III Domingo da Páscoa 10.04.2016
At 5, 27-32.40-41 Ap 5, 11-14 Jo 21, 1-9
ESCUTAR
“Os
apóstolos saíram do conselho muito contentes por terem sido considerados dignos
de injúrias por causa do nome de Jesus” (At 5, 41).
“O
Cordeio imolado é digno de receber o poder, a riqueza, a sabedoria e a força, a
honra, a glória e o louvor” (Ap 5, 12).
“Então
Jesus disse: ‘Moços, tendes alguma coisa para comer?’” (Jo 21, 5).
MEDITAR
Jesus
é chamado de Cordeiro: ele é o Cordeiro que tira o pecado do mundo. Pode-se
pensar: mais como um cordeiro, tão frágil, um pequeno cordeiro frágil, como ele,
pode tirar tantos pecados e tantas maldades? Pelo Amor. Por sua ternura. Jesus
jamais cessou de ser um cordeiro: terno, bom, pleno de amor, próximo dos pequenos,
próximo dos pobres” (Homilia, Castro
Pretorio, 19 de janeiro de 2014).
ORAR
A paisagem familiar do lago de Tiberíades, a
barca, os pescadores parecem repetir o cenário, três anos antes, da primeira
chamada aos apóstolos. As ocupações mais ordinárias podem ser o veículo para a
expansão da mensagem evangélica. O estar juntos dos discípulos nos aponta que a
missão é sempre comunitária e não um gesto isolado e autônomo. A pergunta de
Jesus pelos peixes pescados revela o trabalho estéril e os torna conscientes do
fracasso. Ao lançarem as redes, a pedido de Jesus, lhes é revelado que a pesca
abundante é fruto da generosidade divina. Pedro, ao responder sobre seu amor,
toma consciência de que sua eleição deve conduzi-lo, sem concessões, a um maior
amor, pois a qualidade do amor é proporcional à responsabilidade do serviço: “a
quem mais se dá, mais se pede”. Pedro deve ser o ministro da paciência do
Cristo e precisa de João, o discípulo amado, para ver com o coração que
discerne a causa do Senhor, diferente da causa do mundo e do nosso egoísmo.
Tantas vezes o amor maior e a doação plena não estão nos pastores, mas nos
cristãos que no meio da vida enfrentam os desafios sem as comodidades
alienantes face a dor do mundo. Nem a barca e nem a pesca são de Pedro, mas do
Senhor que pode nos surpreender ao pedir que lancemos as redes “do outro lado”.
Fora isso, basta-nos amar de um amor cada vez maior.
CONTEMPLAR
Partindo para Mattanza, 1991,
tradicional pesca de atum em Trapani, Sicília, Itália, Sebastião Salgado
(1944), do livro “Trabalhadores”, Brasil.
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