IV Domingo da Páscoa 17.04.2016
At 13, 14.43-52 Ap 7, 9.14-17 Jo 10, 27-30
ESCUTAR
“'Eu
te coloquei como luz para as nações, para que leves a salvação até os confins
da terra'” (At 13, 47).
Porque
o Cordeiro que está no meio do trono, será o seu pastor e os conduzirá às
fontes da água da vida. E Deus enxugará as lágrimas de seus olhos (Ap 7, 17).
“As
minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem” (Jo 27-30).
MEDITAR
Embora seja verdade que é preciso ter cuidado
com a integralidade da doutrina moral da Igreja, todavia sempre se deve pôr um
cuidado especial em evidenciar e encorajar os valores mais altos e centrais do
Evangelho, particularmente o primado da caridade como resposta à iniciativa
gratuita do amor de Deus. Às vezes custa-nos muito dar lugar, na pastoral, ao
amor incondicional de Deus (Francisco, Amoris
Laetitia, 311).
ORAR
O Pastor conhece as suas ovelhas, não genericamente,
mas pessoalmente, uma a uma. Cada um de nós, aos seus olhos, é um absoluto e
não uma minúscula parte de um todo. “Escutar a voz” é uma ligação de pertença
recíproca numa atmosfera de liberdade e reciprocidade. O Pastor não percorre um
caminho paralelo ou justaposto, nem visita o seu rebanho de vez em quando, mas participa
intimamente de sua vida. Ele compartilha a vida de todos. Jesus não se limita a
proclamar a palavra do Pai, mas revela o Pai na sua própria pessoa e no seu
modo de agir. Toda a prática do Cristo se faz revelação de Deus. Aprisionar o
dinamismo vigoroso da Palavra em nossas igrejas exclusivistas faz com que ela
abandone o nosso território. O evangelho, quando aprisionado, caminha em outra
direção e deixa em nossa porta um montinho de pó como testemunho de que se
cansou de nossa mesquinhez. Deixa “os puros” na sua casa para se dirigir aos
distantes com os quais armará a sua tenda.
CONTEMPLAR
Ovelhas na cidade de Blaennau Ffestiniog, País de Gales, 1986, Peter Marlow (1952-2016), Londres,
Reino Unido.
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