo da Páscoa            10.04.2016
At 5, 27-32.40-41             Ap 5, 11-14              Jo 21, 1-9


ESCUTAR

“Os apóstolos saíram do conselho muito contentes por terem sido considerados dignos de injúrias por causa do nome de Jesus” (At 5, 41).

“O Cordeio imolado é digno de receber o poder, a riqueza, a sabedoria e a força, a honra, a glória e o louvor” (Ap 5, 12).

“Então Jesus disse: ‘Moços, tendes alguma coisa para comer?’” (Jo 21, 5).


MEDITAR
 
Jesus é chamado de Cordeiro: ele é o Cordeiro que tira o pecado do mundo. Pode-se pensar: mais como um cordeiro, tão frágil, um pequeno cordeiro frágil, como ele, pode tirar tantos pecados e tantas maldades? Pelo Amor. Por sua ternura. Jesus jamais cessou de ser um cordeiro: terno, bom, pleno de amor, próximo dos pequenos, próximo dos pobres” (Homilia, Castro Pretorio, 19 de janeiro de 2014).


ORAR

A paisagem familiar do lago de Tiberíades, a barca, os pescadores parecem repetir o cenário, três anos antes, da primeira chamada aos apóstolos. As ocupações mais ordinárias podem ser o veículo para a expansão da mensagem evangélica. O estar juntos dos discípulos nos aponta que a missão é sempre comunitária e não um gesto isolado e autônomo. A pergunta de Jesus pelos peixes pescados revela o trabalho estéril e os torna conscientes do fracasso. Ao lançarem as redes, a pedido de Jesus, lhes é revelado que a pesca abundante é fruto da generosidade divina. Pedro, ao responder sobre seu amor, toma consciência de que sua eleição deve conduzi-lo, sem concessões, a um maior amor, pois a qualidade do amor é proporcional à responsabilidade do serviço: “a quem mais se dá, mais se pede”. Pedro deve ser o ministro da paciência do Cristo e precisa de João, o discípulo amado, para ver com o coração que discerne a causa do Senhor, diferente da causa do mundo e do nosso egoísmo. Tantas vezes o amor maior e a doação plena não estão nos pastores, mas nos cristãos que no meio da vida enfrentam os desafios sem as comodidades alienantes face a dor do mundo. Nem a barca e nem a pesca são de Pedro, mas do Senhor que pode nos surpreender ao pedir que lancemos as redes “do outro lado”. Fora isso, basta-nos amar de um amor cada vez maior.


CONTEMPLAR

Partindo para Mattanza, 1991, tradicional pesca de atum em Trapani, Sicília, Itália, Sebastião Salgado (1944), do livro “Trabalhadores”, Brasil.



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